O italiano implacável. Miranda Lee
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Pensou nisso durante as entradas e, no prato principal, chegou à conclusão de que, a julgar pelo seu historial, gostava dos rapazes maus, algo que ele não era, pelo menos, por enquanto.
Durante a sobremesa, decidiu que podia ser mau porque, já que tinha a oportunidade, faria tudo para levar Bella para a cama pelo menos uma vez. Não, não só uma vez. Uma vez não bastaria para sufocar a labareda que já sentia. Precisaria de um mês de relações sexuais para se cansar dela e não só de relações sexuais. Queria possuí-la de todas as formas possíveis, queria conhecer todo o desenfreio lascivo que teria praticado com os outros… amigos.
Quando esse mês passasse, quando estivesse satisfeito, livrar-se-ia dela e começaria a procurar uma rapariga boa para se casar.
Comeu a última trinca de crème caramel e decidiu que era um bom plano, embora também fosse possível que «bom» não fosse a palavra adequada.
– Estás estranho, Sergio – comentou Jeremy, quando chegaram os cafés. – Sei que o Alex e eu falamos mais dos três, mas costumas participar mais na conversa. Tens algum problema de saias?
Sergio conteve a gargalhada. O efeito da chamada de Bella não podia chamar-se «um problema de saias». No entanto, já traçara um plano e sentia-se mais tranquilo. Só faltava levar esse plano a cabo e fazer com que ela deixasse de ser um problema, uma obsessão.
Até então, decidiu que trataria do assunto de que quisera tratar antes da chamada de Bella. Ao fim e ao cabo, era possível que não voltassem a ver-se até dentro de muito tempo e, como sócios do Clube dos Solteiros, achava que tinham o direito de saber quais eram as suas intenções.
– Em certo sentido – respondeu ele, enigmaticamente. – O sexo oposto entra no que vou dizer-vos.
– Ena, isso parece infeliz – comentou Alex.
– Não é infeliz, mas é sério. Decidi que vou casar-me.
Alex engasgou-se e Jeremy limitou-se a sorrir com ironia.
– Não me surpreende.
– Mas eu estou surpreendido! – exclamou Alex. – Achava que tinhas rejeitado o casamento para sempre depois do divórcio do teu pai.
– Isso são águas passadas. Agora, que o meu pai faleceu e vendemos as cotas da franquia, sinto a necessidade de ter uma vida mais aprazível. Quero constituir uma família, Alex.
– Parece-me bem – concedeu Alex.
– Quem é a sortuda? – perguntou Jeremy.
– Sim, pode saber-se quem é? – insistiu Alex.
– Não tenho ideia – respondeu Sergio. – Ainda não a conheci. Estava a pensar numa italiana, em alguém cuja família viva perto de Milão, já que trabalharei lá a partir de agora.
Alex abanou a cabeça e Jeremy assentiu como se estivesse de acordo.
– Boa ideia, Sergio. As italianas são apaixonadas e magníficas… reprodutoras, porque imagino que queiras casar-te por isso, para ter filhos.
– Sim – reconheceu ele. – Quero mais de um filho e isso significa que a minha esposa terá de ser jovem. Também terá de ser bonita, naturalmente e, preferivelmente, de uma família rica. Vou pedir à condessa para celebrar algumas festas na sua villa. Ela conhece a flor e nata da zona.
A condessa era a sua vizinha mais próxima no lago de Como, uma viúva de cinquenta e tal anos que fora boa amiga do pai e dele. No entanto, naturalmente, não lhe pediria para fazer nada até Bella se ir embora.
– E o amor? – perguntou Alex. – Não podes casar-te com alguém por quem não estejas loucamente apaixonado.
– Por favor, Alex – interveio Jeremy. – Estar loucamente apaixonado é o pior motivo para o casamento. Garanto-te que sei. O meu pai, a minha mãe e os meus irmãos estão sempre a apaixonar-se loucamente e nunca dura. O Sergio está no bom caminho. Casa-te com alguma preciosidade que te adore, que só queira ser mãe e esposa, e serás feliz. Sempre suspeitei que eras um potencial marido.
– Porquê?
– Pela forma como me censuravas quando… me divertia um pouco – respondeu Jeremy.
– Continuas a divertir-te muito – observou Alex.
– É verdade. Custa renunciar a uma atividade tão divertida e para a qual, a risco de parecer arrogante, tenho um talento especial. Ambos me criticaram porque não me importava de partir corações, mas posso dizer sinceramente que nenhuma das minhas ex-namoradas tem má opinião de mim. Quando acabo com elas, faço-o sempre com delicadeza e com muita empatia pelos seus sentimentos.
– Que bonito! – exclamou Alex. – O que fazemos com este diabo, Sergio? Damos-lhe a medalha de ouro do amante do ano?
– É possível. O seu recorde indica que tem jeito para esse assunto. Como o fazes, Jeremy? Quero dizer, imagina que conheces uma rapariga de que gostas muitíssimo, mas que ela não gosta de ti, o que fazes para a levar para a cama? Qual é a tua melhor artimanha e a mais sedutora? Naturalmente, é um caso hipotético – indicou Sergio. – É possível que nunca te tenha acontecido.
– A verdade é que não me lembro.
– Mas o que farias se te acontecesse? – insistiu Sergio.
Jeremy bebeu o café enquanto pensava.
– A partir de hoje – interveio Alex –, só terá de mostrar o saldo da sua conta bancária à rapariga.
Jeremy revirou os olhos.
– Que parvoíce. Nunca tive de recorrer a medidas tão rasteiras para conseguir a rapariga que queria.
– Isso dito por um homem que nasceu com tudo o que podia querer – replicou Alex.
– Rapazes… Portem-se bem! – repreendeu-os Sergio. – Estou a tentar fazer uma investigação séria. Quero saber o que o Jeremy faria para atrair o interesse dessa rapariga. E tu também, Alex. Certamente, também terás encontrado alguma jovem que não caiu rendida aos teus pés. Quero saber o que fariam nesses casos.
– Acho que tentaria enrolá-la primeiro – explicou Jeremy. – Diria como é fantástica. Não falaria da sua beleza. As mulheres belas são bastante céticas com os elogios sobre a beleza. É melhor concentrarmo-nos nas suas outras virtudes. Se isso não desse resultado, passaria à psicologia inversa. Sabes o que dizem, quanto pior as tratas, mais gostam.
– Não estou de acordo com nenhuma dessas táticas – replicou Alex.
– O que farias, Don Juan? – perguntou Jeremy.