Paixão e engano. Miranda Lee
Чтение книги онлайн.
Читать онлайн книгу Paixão e engano - Miranda Lee страница 6
Apesar de ser obviamente inteligente e de ter obtido o sucesso sozinho, Scott tinha mais dinheiro do que maneiras e não desperdiçava as palavras nem o tempo. Com um corpo plenamente em forma, Scott McAllister era um homem muito viril e pouco subtil.
Ainda recordava o dia em que o conhecera. O olhar cinzento gélido de Scott percorrera-a dos pés à cabeça com um desejo evidente. O seu corpo parecia ter ardido. E, a partir desse momento, entregara-se a ele. Cinco minutos depois de a conhecer, Scott convidara-a para jantar e ela dissera que sim. Depois de sair três vezes com ele, sucumbira.
É claro, Scott ficara perplexo ao descobrir que era virgem. Mas não o desagradara. De facto, confessara que era a primeira vez que ia para a cama com uma virgem.
Sarah não demorara a tornar-se viciada nas carícias apaixonadas e ternas de Scott. Adorara sentir-se segura entre esses braços fortes, amada. Sentir-se amada era tão importante como o prazer do sexo com Scott.
Mas, na sexta-feira anterior, tudo mudara.
– Não penses mais nessa noite se não queres enlouquecer, Sarah – repreendeu-se.
Abanando a cabeça, Sarah foi buscar a mala e as chaves do carro. Dez minutos depois, no carro, a caminho da ponte do porto, fez mentalmente uma lista do que tinha de levar da casa: Roupa, cosméticos, artigos de higiene pessoal… Ia levar o que precisaria com urgência e deixaria para mais tarde o resto dos seus pertences.
Mas… E se só dispusesse desse dia? E se Scott mudasse a fechadura da porta? Podia ser um comportamento próprio de Scott, um homem que não suportava que o enganassem e muito menos que o traíssem. Por muito que lhe custasse admiti-lo, naquelas fotografias, Phil e ela pareciam amantes.
Sarah seguiu pela saída em direção a McMahon’s Point. A sua resolução estava a dissipar-se ao ver o edifício alto em que se encontrava o apartamento que fora o seu lar durante o último ano. Um lar feliz, apesar das ausências constantes de Scott. Compreendia as dificuldades que Scott enfrentava naqueles últimos meses. A indústria mineira passava por dificuldades e o preço dos metais estava mais barato do que nunca. No entanto, incomodava-a que estivesse sempre a viajar, apesar de os seus regressos serem sempre extraordinários. A sexta-feira anterior fora excecional e, no sábado de manhã, acordara com um sorriso enorme no rosto.
É claro, ignorara o motivo verdadeiro do apetite sexual insaciável de Scott na noite de sexta-feira. Também se alegrara por ter adotado um papel mais ativo na relação sexual. Contente e satisfeita, vestira-se e fora procurar o marido no sábado de manhã, pensando que tinham o fim de semana todo pela frente…
Sarah deixou escapar um gemido ao recordar o confronto que tivera lugar ao encontrar Scott.
– Descarado! – exclamou, zangada, enquanto descia a rampa da cave em que era o estacionamento do edifício.
Apesar de ter dito a Cory que não duvidava que Scott estivesse no escritório, sentiu um grande alívio ao ver que o carro dele não estava no estacionamento. Estacionou o seu, vermelho, e dirigiu-se para os elevadores para subir para o apartamento luxuoso que Scott comprara uma semana antes do seu casamento. Claramente, com intenção de a impressionar. E conseguira.
Não era nas águas-furtadas, mas o apartamento por baixo das águas-furtadas, enorme e com terraços à volta que gozavam de umas vistas fantásticas. As janelas da sala de estar principal davam para a ponte do porto e, a certa distância, via-se a Casa da Ópera. O quarto principal gozava da mesa vista.
O apartamento contava com dois quartos de convidados, para além do principal, cada um com uma casa de banho privada. Também tinha duas salas de estar, uma sala com cinema, outra casa de banho, um ginásio e uma cozinha suficientemente grande para permitir que os empregados da empresa de cateringue, que ela costumava contratar quando dava festas em casa, se mexessem à vontade. Ultimamente, dava festas uma vez por mês, no mínimo.
Quando Sarah entrou no apartamento, parou no vestíbulo amplo de chão de mármore e recordou como se sentira impressionada com aquela casa da primeira vez que entrara. Apesar de provir de uma família de classe média, o tamanho e o luxo dos espaços daquela propriedade tinham-na espantado.
Sarah dirigiu-se por um corredor alcatifado para ir ao quarto principal. Ao entrar no que fora a divisão de que mais gostava na casa, evitou olhar para a cama. Não queria recordar o sábado de manhã, com os lençóis manchados de óleo e o lenço azul na cabeceira. No entanto, não pôde evitar recordar, com uns arrepios de prazer, o momento em que Scott lhe atara os pulsos com o lenço e como, depois de lhe cobrir o corpo com óleo, demonstrara o seu conhecimento sobre os sonhos eróticos de algumas mulheres.
«Para de pensar na sexta-feira passada!», ordenou-se. «Agarra nas tuas coisas e vai-te embora!»
Sarah apressou os passos na alcatifa espessa e creme e entrou no closet, de onde tirou as duas malas grandes que tinham levado ao Havai na sua viagem de lua de mel.
No Havai, tinham sido felizes, muito felizes. Talvez tivesse sido apenas uma miragem, uma ilusão. Talvez os rumores sobre Scott e Cleo fossem verdadeiros.
Não, não podia ser. Recusava-se a acreditar. Não acreditara quando lhe tinham contado e não ia acreditar agora.
«Mas, se não acreditavas, porque foste a correr para a casa de banho do hotel e vomitaste depois de o investigador privado te ter dito que não tinha descoberto nenhuma prova de que o Scott e a Cleo estavam a ter relações?»
A verdade era que acreditara nos rumores. Costumava acreditar que a maioria dos maridos enganava as esposas e que estas costumavam perdoar. Não sabia o que teria feito se o investigador privado lhe tivesse apresentado provas de que Scott e Cleo tinham relações. Tê-lo-ia enfrentado? Tê-lo-ia deixado? Ia deixar Scott agora?
Evidentemente, o marido achava que lhe fora infiel e, quase com toda a certeza, quereria o divórcio. Scott via tudo a preto e branco, o que era uma das suas virtudes e um dos seus defeitos. Embora admirasse a sua retidão, honestidade e integridade, para ele, não havia ambiguidades. Scott não perdoava facilmente se achava que o tinham traído e estava convencido de que o enganara.
Sarah decidiu abandonar aqueles pensamentos inquietantes e, ao virar-se para tirar os vestidos dos cabides, viu-se refletida no espelho da parede do fundo do closet. Que horror! Tinha um aspeto terrível! O seu cabelo estava um desastre e, de repente, sentiu a necessidade urgente de o lavar e de usar o suavizante magnífico que tinha. Além disso, não havia perigo de Scott aparecer em casa e de a surpreender nua no duche.
No entanto, despachou-se, queria sair dali o mais depressa possível.
Конец ознакомительного фрагмента.
Текст предоставлен ООО «ЛитРес».
Прочитайте эту книгу целиком, купив полную легальную версию на ЛитРес.
Безопасно