O italiano implacável. Miranda Lee

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O italiano implacável - Miranda Lee MINISERIE SABRINA

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em como ia seduzir Bella, que, naturalmente, era o que tencionava fazer. Embora, se fosse sincero, não tivesse muita experiência na arte da sedução. Os homens altos, morenos e bonitos não tinham de recorrer, normalmente, à sedução descarada e ainda menos os ricos. No entanto, era possível que ser alto, moreno e bonito não bastasse para Bella. Também poderia dizer-lhe que era multimilionário. As mulheres como Bella nunca tinham dinheiro suficiente, mas isso não seria tão gratificante como se fizessem amor por ele, não pelo seu dinheiro.

      Pensou nisso durante as entradas e, no prato principal, chegou à conclusão de que, a julgar pelo seu historial, gostava dos rapazes maus, algo que ele não era, pelo menos, por enquanto.

      Durante a sobremesa, decidiu que podia ser mau porque, já que tinha a oportunidade, faria tudo para levar Bella para a cama pelo menos uma vez. Não, não só uma vez. Uma vez não bastaria para sufocar a labareda que já sentia. Precisaria de um mês de relações sexuais para se cansar dela e não só de relações sexuais. Queria possuí-la de todas as formas possíveis, queria conhecer todo o desenfreio lascivo que teria praticado com os outros… amigos.

      Quando esse mês passasse, quando estivesse satisfeito, livrar-se-ia dela e começaria a procurar uma rapariga boa para se casar.

      Comeu a última trinca de crème caramel e decidiu que era um bom plano, embora também fosse possível que «bom» não fosse a palavra adequada.

      – Estás estranho, Sergio – comentou Jeremy, quando chegaram os cafés. – Sei que o Alex e eu falamos mais dos três, mas costumas participar mais na conversa. Tens algum problema de saias?

      Sergio conteve a gargalhada. O efeito da chamada de Bella não podia chamar-se «um problema de saias». No entanto, já traçara um plano e sentia-se mais tranquilo. Só faltava levar esse plano a cabo e fazer com que ela deixasse de ser um problema, uma obsessão.

      Até então, decidiu que trataria do assunto de que quisera tratar antes da chamada de Bella. Ao fim e ao cabo, era possível que não voltassem a ver-se até dentro de muito tempo e, como sócios do Clube dos Solteiros, achava que tinham o direito de saber quais eram as suas intenções.

      – Em certo sentido – respondeu ele, enigmaticamente. – O sexo oposto entra no que vou dizer-vos.

      – Ena, isso parece infeliz – comentou Alex.

      – Não é infeliz, mas é sério. Decidi que vou casar-me.

      Alex engasgou-se e Jeremy limitou-se a sorrir com ironia.

      – Não me surpreende.

      – Mas eu estou surpreendido! – exclamou Alex. – Achava que tinhas rejeitado o casamento para sempre depois do divórcio do teu pai.

      – Isso são águas passadas. Agora, que o meu pai faleceu e vendemos as cotas da franquia, sinto a necessidade de ter uma vida mais aprazível. Quero constituir uma família, Alex.

      – Parece-me bem – concedeu Alex.

      – Quem é a sortuda? – perguntou Jeremy.

      – Sim, pode saber-se quem é? – insistiu Alex.

      – Não tenho ideia – respondeu Sergio. – Ainda não a conheci. Estava a pensar numa italiana, em alguém cuja família viva perto de Milão, já que trabalharei lá a partir de agora.

      Alex abanou a cabeça e Jeremy assentiu como se estivesse de acordo.

      – Boa ideia, Sergio. As italianas são apaixonadas e magníficas… reprodutoras, porque imagino que queiras casar-te por isso, para ter filhos.

      – Sim – reconheceu ele. – Quero mais de um filho e isso significa que a minha esposa terá de ser jovem. Também terá de ser bonita, naturalmente e, preferivelmente, de uma família rica. Vou pedir à condessa para celebrar algumas festas na sua villa. Ela conhece a flor e nata da zona.

      A condessa era a sua vizinha mais próxima no lago de Como, uma viúva de cinquenta e tal anos que fora boa amiga do pai e dele. No entanto, naturalmente, não lhe pediria para fazer nada até Bella se ir embora.

      – E o amor? – perguntou Alex. – Não podes casar-te com alguém por quem não estejas loucamente apaixonado.

      – Por favor, Alex – interveio Jeremy. – Estar loucamente apaixonado é o pior motivo para o casamento. Garanto-te que sei. O meu pai, a minha mãe e os meus irmãos estão sempre a apaixonar-se loucamente e nunca dura. O Sergio está no bom caminho. Casa-te com alguma preciosidade que te adore, que só queira ser mãe e esposa, e serás feliz. Sempre suspeitei que eras um potencial marido.

      – Porquê?

      – Pela forma como me censuravas quando… me divertia um pouco – respondeu Jeremy.

      – Continuas a divertir-te muito – observou Alex.

      – É verdade. Custa renunciar a uma atividade tão divertida e para a qual, a risco de parecer arrogante, tenho um talento especial. Ambos me criticaram porque não me importava de partir corações, mas posso dizer sinceramente que nenhuma das minhas ex-namoradas tem má opinião de mim. Quando acabo com elas, faço-o sempre com delicadeza e com muita empatia pelos seus sentimentos.

      – Que bonito! – exclamou Alex. – O que fazemos com este diabo, Sergio? Damos-lhe a medalha de ouro do amante do ano?

      – É possível. O seu recorde indica que tem jeito para esse assunto. Como o fazes, Jeremy? Quero dizer, imagina que conheces uma rapariga de que gostas muitíssimo, mas que ela não gosta de ti, o que fazes para a levar para a cama? Qual é a tua melhor artimanha e a mais sedutora? Naturalmente, é um caso hipotético – indicou Sergio. – É possível que nunca te tenha acontecido.

      – A verdade é que não me lembro.

      – Mas o que farias se te acontecesse? – insistiu Sergio.

      Jeremy bebeu o café enquanto pensava.

      – A partir de hoje – interveio Alex –, só terá de mostrar o saldo da sua conta bancária à rapariga.

      Jeremy revirou os olhos.

      – Que parvoíce. Nunca tive de recorrer a medidas tão rasteiras para conseguir a rapariga que queria.

      – Isso dito por um homem que nasceu com tudo o que podia querer – replicou Alex.

      – Rapazes… Portem-se bem! – repreendeu-os Sergio. – Estou a tentar fazer uma investigação séria. Quero saber o que o Jeremy faria para atrair o interesse dessa rapariga. E tu também, Alex. Certamente, também terás encontrado alguma jovem que não caiu rendida aos teus pés. Quero saber o que fariam nesses casos.

      – Acho que tentaria enrolá-la primeiro – explicou Jeremy. – Diria como é fantástica. Não falaria da sua beleza. As mulheres belas são bastante céticas com os elogios sobre a beleza. É melhor concentrarmo-nos nas suas outras virtudes. Se isso não desse resultado, passaria à psicologia inversa. Sabes o que dizem, quanto pior as tratas, mais gostam.

      – Não estou de acordo com nenhuma dessas táticas – replicou Alex.

      – O que farias, Don Juan? – perguntou Jeremy.

      –

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