Atração. Amy Blankenship
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Afastando-se do parapeito da varanda, Alicia voltou para o quarto e sentou-se na cama. Ficou a olhar para o telefone por um breve momento, perguntando-se o que devia fazer se tocasse. Devia atender? E se não fosse Michael? E se fosse Warren ou Quinn a ligar por causa de Michael e ela atendesse o telefone?
Damon tinha razão… ela devia-lhes o suficiente para pelo menos esperar até de manhã antes de tomar qualquer decisão ou fazer algum disparate. Lembrou-se da intensidade na voz de Michael quando este disse a Damon que a trouxesse para casa. Ninguém a queria lá esta noite, exceto Damon talvez … mais uma coisa que ela podia agradecer-lhe.
À espera que o tempo passasse mais rápido, levantou-se e vestiu uma camisa de dormir mais fina. Puxando os cobertores da cama, deitou-se e tentou adormecer. Logo ficou demasiado calor, apesar de ter deixado as portas da varanda abertas para deixar entrar a brisa fresca. Andou às voltas na cama durante quase uma hora até que finalmente levantou uma das mãos para limpar o suor da testa.
A sua pele estava mais quente do que era suposto, por isso jogou os cobertores para baixo num esforço para refrescar-se. Frustrada, enrolou os cobertores até parecerem uma almofada de corpo e depois rolou para o seu lado, abraçando-a e jogando uma perna por cima da almofada. Começou a balançar-se contra o cobertor, gostando da sensação de a ter entre as coxas e abraçou-a ainda mais.
Arregalou os olhos quando, de repente, reconheceu aqueles sintomas. Tinha lido sobre isso e já tinha visto uma das suas colegas de escola a passar por isso.
“Não…” sussurrou, sentindo-se estremecer com aquele pensamento. “Por favor, não posso entrar no cio.”
Damon correu por entre as sombras, atravessando a cidade em direção aos subúrbios mais sombrios em busca de algo ou de alguém que precisasse de morrer. Tentou afastar Alicia da sua mente, mas parecia que cada minuto que passava perto dela, mais fundo ela se entranhava na sua pele. A parte mais estranha era… que ele gostava de a ter ali.
Construiu a sua vida sob o facto de não ter de se preocupar com nada… ou com ninguém. Também se orgulhava de ter criado uma regra que lhe permitia ter o que quisesse. Ele queria-a e ela precisava de parar de atiçar o demónio. Quando caiu da varanda, rezou para que ela fosse suficientemente esperta para não o seguir. Felizmente, a rapariga sabia alguma coisa sobre auto-preservação.
Finalmente alcançou o seu objetivo: uma área degradada de Los Angeles. Damon manteve-se no canto mais sombrio do passeio sorrindo com malícia quando os carros da polícia passavam por ele e todos desapareciam. Assim que a polícia ficasse longe da sua vista, a escumalha da terra voltaria a sair do esconderijo e voltaria à atividade normal.
Damon zombou de duas mulheres seminuas e continuou a andar quando tentaram seduzi-lo com os seus corpos. Talvez há umas semanas atrás ele tivesse reconsiderado vagamente sobre isso, mas neste momento… ele não queria ter nada a ver com o sexo oposto. A ideia de beber o sangue de alguma delas fê-lo sentir-se ligeiramente indisposto.
Ao virar uma esquina, Damon reparou em dois brutamontes mais à frente e ambos olharam na sua direção quando se aproximou. Aquilo sim era algo que lhe apetecia fazer.
“Tá-se bem?” Perguntou um deles com uma voz profunda. Tinha as mãos enfiadas nos bolsos do casaco à espera de uma venda de drogas. Ao ter um vislumbre dos olhos selvagens do homem, decidiu desistir, achando que este tipo já tinha conseguido as drogas noutro sítio.
Damon não respondeu e continuou a andar. Sabia o que se seguia e estava ansioso por isso. Estes dois tipos eram provavelmente os reis desta rua com os seus músculos salientes e olhos negros superficiais. Conseguia sentir o cheiro a sangue velho nas suas roupas e ver os dedos marcados que sempre carregavam. Yep, nas suas mentes, eram provavelmente umas lendas.
