Atração. Amy Blankenship
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Dean sacudiu o braço do aperto de Kriss. “Se calhar porque consigo ver na tua alma onde és cego.”
Kriss desviou o olhar e quando olhou para trás, Dean já tinha desaparecido.
Kane abriu calmamente a janela do quarto de Tabatha e esgueirou-se lá para dentro. Tinha estado a observá-la através das janelas, mas sentindo que a sua inquietação não se ajustava bem a ele e o facto de não conseguir ler os seus pensamentos, estava a enlouquecê-lo. Tudo o que conseguia ouvir eram sussurros quase silenciosos provenientes da sua mente.
Olhou para o teto, perguntando-se quem é que tinha tido a brilhante ideia de fazer dela a única pessoa que ele não conseguia escutar, quando ela era a única que ele queria ouvir. Kane manteve a escuridão puxada à sua volta enquanto se encostava à moldura da porta do quarto aberto e viu-a mover-se do sofá para a televisão.
Tabatha baixou o rádio. Achou que o som de fundo ajudaria a fazer com que o apartamento não parecesse tão vazio, mas só a estava a irritar. Sentia a falta da sua colega de quarto.
Kriss tinha desaparecido durante várias semanas no passado e ela sabia que ele sabia tomar conta de si, mas isso nunca a impediu de se preocupar. Aquele demónio, a sua pele arrepiou-se com a memória, tinha sido capaz de encurralar Dean, mesmo que tivesse sido apenas por algumas horas. Foi difícil para ela aceitar o facto de haver coisas lá fora que podiam magoar Kriss.
Voltou a passar os dedos pelo ombro e pelo peito onde tinha sido ferida, sentindo apenas uma pele macia e imaculada. Achou que tinha sido suficientemente esperta ao fazer Kane pensar que estava sob o seu domínio… mas ela é que foi enganada. Mesmo assim, ele disse-lhe que não se lembrasse de ir ver Misery… mesmo assim ela lembrou-se. Levantando lentamente os mesmos dedos, tocou nos lábios, desejando lembrar-se exatamente do que Kane lhe tinha feito.
Talvez ela tivesse estado sob o seu feitiço durante todo aquele tempo, mas por alguma razão só se lembrava de uma parte. Ele disse que estava a vigiá-la… a segui-la. Tabatha sentiu os cabelos da nuca se eriçarem e o quarto pareceu encolher.
Tirando os dedos dos lábios, sussurrou: “Kane, estás aqui?”
Kane agarrou-se à moldura da porta para não se mover na sua direção, mas nenhum poder na Terra o impediria de responder: “Sim.”
A sua voz estava assombrada, o que fez Tabatha girar sob os calcanhares e procurar por ele. Ficou dividida entre a desilusão e o medo quando não o viu mesmo atrás dela. “Sou assim tão má que tens de te esconder de mim?” A sua respiração estava mais acelerada e questionou-se em silêncio se isto era o equivalente a estar a brincar com o fogo.
Kane deixou a escuridão dispersar-se à sua volta e viu quando o olhar dela recaiu sobre si. “Talvez eu seja o mau.”
Tabatha engoliu em seco. Ele parecia um pouco perverso na sua silhueta à porta do seu quarto… tinha que reconhecer. “Talvez não te sentisses tão mal se tivesses batido à porta da frente,” ela sugeriu, perguntando-se há quanto tempo estava ele dentro do seu apartamento. Sentindo uma ligeira fraqueza nos joelhos, voltou-se e forçou-se a caminhar calmamente para o sofá e a sentar-se.
“Terias-me convidado a entrar?” Perguntou Kane com curiosidade enquanto entrava na sala. Reparou na forma como ela se virou e puxou os pés para cima do sofá, chegando-os para mais perto de si enquanto se encostava contra o apoio de braços almofadado.
“Não sei,” Tabatha respondeu. “É a primeira vez que estás aqui?”
“Não,” Kane nem sequer se deu ao trabalho de mentir. Para quê mentir quando podia fazê-la esquecer que tinha estado aqui?
“Então estou a convidar-te para entrares. Senta-te,” apontou para o outro assento do sofá. Se estivesse aqui para a magoar, já o teria feito… certo? Ela observava a forma como ele mantinha os seus movimentos lentos, como ela pediu. Estava a mentir… já tinha visto a velocidade a que ele se movia quando queria. Ele estava a ser cuidadoso para não a assustar e isso deixou-a ainda mais nervosa.
Kane ergueu uma sobrancelha. “É assim que tratas todos os teus perseguidores?” Perguntou com toda a seriedade. “Convida-os para entrar para tomar chá e biscoitos?”
Tabatha abanou a cabeça. “Não bebo chá e detesto biscoitos. Uma chávena de café e um bagel serve perfeitamente.”
Kane sorriu para ela com um ar triste. “Como sabes que não te vou magoar?”
“Se me quisesses fazer mal, já o terias feito,” respondeu Tabatha, evocando o pensamento que tinha tido momentos antes. Pensando melhor, rapidamente acrescentou: “Apesar do facto de ter tendência a ficar ferida quando estás nas imediações.”
Kane estremeceu e sentou-se finalmente no lugar que ela lhe indicou na outra ponta do sofá, virando-se para a enfrentar e encostando-se ao apoio de braços oposto. Levantou a perna direita, dobrando o joelho e sentou-se num estilo meio indiano com um braço dobrado sobre o estômago.
“Então diz-me querida, porque me convidaste a entrar?” Kane perguntou.
“Porque estás aqui?” Tabatha esquivou-se da pergunta.
Kane sorriu. “Sabes que é falta de educação responder a uma pergunta com outra pergunta?”
Tabatha foi momentaneamente surpreendida pela forma como o sorriso dele mudou ligeiramente os contornos do seu rosto, fazendo-o parecer tão perigoso e sedutor como ela acreditava que ela era.
“Até pode ser verdade,” disse Tabatha pensativa. “Mas é a mim que tens seguido e quero saber porquê.”
Kane deu de ombros. “Porque me apetece.”
Tabatha fitou-o. “Porque te apetece?”
Kane inclinou a cabeça para o lado. “Porque é que os vampiros fazem o que quer que seja?”
Tabatha abriu a boca, fechou-a, e depois abriu-a novamente sem conseguir articular uma resposta.
“Porque lhes apetece,” respondeu Kane por ela.
Tabatha suspirou. “Olha, se não me queres dizer a verdade, então não te posso obrigar. Mas, se vamos ser amigos, precisamos trocar pelo menos uma verdade um sobre o outro.”
Kane ergueu as sobrancelhas e sorriu. “Ah, então agora vamos jogar à verdade ou consequência?”
Tabatha corou, lembrando-se das poucas vezes em que jogou o jogo enquanto estava no secundário… falar de situações embaraçosas. “Sem a consequência e respondes primeiro.” Ela sussurrou.
Kane concordou. “Tudo bem. Já que sou o perseguidor, vamos seguir as tuas regras.”
Tabatha sentiu um arrepio percorrê-la na sua fácil admissão de que ele estava de facto a segui-la. “Porque é que o Kriss não gosta de ti? Ele não me quer dar uma razão.”
“Porque não lhe pertences,” respondeu Kane demasiado depressa.
“Que tipo de resposta é essa?” Tabatha exigiu saber.
“É a tua vez,”