Infiltrado: Uma série de suspenses do espião Agente Zero — Livro nº1. Джек Марс

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Infiltrado: Uma série de suspenses do espião Agente Zero — Livro nº1 - Джек Марс

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decididamente livre, ela provavelmente conseguiria lidar com a situação de forma muito diferente, e ele tentava se lembrar disso.

      Ele devia parecer particularmente perturbado, porque Maya riu um pouco e colocou a mão sobre a dele. "Você está bem, pai? É apenas um encontro. Nada vai acontecer. Não é nada de especial."

      "Sim," Disse lentamente. "Você está certa. Claro que não é nada de especial. Podemos ver se a tia Linda pode levá-la ao shopping neste fim de semana e..."

      "Eu quero que você me leve."

      "Quer?"

      Ela encolheu os ombros. "Quero dizer, eu não gostaria de usar algo que você não aprovasse."

      Um vestido, um jantar no centro da cidade e um garoto... Isso era realmente diferente do que pensara ter que enfrentar.

      "Tudo bem, então," Disse ele. "Vamos no sábado. Mas tenho uma condição - eu escolho o jogo de hoje à noite."

      "Humm", Disse Maya. "Você é difícil. Deixe-me consultar a minha sócia." Maya virou-se para a irmã.

      Sara assentiu. "Tudo bem. Desde que não seja Risk. "

      Reid zombou. "Você não sabe do que está falando. Risk é o melhor."

      Depois do jantar, Sara lavou os pratos enquanto Maya fez chocolate quente. Reid preparou um dos seus jogos favoritos, Ticket to Ride, um jogo clássico sobre a construção de rotas de trem em toda a América. Quando colocou as cartas e os vagões de trem de plástico, viu-se pensando quando as coisas se haviam alterado. Quando é que Maya crescera tão rapidamente? Nos últimos dois anos, desde que Kate falecera, ele tinha desempenhado ambos os papéis (com a valiosa ajuda da tia Linda). As duas ainda precisavam dele, ou pareciam precisar, mas não demoraria muito até que fossem para a faculdade, e depois seguiriam suas carreiras, e então...

      "Papai?" Sara entrou na sala de jantar e sentou-se em frente a ele. Como se estivesse lendo sua mente, ela disse, "Não se esqueça, eu tenho um show de arte na escola na próxima quarta à noite. Você vai estar lá, certo?"

      Ele sorriu. "Claro, querida. Não perderia isso." Bateu palmas. "Então! Quem está pronto para ser demolido - quero dizer, quem está pronto para jogar um amigável jogo familiar?"

      "Pode começar, coroa," Maya anunciou da cozinha.

      "Coroa?" Reid disse indignado. "Eu tenho trinta e oito anos!"

      "Estou pronta." Riu Maya quando entrou na sala de jantar. "Ah, o jogo de trem." Seu sorriso se dissolveu em um sorriso ligeiro. "Este era o favorito da mamãe, não era?"

      "Ah... sim." Reid franziu a testa. "Era."

      "Eu sou o azul!" Sara anunciou, agarrando as peças.

      "Laranja," Disse Maya. "Pai, que cor? Papai, ei?"

      "Ah." Reid interrompeu seus pensamentos. "Desculpa. Verde."

      Maya empurrou algumas peças para ele. Reid forçou um sorriso, embora seus pensamentos fossem tumultuosos.

      *

      Depois de dois jogos, ambos ganhos por Maya, as meninas foram para a cama e Reid se retirou para o escritório, uma pequena sala no primeiro andar, bem ao lado do saguão.

      Riverdale não era uma área barata, mas era importante para Reid garantir que suas filhas crescessem em um ambiente seguro e feliz. Havia apenas dois quartos, então ele usava o pequeno quarto no primeiro andar como seu escritório. Todos os seus livros e objetos de coleção estavam concentrados em quase todos os centímetros disponíveis do pequeno quarto do primeiro andar. Com uma escrivaninha e uma poltrona de couro, apenas um pequeno pedaço de carpete gasto ainda era visível. Ele dormira muitas vezes naquela poltrona, depois de algumas noites tomando notas, preparando palestras e relendo biografias. Estava começando a lhe causar problemas na coluna. No entanto, para ser honesto, não era mais fácil dormir em sua própria cama. O local era diferente - ele e as meninas se mudaram para Nova York logo depois de Kate falecer - mas ele ainda tinha o colchão king-size e a cama que tinham sido deles, dele e de Kate.

