A corda do Diabo . Блейк Пирс
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Naquele momento, sua intuição imediatamente lhe disse...
É um caso novo.
De fato, quando atendeu o telefone, escutou a sonora voz do Agente Especial em Comando Erik Lehl.
- Crivaro, preciso de você no meu escritório agora.
- É para já, senhor – Crivaro disse.
Ele desligou o telefone e pegou sua bolsa, que sempre deixava pronta. O Agente Lehl fora mais direto do que o normal, o que com certeza significava urgência. Crivaro tinha certeza de que teria que ir para algum lugar logo—provavelmente na próxima hora.
Sentiu seu coração batendo um pouco mais rápido ao se apressar pelo corredor. Era um sentimento bom. Depois de dez semanas servindo como mentor no Programa de Honra de Estágio do FBI, aquelas eram as boas-vindas à normalidade.
Durante os primeiro dias do programa de verão, ele fora afastado por um caso de assassinato—o notório “Palhaço Assassino”. Depois disso, havia sido colocado na função de ser o mentor de apenas um dos estagiários—uma jovem talentosa, mas enfurecida, chamada Riley Sweeney, que havia sido brilhante o ajudando no caso.
Mesmo assim, o programa havia passado muito devagar para ele. Não estava acostumado a passar tanto tempo longe do campo.
Quando Jake entrou no escritório de Lehl, o homem esguio levantou-se da cadeira para cumprimentá-lo. Erik Lehl era tão alto que mal parecia caber nos espaços que frequentava. Outros agentes diziam que ele parecia estar sempre vestindo pernas de pau. Para Jake, parecia mais que ele era feito de pernas de pau—algo montado em madeira que parecia coordenar perfeitamente com seus movimentos. Tamanho a parte, aquele homem fora um agente excelente e havia conquistado seu posto na Unidade de Análise Comportamental do FBI.
- Nem perca tempo em sentar, Crivaro – Lehl disse. – Você já vai sair.
Jake manteve-se em pé, obediente.
Lehl olhou para a pasta de papel pardo que segurava e soltou um suspiro pesado. Jake já havia percebido, há tempos, a tendência de Lehl de levar todos os casos ao extremo—inclusive pessoalmente, como se ele fosse sempre diretamente insultado por qualquer tipo de monstruosidade criminosa.
Jake não conseguia se lembrar de ter encontrado Lehl de bom humor.
Afinal de contas...
Nós lidamos com monstros.
E Jake sabia que Lehl não o colocaria naquele caso se não fosse algo realmente hediondo. Jake era especialista em casos que desafiavam a imaginação humana.
Lehl deu a pasta para Jake e disse:
- Temos uma situação horrível em West Virginia. Veja.
Jake abriu a pasta e viu uma foto em preto e branco de um pacote estranho, preso por fita adesiva e arame farpado. O pacote estava pendurado em um poste. Jake levou um momento para perceber que o pacote tinha um rosto e mãos—e que na verdade tratava-se de uma mulher, obviamente morta.
Jake respirou fundo.
Até para ele, aquilo era bizarro demais.
Lehl explicou:
- A foto foi tirada cerca de um mês atrás. O corpo de uma funcionária de um salão de beleza chamada Alice Gibson foi encontrado envolto em arame farpado e pendurado em um poste em uma estrada rural perto de Hyland, em West Virginia.
- Que coisa nojenta – Jake disse. – Como os tiras locais estão lidando com isso?
- Eles têm um suspeito sob custódia – Lehl disse.
Os olhos de Jake se arregalaram de surpresa.
- Então o que faz com que esse seja um caso para o FBI?
- Acabamos de receber uma ligação do chefe de polícia de Dighton, uma cidade perto de Hyland. Outro corpo empacotado como esse foi encontrado hoje de manhã, pendurado em um poste em uma estrada rural.
Jake estava começando a entender. Estar preso no momento do segundo assassinato dava ao suspeito um excelente álibi. E, pelo jeito, parecia que havia um assassino em série que estava apenas começando. Lehl continuou:
- Já dei ordens para não mexerem na cena do crime. Então você precisa ir para lá já. Seriam quatro horas dirigindo, então já coloquei um helicóptero esperando por você na pista de pouso.
Jake estava se virando para sair da sala quando Lehl acrescentou:
- Você quer que eu te dê um parceiro?
Jake voltou a se virar e olhou para Lehl. De certa forma, ele não estava esperando aquela pergunta.
- Não preciso de um parceiro – Jake disse. – Mas vou precisar de uma equipe de peritos. Os tiras na área rural de West Virginia não vão saber como ler a cena do jeito certo.
Lehl concordou e disse:
- Vou montar sua equipe agora mesmo. Eles vão voar com você.
Quando Jake estava saindo pela porta, Lehl disse:
- Agente Crivaro, mais cedo ou mais tarde você vai precisar de outro parceiro.
Jake encolheu os ombros de um jeito estranho e respondeu:
- Se você diz, senhor, tudo bem.
Com uma pitada de reclamação na voz, Lehl respondeu:
- Eu digo. Já é hora de você aprender a lidar bem com os outros.
Jake olhou para ele, surpreso. Era raro que Erik Lehl, um homem de poucas palavras, dissesse mais do que o essencial.
Pelo jeito ele acha mesmo isso, Jake percebeu.
Sem dizer mais nada, Jake saiu da sala e caminhou pelo prédio. Ao caminhar rapidamente, pensou no que Lehl dissera sobre ele ter um novo parceiro. Jake era muito conhecido por ser ríspido no trabalho em campo. Mas ele acreditava que não era duro demais com ninguém, a não ser que a pessoa merecesse.
Seu último parceiro regular, Gus Bollinger, certamente merecera. Ele havia sido demitido por estragar as digitais de uma evidência essencial em um caso chamado “Assassino da Caixa de Fósforos”.
Como consequência, o caso havia esfriado—e Jake odiava casos frios mais do que tudo.
No caso do Palhaço Assassino, Jake trabalhara com um agente de Washington, chamado Mark McCune. McCune não fora tão ruim quanto Bollinger, mas cometera erros estúpidos demais para o gosto de Jake. Ele agradecera pelo fato de a parceria ter durado apenas um caso e de McCune ter ficado na capital.
Ao chegar ao local onde o helicóptero estava esperando, pensou em mais alguém com quem havia trabalhado recentemente.
Riley Sweeney.
Ele havia ficado impressionado com ela desde que Sweeney,