Casamento de confiança. Emma Darcy
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Chris entrou abruptamente. Demonstrava na expressão a ansiedade que sentia.
– Conseguiste alguém? – perguntou, tão preocupado que nem olhou para Hannah.
– Acalma-te, Chris. – A forte e autoritária voz avisou o cozinheiro de que estava descontrolado. – Acabaste de passar pela pessoa que contratei para substituir-te.
– Desculpa-me. – Virou-se para encarar Hannah, com um sorriso de alívio. – Olá.
– Olá – respondeu a jovem com um sorriso amigável.
– Esta é Hannah O’Neill – apresentou Tony. – Chris Walton irá mostrar-lhe o que se espera de um chefe de cozinha do Duquesa nos próximos dois dias.
Chris voltou-se para Tony.
– Preciso mesmo de fazer isso? A Hannah não pode…
– Não – interrompeu Tony com firmeza. – Ficas até ao final da semana, conforme o combinado, Chris. O Johnny pode esperar.
– Mas a Megan pode explicar-lhe tudo.
– Isso é responsabilidade tua. – Os olhos verdes faiscaram quando acrescentou: – Não me decepciones, Chris… Podes marcar o teu voo para Sidney para sexta-feira à noite – continuou Tony. – Não vais receber o teu pagamento nem boas referências se fores embora mais cedo. Entendido?
Chris assentiu.
– Certo, certo. – Ele suspirou e voltou-se para Hannah: – Não me interpretes mal. É um óptimo trabalho. Apenas preciso de ir para outro lado.
Hannah assentiu com cumplicidade.
– Fico muito satisfeita em ter a tua supervisão por dois dias… Será suficiente para me inteirar dos detalhes do serviço, Chris.
– É mais fácil do que parece à primeira vista – murmurou, mas obviamente que era.
Os outros funcionários entraram no escritório e Tony fez as devidas apresentações. Pareciam pessoas alegres e animadas e Hannah sentiu vibrações boas e sem reservas dirigidas a ela.
Estava muito consciente de que Tony a observava. Esperava que estivesse a aprovar o clima amistoso que se gerara entre eles. Sabia que no ramo de turismo era importante manter um ambiente de cordialidade, alegria e… manter uma expressão feliz era algo completamente natural em Hannah. E naquele dia estava a ser ainda mais fácil demonstrar a sua felicidade.
Um novo lugar para explorar.
Um novo emprego para mantê-la no mesmo sítio.
Um novo homem que podia ser o «homem certo»… se o seu coração estivesse a dizer-lhe a verdade!
– Ei! Lindas covinhas! – observou David Hampson, o capitão. Era o mais velho da tripulação, muito bonito, com brilhantes olhos castanhos e um sorriso charmoso. – Acho que tiveste bom gosto, Tony.
– O que precisamos é de uma boa cozinheira – disse Tony, bruscamente.
– Concordo – respondeu David alegre, voltando a olhar para Hannah. – Mas uma boa comida servida por lindas covinhas, dá sempre um toque especial.
Ela riu, gostou da provocação bem-humorada de David.
– Está pronta para partir, Hannah? Tem tudo o que precisa? – indagou Tony, de sobrolho franzido.
– Claro. – Rapidamente agarrou no saco de plástico que continha os uniformes e os folhetos sobre os passeios da King Cruzeiros.
Tony falou para a tripulação:
– Espero que vocês tratem bem a Hannah, sem que ela se torne uma distracção para o serviço de cada um. Certo?
Assentiram em coro.
Ele olhou para Hannah.
– Vamos. Vou levá-la até ao apartamento onde vai ficar. Assim poderá descansar para começar a trabalhar amanhã cedo.
– Até amanhã – despediu-se de todos e acompanhou Tony, o coração batia velozmente, era difícil acompanhá-lo.
– Onde está a sua bagagem? – perguntou.
– Por aqui. – Indicou a esquerda e ele seguiu-a. Um rápido olhar avisou Hannah de que ele voltara a sorrir. – Obrigada pelo seu apoio – disse, sinceramente.
– Espero que não me cause problemas, Hannah.
– Problemas? – ecoou, irritada com aquela leitura negativa.
Olhou-a de um modo ameaçador.
– David Hampson é casado. E tem dois filhos.
– Bem, isso é óptimo para ele – respondeu, impressionada pela quase acusação.
– Sim. Vamos deixar as coisas como estão. – Levantou o queixo enquanto caminhava.
– Sabe, não tenho culpa de ter covinhas – declarou para testá-lo. – Nasci com elas.
– E com muitas outras coisas – murmurou.
Era demais para Hannah.
– Tem algum problema comigo?
– Não. Por que é que teria?
– Não sei. – Franziu o sobrolho, confusa. Ele estava distante… – Tenho a impressão de que não teria conseguido o emprego se o entrevistador tivesse sido você.
– Acredito piamente no julgamento da minha avó – declarou.
– Isso é um alívio! – Suspirou para livrar-se da tensão. – Não é bom trabalhar para uma pessoa que não me quer.
– Sem dúvida que a quero – disse, secamente.
– Está bem, então. – Sentiu-se muito melhor e para garantir o alívio dele, comentou: – Geralmente dou-me muito bem com as pessoas.
– Pude perceber…
– E não quero atrapalhar o casamento de ninguém. – Nem mesmo o de Flynn e de Jodie.
– Fico feliz em saber disso.
– Eu jamais seduziria David.
– Óptimo!
– Sally contou-me a situação de Chris, mas há mais alguma coisa que eu deva saber sobre a tripulação, para que não cometa nenhum erro?
– Nada que me venha à mente – respondeu.
– Não vai avisar-me sobre o Eric, o Jai ou o Keith?
– A Tracy irá colocá-la no seu lugar se olhar para o Jai. – Tony encarou-a. – Gostou dele?
Como