      Pensava que por aquela altura a dor de perder Kate já poderia ter diminuído, pelo menos um pouco. Às vezes acontecia, temporariamente, e então passava por seu restaurante favorito ou assistia um de seus filmes favoritos na TV e a dor voltava em força, tão poderosa como se tivesse acontecido ontem.

      Se alguma das meninas sentia o mesmo, elas não falavam sobre isso. Na verdade, elas falavam sobre Kate abertamente, algo que Reid ainda não tinha conseguido fazer.

      Havia uma foto dela em uma de suas estantes, tirada no casamento de uma amiga, uma década antes. Na maioria das noites, o quadro ficava invertido, ou ele passaria a noite toda olhando para ele.

      Quão incrivelmente injusto o mundo poderia ser. Um dia, eles tinham tudo - um bom lar, filhas maravilhosas, ótimas carreiras. Moravam em McLean, Virginia; ele trabalhava como professor adjunto na próxima Universidade George Washington. Seu trabalho o fazia viajar muito, para seminários e cimeiras, e como palestrante convidado de história europeia viajava para escolas de todo o país. Kate estava no departamento de restaurações do Museu de Arte Americana Smithsonian. Suas filhas estavam fazendo seu percurso. A vida era perfeita.

      Mas como Robert Frost disse, nada dura para sempre. Numa tarde de inverno, Kate desmaiou no trabalho - pelo menos foi o que seus colegas de trabalho pensaram quando ela de repente ficou mole e caiu da cadeira. Chamaram uma ambulância, mas já era tarde demais. O óbito foi declarado assim que chegou no hospital. Uma embolia, disseram. Um coágulo sanguíneo tinha ido para o cérebro e causado um acidente vascular cerebral isquêmico. Os médicos usam termos médicos pouco compreensíveis sempre que possível durante sua explicação, como se aquilo de alguma forma amenizasse o golpe.

      O pior de tudo fora o fato de Reid estar fora quando aquilo aconteceu. Ele estava em um seminário de graduação em Houston, Texas, dando palestras sobre a Idade Média quando recebeu a ligação.

      Foi assim que ele descobriu que sua esposa havia morrido. Um telefonema, do lado de fora de uma sala de conferências. Depois veio o voo de volta para casa, as tentativas de consolar suas filhas no meio de sua própria dor devastadora e a eventual mudança para Nova York.

      Ele se levantou da cadeira e girou a foto. Não gostava de pensar sobre tudo isso, o fim e o resultado. Ele queria se lembrar dela assim, na foto, Kate no seu melhor. Fora o que escolhera recordar.

      Havia algo mais, algo bem no limite de sua consciência, algum tipo de memória nebulosa tentando emergir enquanto ele olhava para a foto. Quase parecia déjà vu, mas não do momento presente. Era como se seu subconsciente estivesse tentando lembrar alguma coisa.

      Uma batida repentina na porta o trouxe de volta à realidade. Reid hesitou, imaginando quem poderia ser. Era quase meia noite; as garotas estavam na cama há algumas horas. A batida forte surgiu novamente. Temendo que isso acordasse as crianças, ele se apressou em ir à porta. Afinal, ele morava em um bairro seguro e não tinha motivos para temer abrir a porta à meia-noite.

      O vento rigoroso do inverno não foi o que o imobilizou. Olhou surpreso para os três homens à sua frente. Eles eram, com certeza, do Oriente Médio, todos de pele escura, com barba escura e olhos profundos, vestidos com grossas jaquetas pretas e botas. Os dois que se encontravam nos dois lados da porta eram altos e esguios; o terceiro, atrás deles, tinha ombros largos e era volumoso.

      "Reid

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