Infiltrado: Uma série de suspenses do espião Agente Zero — Livro nº1. Джек Марс

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Infiltrado: Uma série de suspenses do espião Agente Zero — Livro nº1 - Джек Марс

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óssea", Disse Reid. "Eu o tenho desde um acidente de carro, aos vinte anos."

      O homem alto voltou rapidamente, desta vez com uma bandeja de plástico. Colocou-a no carrinho, ao lado da máquina de polígrafo. Apesar da luz fraca e do ângulo estranho de sua cabeça, Reid podia ver claramente o que havia dentro da bandeja. Seu estômago se contraiu de medo.

      A bandeja tinha uma série de instrumentos afiados e prateados.

      "Para que serve isso?" Sua voz em pânico. Ele se contorceu. "O que você está fazendo?"

      O interrogador deu um breve comando ao brutamontes. Ele deu um passo à frente e o brilho súbito da lâmpada quase cegou Reid.

      "Espere... Espere!" Gritou. "Apenas me diga o que você quer saber!"

      O brutamontes agarrou a cabeça de Reid em suas mãos grandes e segurou-a com força. O interrogador escolheu uma ferramenta - um bisturi de lâmina fina.

      "Por favor, não... Por favor, não..." A respiração de Reid era entrecortada. Ele estava quase hiperventilando.

      "Shh", Disse o interrogador calmamente. "Você vai querer ficar parado. Eu não gostaria de cortar sua orelha. Pelo menos não por acidente."

      Reid gritou quando a lâmina cortou a pele atrás da orelha, mas o brutamontes o segurou. Todos os músculos de seus membros ficaram tensos.

      Um som estranho chegou aos seus ouvidos - uma melodia suave. O interrogador estava cantando uma música em árabe enquanto cortava.

      Deixou cair o bisturi sangrento na bandeja enquanto Reid respirava com dificuldade. Então, o interrogador pegou um alicate de ponta fina.

      "Receio que tenha sido apenas o começo", Sussurrou no ouvido de Reid. "A próxima parte vai doer."

      O alicate segurava algo na cabeça de Reid - era o osso? - e o interrogador o puxou. Reid gritou em agonia quando uma dor quente atravessou seu cérebro, pulsando em terminações nervosas. Seus braços tremiam. Seus pés bateram no chão.

      A dor cresceu até Reid pensar que não poderia aguentar mais. O sangue latejava em seus ouvidos e seus próprios gritos soavam como se estivessem a distância. Então a lâmpada diminuiu de intensidade e a sua visão escureceu quando ficou inconsciente.

      CAPÍTULO TRÊS

      Quando Reid tinha vinte e três anos, sofrera um acidente de carro. O semáforo ficou verde e ele entrou no cruzamento. Uma picape passou no sinal vermelho e bateu no lado do carona. Sua cabeça atingiu a janela. Ele ficou inconsciente por vários minutos.

      Sua única lesão foi um osso temporal rachado. Sarou bem; a única evidência do acidente foi um pequeno caroço atrás da orelha. O médico disse-lhe que era uma obstrução óssea.

      O curioso sobre o acidente foi que, embora se lembrasse do evento, não conseguia recordar qualquer dor - nem quando aconteceu, nem depois.

      Mas sentia agora. Ao recuperar a consciência, o pequeno pedaço de osso atrás da orelha esquerda latejava de forma tortuosa. A lâmpada estava novamente brilhando em seus olhos. Ele apertou os olhos e gemeu ligeiramente. O menor movimento da cabeça afetava dolorosamente o seu pescoço.

      De repente, algo lhe ocorreu. A luz brilhante não era a lâmpada.

      O sol da tarde brilha contra um céu azul sem nuvens. Um Warthog A-10 voa sobre a sua cabeça, indo para a direita e mergulhando em altitude sobre os telhados planos e sem graça de Candaar.

      A visão não era fluida. Surgiu em flashes, como várias fotos em sequência; como assistir a alguém dançar sob uma luz estroboscópica.

      Você está no telhado bege de um prédio parcialmente destruído, um terço dele foi destruído. Você traz o suporte de apoio até o ombro, olha o telescópio e vê um homem abaixo...

      Reid sacudiu a cabeça e gemeu. Ele estava na sala de concreto, sob a lâmpada que incidia sobre si. Seus dedos tremiam e seus membros estavam frios. O suor escorria por sua testa.

      Estava provavelmente entrando em choque. Ele pôde ver que o ombro esquerdo de sua camisa estava encharcado de sangue.

      "Protuberância óssea", disse a voz plácida do interrogador. Então ele riu sarcasticamente. Uma mão esbelta apareceu no campo de visão de Reid, segurando o alicate de ponta fina. Preso no alicate, havia algo minúsculo e prateado, mas Reid não conseguia distinguir detalhes. Sua visão estava confusa e a sala parecia estar ligeiramente inclinada. "Você sabe o que é isto?"

      Reid meneou a cabeça lentamente.

      "Eu admito, eu só vi isso uma vez antes", disse o interrogador. "Um chip de supressão de memória. É uma ferramenta muito útil para as pessoas em sua situação." Ele largou o alicate ensanguentado e o pequeno grão de prata na bandeja de plástico.

      "Não," Reid grunhiu. "Impossível." A última palavra foi apenas um murmúrio. Supressão de memória? Isso era ficção científica. Para que funcionasse, teria que afetar todo o sistema límbico do cérebro.

      O quinto andar do Ritz Madrid. Você ajusta sua gravata preta antes de saltar e chutar a porta com força logo acima da maçaneta. O homem dentro foi pego de surpresa; ele fica de pé num salto e pega uma pistola na escrivaninha. Mas antes que o homem possa apontá-la para você, você pega a arma dele fazendo um movimento para cima e para baixo. Sua força estala o pulso dele com facilidade…

      Reid sacudiu a sequência confusa de seu cérebro quando o interrogador se sentou na cadeira em frente a ele.

      "Você me fez algo", murmurou.

      "Sim", concordou o interrogador. "Nós libertamos você de uma prisão mental." Ele se inclinou para frente com seu sorriso apertado, procurando algo nos olhos de Reid. "Você está lembrando. Isso é fascinante de assistir. Você está confuso. Suas pupilas estão anormalmente dilatadas, apesar da luz. O que é real, 'Professor Lawson'?"

      O sheik. Por qualquer meio necessário.

      "Quando nossas memórias falham..."

      Último paradeiro conhecido: Casa segura em Teerã.

      "Quem somos nós?"

      Uma bala soa igual em todas as línguas... Quem disse isso?

      "Quem nos tornamos?"

      Você disse isso.

      Reid sentiu-se escorregando novamente no vazio. O interrogador deu-lhe dois bofetões, empurrando-o de volta para a sala de concreto. "Agora podemos continuar o que estávamos fazendo de um jeito mais sério. Então, eu te pergunto novamente. Qual é o seu nome?"

      Você entra na sala de interrogatório sozinho. O suspeito é algemado a um ferrolho na mesa. Você alcança o bolso interno do terno e pega um crachá de identificação com capa de couro e o abre…

      "Reid. Lawson." Sua voz era incerta. "Eu sou professor... de História europeia..."

      O interrogador suspirou desapontado. Ele acenou com um dedo para o homem bruto e carrancudo. Um punho pesado penetrou no rosto de Reid. Um

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