Quase Perdida. Блейк Пирс

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Quase Perdida - Блейк Пирс A Au Pair

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pela varanda e garantindo que ela estivesse acomodada na cadeira, em segurança.

      Ela viu, com um pulo em seu coração, que ele havia colocado uma taça de vinho a mais na bandeja.

      – Você gosta de Chardonnay?

      Cassie assentiu. – Adoro.

      – Verdade seja dita, eu não tenho paladar para vinho e o meu favorito é um tinto seco, mas ganhei uma caixa excelente de presente de um cliente, como gratidão após uma viagem de pesca bem-sucedida. Tem sido bom saboreá-lo. Saúde.

      Inclinando-se, ele encostou a taça dele na dela.

      – Conte-me mais sobre o seu negócio – Cassie disse.

      – Comecei a Ventos do Sul Navegações há doze anos, logo após o Dylan nascer. Quando ele veio ao mundo, fez com que eu repensasse meu propósito e o que eu poderia oferecer aos meus filhos. Passei três anos na marinha após sair da escola, eventualmente me tornando um oficial da marinha mercante. O mar está no meu sangue e nunca imaginei viver ou trabalhar longe da costa.

      Cassie assentiu enquanto ele continuava.

      – Quando o Dylan nasceu, o turismo estava começando a florescer na área, então entreguei minha demissão. A esta altura, eu era o coordenador em um estaleiro na Cornualha. Depois, comprei meu primeiro barco. O segundo não demorou muito, e hoje tenho uma frota de dezesseis barcos de vários tamanhos e formatos. Barcos a motor, veleiros, até pranchas de stand-up paddle, e a joia da coroa é um novo iate de aluguel que é muito popular com clientes corporativos.

      – Isso é incrível – Cassie disse.

      – Tem sido fantástico. Este negócio me deu tantas coisas. Uma renda confortável, uma vida maravilhosa e um lindo lar, que eu projetei de acordo com um sonho que eu sempre tive; embora, por sorte, o arquiteto tenha atenuado os elementos mais selvagens, ou a casa já teria provavelmente caído do penhasco a esta altura.

      Cassie riu.

      – Seu negócio deve demandar muito trabalho árduo – ela observou.

      – Ah, sim – repousando a taça, Ryan encarou o oceano. – Como empresário, é preciso fazer sacrifícios constantes. Trabalho longas horas. Raramente tenho o fim de semana de folga; hoje pedi ao meu gerente para ficar no meu lugar, pois ia conhecer você. Acho que é por isso que…

      Ele voltou-se para ela e encontrou seu olhar, com a expressão séria.

      – Acho que é por isso que meu casamento fracassou, no fim.

      Cassie sentiu um arrepio de antecipação por ele estar se abrindo com ela sobre isso. Ela assentiu, compreensiva, esperando que ele continuasse falando e, depois de um tempo, ele o fez.

      – Quando as crianças eram menores, era mais fácil para a Trish, minha esposa, entender que eu precisava colocar o trabalho em primeiro lugar. Mas, conforme eles cresciam e se tornavam mais independentes, ela começou a desejar que eu… Bem, que eu preenchesse o lugar deles na vida dela, eu acho. Ela demandava meu apoio emocional, tempo e atenção de forma excessiva. Eu sentia que isso me drenava, o que começou a causar conflito. Ela era uma mulher forte. Foi o que me atraiu nela, a princípio, mas as pessoas podem mudar, e acho que ela mudou.

      – Isso parece muito triste – Cassie disse.

      A taça dela estava quase vazia e Ryan a encheu novamente antes de servir a própria taça.

      – Foi devastador. Não consigo explicar como essa fase tem sido tumultuosa. Quando se ama alguém, não dá para abrir mão facilmente. E, quando o amor acaba, você procura por ele sem parar. Torcendo, rezando para ter de volta o que você tanto valorizava. Eu tentei, Cassie. Tentei com todas as forças e, quando ficou claro que não estava dando certo, pareceu ser uma derrota.

      Cassie viu-se se inclinando em direção a ele.

      – É assustador que algo assim possa acontecer.

      – Você escolheu a palavra certa. É assustador. Fez com que eu me sentisse inadequado e muito à deriva. Eu levo comprometimento a sério. Para mim, é para sempre. Quando Trish foi embora, tive que redefinir minha própria impressão de quem eu era.

      Cassie piscou com força. Podia ouvir a angústia na voz dele. A dor pela qual ele passava soava fresca e crua. Era preciso muita coragem, ela pensou, para escondê-la debaixo de um exterior brincalhão e alegre.

      Ela estava prestes a contar a Ryan o quanto o admirava pela força que ele demonstrava na adversidade, mas impediu-se a tempo, percebendo que este comentário seria muito atrevido. Ela mal conhecia Ryan e não tinha o direito de fazer observações tão pessoais para um patrão depois de apenas algumas horas em sua companhia.

      O que ela estava pensando – se é que, de fato, estava pensando?

      Decidiu que o vinho estava subindo à cabeça e que deveria escolher suas palavras com cuidado. Só porque Ryan era bonito, inteligente e gentil não era motivo para se comportar como uma adolescente deslumbrada diante de um ídolo. Aquilo precisava parar, porque ela só acabaria se constrangendo mortalmente, ou pior.

      – Acho que é melhor eu deixar você ir para a cama agora – Ryan disse, baixando sua taça vazia. – Você deve estar exausta depois de dirigir tanto e conhecer meus dois encrenqueiros. Obrigada por me fazer companhia aqui. Significa muito poder conversar com você, assim.

      – Foi um final agradável para o dia e um jeito bom de relaxar – Cassie concordou.

      Ela não se sentia relaxada, de forma alguma. Sentia-se empolgada com a intimidade da conversa deles. Enquanto se levantavam para entrar, ela não conseguia parar de pensar no que ele havia lhe contado.

      De volta em seu quarto, ela checou rapidamente suas mensagens, sentindo-se grata porque a casa tinha conexão com a internet. Em seu último local de trabalho, não havia sinal de celular, o que a tornara completamente isolada. Até aquilo ter acontecido, não tinha se dado conta de quão assustador era ser incapaz de se conectar com o mundo externo quando precisava.

      Em seu telefone, Cassie viu que tinha algumas mensagens dizendo ‘oi’, e um ou dois memes de amigos que estavam nos Estados Unidos.

      Então, viu outra mensagem que havia sido enviada mais cedo naquela noite. Era de um número desconhecido do Reino Unido, o que provocou sirenes de alerta quando viu e, ao abrir, sentiu um medo gélido apertando seu estômago.

      “Tome cuidado” – a curta mensagem dizia.

      CAPÍTULO CINCO

      Cassie estava esperando dormir bem em seu quarto aconchegante, com o banho da arrebentação do lado de fora como o único som. Certamente teria dormido, não fosse pela mensagem desconcertante enviada de um número desconhecido enquanto ela estivera sentada na varanda com Ryan.

      Seu primeiro pensamento de pânico foi que se tratava do julgamento por assassinato de seu antigo empregador; que, de alguma forma, ela tivesse sido implicada e estivesse sendo caçada. Tentou checar as últimas notícias e descobriu, para sua frustração, que Ryan já desligara o Wi-Fi.

      Revirou-se de um lado para o outro, preocupada com o que poderia significar e quem teria enviado a mensagem, tentando se tranquilizar de que provavelmente era o número errado e que a mensagem era para outra pessoa.

*

      Após

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