“Ei!” Gritou o segundo, “o meu amigo fez-te uma pergunta.”
“E o meu silêncio deveria ter sido suficiente para fazê-lo perceber que não estou de bom humor.” Damon avisou e voltou a cabeça para os encarar. Lançou-lhes um sorriso maléfico, as suas presas a brilhar sobre a luz fraca do candeeiro de rua quando eles viram as íris vermelhas dos seus olhos. “No entanto, um jantarzinho com vocês os dois parece-me bem.”
Damon foi rápido a mover-se, agarrando no primeiro e drenando-o em menos de um minuto. Desatou a suar devido à dor quando mais balas começaram-lhe a sair mais rapidamente do corpo e aterraram no chão com estalos metálicos audíveis. Inclinando a cabeça para trás, desatou a rir-se sem fôlego antes de deixar cair o homem morto aos seus pés.
O eco do segundo homem a fugir captou a sua atenção e Damon correu atrás dele, puxando uma vez mais as sombras para perto de si para disfarçar a sua perseguição. A dor e a adrenalina mantiveram-se elevadas.
Alcançou o sacana corpulento e perseguiu-o por uns momentos, disfrutando do seu cheiro a medo. Quando o homem começou a abrandar, Damon limitou-se a soltar uma gargalhada na escuridão, fazendo com que o humano começasse a correr mais depressa. Sim, era disto que ele precisava… livrar o mundo desta escumalha humana enquanto lhes sugava o sangue que precisava para se curar.
Ficando rapidamente farto da perseguição, Damon aproximou-se do homem e empurrou-o para um beco. Os esforços do humano eram minimamente valentes, mas quando comparado com a força superior de Damon… o resultado foi inevitável.
Por fim, o homem parou de dar luta e Damon atirou-o para o chão imundo. Durante a luta, pequenos pacotes de pó branco caíram dos bolsos do homem, juntamente com um maço de dinheiro e uma arma. Damon ajoelhou-se ao lado do cadáver e, usando um canto da camisa, limpou-lhe o rosto de qualquer vestígio antes de pegar no dinheiro, guardá-lo no bolso de trás e ir-se embora.
Ao chegar ao fim do beco, Damon enfiou as mãos nos bolsos e pôs-se a andar pela calçada como se não tivesse nada a temer. Agora que a sua necessidade de matar e de se alimentar estava parcialmente satisfeita, poderia ser mais seletivo na escolha da sua próxima vítima.
Misery assistiu a todo o conflito entre o vampiro e os dois humanos que escolheu como vítimas. Queria aproximar-se dele, mas estava demasiado fraca para o fazer. Em vez disso, satisfez-se ao alimentar-se do medo que os dois humanos demonstravam enquanto o vampiro lhes sugava até à última gota de sangue. As suas mortes tinham sido deliciosas.
O seu encontro com Kane ao início da noite forçou-a a usar todo o poder que tinha armazenado desde que fugiu da caverna. Esgotou quase todo o seu poder quando o combinou com o sangue de Kane. Criar rachaduras nas paredes dimensionais deste mundo foi um processo tedioso que exigia muito mais poder do que o que ela tinha de momento. Conseguia sentir os batimentos cardíacos malignos desta área e sabia que tinha despertado alguns dos demónios mais fracos que por aqui dormiam.
Teria de ser mais forte para diluir as paredes de maneira a que os demónios do outro lado se apercebessem e pudessem aproveitar a vantagem. Se os demónios fossem suficientemente poderosos… poderiam terminar a fenda do outro lado e juntar-se a ela neste mundo.
Apesar de a sua demonstração não ter sido suficiente para fazer o que pretendia, a maldade nesta cidade estava a desenvolver-se e não demoraria muito tempo até ela voltar a ter o seu poder no auge novamente. Uma vez alcançado esse nível de poder… ela poderia, uma vez mais, tentar rasgar as paredes desta dimensão. A aura deste vampiro não era tão saborosa quanto a de Kane, mas a semelhança e o potencial do ritual de sangue estavam definitivamente lá.
Este vampiro… apesar de ter demonstrado um lado sádico que captou a atenção de Misery… tinha um poder completamente diferente do de Kane. Ela já sabia como aproveitar