Unidos pela paixão. Caitlin Crews

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Unidos pela paixão - Caitlin Crews Sabrina

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que ardiam e derretiam ao mesmo tempo. A sua altura e a sua força, que eram evidentes em tudo o que fazia, mesmo estando sentado num trono caseiro numa sala branca.

      Mas havia algo mais, algo relacionado com a perfeição sensual do seu rosto. O modo como as suas feições pareciam esculpidas com precisão, unidas como uma amálgama. A mãe grega. O pai espanhol. Os avós brasileiros por um lado e franceses e persas por outro.

      Parecia um deus. E, quando se riu, Susannah sentiu-se tentada a acreditar.

      – Tens toda a razão – concedeu Leonidas, depois de um longo instante. – Não me importo nada. Monstro, deus, homem. Para mim, é tudo igual.

      E, dessa vez, quando se inclinou sobre ela, Susannah já estava a tremer. Era um tremor interno e profundo, como se uma alegria terrível estivesse a destruí-la de dentro para fora. Uma parte de Susannah queria aquilo, mesmo que tivesse medo, portanto, precipitou-se para os seus braços.

      Leonidas mexeu-se. Tirou as calças e, depois, pôs-se entre as suas pernas. Puxou-lhe as pernas para as ancas enquanto Susannah tentava acalmar o redemoinho da mente o suficiente para se acomodar a ele.

      E, depois, já não importou porque Leonidas a beijou. Beijou-a várias vezes até se sentir marcada. Possuída, finalmente. Não pôde evitar questionar-se como sobrevivera durante todo aquele tempo sem ele. Sem aquilo. Em algum canto do seu cérebro, soube que devia dizer-lhe.

      Podia dizer: «Sou virgem. Aviso, o nosso casamento foi realmente branco.» Talvez se risse outra vez ao saber que uma mulher da sua idade continuava a ser pura. Independentemente do que fizesse, acreditasse ou não, tinha de saber. Mas Susannah não se sentiu capaz de pronunciar aquelas palavras.

      E, além disso, esqueceu o assunto quando as mãos de Leonidas voltaram a agarrar as suas ancas e lhe puseram o corpo por baixo do dele de um modo ainda mais incisivo, como se quisesse tomar as rédeas da situação e fazê-lo à sua maneira.

      Talvez isso bastasse. Tinha de bastar porque, então, sentiu-o. Forte e duro naquela parte dela em que nenhuma pessoa tocara antes.

      Então, sentiu um calafrio diferente. Como um pressentimento. Ou um desejo selvagem que nunca experimentara, apertando-a como se estivesse presa num punho gigante. Abriu a boca novamente para dizer o que não queria dizer, para se certificar de que ele não…

      Mas Leonidas penetrou-a com profundidade e segurança.

      Susannah não pôde controlar a resposta. Não pôde fingir. Era uma dor profunda, como um rasgo que queimava, e o seu corpo tomou o controlo e agitou-se contra ele como se as suas ancas tentassem livrar-se dele por vontade própria. Não pôde controlar o pequeno grito que surgiu da sua garganta, carregado de dor e de um impacto que não conseguiu esconder.

      Contudo, no momento em que lhe escapou, lamentou não se ter contido. Leonidas ficou muito quieto em cima dela. Com os olhos fixos nela. E, mesmo assim, conseguia senti-lo ainda, no mais profundo do seu interior, enchendo-a e esticando-a, fazendo-a sentir em lugares que nunca pensara que faziam parte do seu próprio corpo. Estava com falta de ar.

      – Passou muito tempo, garanto-te – disse Leonidas, num tom tenso. E talvez um pouco furioso ao mesmo tempo. – Mas não devia doer.

      – Não dói – mentiu ela.

      Leonidas observou-a durante um bom bocado. E, depois, sem mudar a intensidade do seu olhar, levantou a mão e limpou, com suavidade, uma pequena lágrima que lhe escapara sem que se apercebesse.

      – Volta a tentar.

      Susannah não queria mexer-se, mas estava a passar-se alguma coisa que não conseguia entender. Uma espécie de pulsação entre as pernas que não conseguia controlar. Voltou a experimentar o movimento das ancas contra as suas, mordendo o lábio inferior enquanto se esfregava.

      – É delicioso.

      – Estou a ver. As lágrimas sugerem-no. E o facto de estares a franzir o sobrolho não deixa lugar para dúvidas.

      Era verdade que Susannah tinha o sobrolho franzido, mas não se apercebera.

      – Tenho uma notícia para ti – conseguiu dizer. – O facto de as pessoas beijarem literalmente o chão em que pisas não significa que saibas ler o pensamento. E muito menos o meu.

      – Podes contar a ti própria o que quiseres, pequena – murmurou ele.

      E aquilo devia tê-la zangado, mas não foi assim. De qualquer modo, fê-la sentir… mais calor. Demasiado. Leonidas deslizou-lhe as mãos pelo corpo. Várias vezes. Afastou-lhe o cabelo da cara. Susannah continuava a senti-lo dentro do seu corpo, grande e duro e, no entanto, a única coisa que ele fazia era acariciá-la com suavidade.

      – Não tenho de te ler o pensamento. O teu corpo diz-me tudo o que preciso de saber. O que não entendo é como conseguiste manter a inocência durante todo este tempo.

      Ela abriu a boca para responder, mas estava distraída com o modo como lhe tocava. Aquelas mãos enormes mexiam-se por todo o seu corpo, espalhando o calor e as sensações onde tocava. Não se mexeu dentro dela. Não a penetrou nem fez nenhuma das coisas que Susannah esperava que fizesse. Só a acariciou, instalado em cima dela como se pudesse esperar para sempre. O nó que Susannah tinha no mais profundo da barriga começou a fechar-se. E, depois, transformou-se em algo muito maior e selvagem.

      – Não sei o que queres dizer – disse Susannah, finalmente, pestanejando. – Sou a tua viúva. É claro que sou virgem. Morreste antes de conseguires remediá-lo.

      Se restava alguma dúvida de que fingia não recordar, desapareceu por completo. Porque olhou para ela de um modo que era cem por cento de Leonidas Betancur. O homem duro e desumano que recordava perfeitamente. O homem que estava de branco quando ela entrara naquele sítio.

      Esquecera realmente quem era? E nesse caso, quando voltara a recordar?

      – É difícil de acreditar, conhecendo os meus primos – declarou ele, oferecendo-lhe mais provas. Inclinou a cabeça para um lado. Brilhavam-lhe os olhos. – Imaginava que se precipitariam sobre a minha viúva como um bando de abutres.

      – Fizeram-no, é claro.

      – Mas suponho que o teu amor por mim fosse tão grande que te impediu de aceitar uma oferta melhor quando apareceu – murmurou Leonidas, com sarcasmo e uma expressão cínica nos olhos.

      E o nó que Susannah tinha no estômago tornou-se mais duro.

      – Talvez te surpreenda saber que não gosto muito dos teus primos – replicou, agarrando-o pelos ombros como se tencionasse afastá-lo. Mas não o fez. Os dedos curvaram-se por vontade própria. – Pedi-lhes para respeitarem o meu processo de luto. Repetidamente.

      Dessa vez, quando Leonidas se riu, Susannah sentiu a sua gargalhada dentro dela, onde estavam ligados e, depois, por todo o resto do corpo.

      – Porque ficaste de luto, pequena? – perguntou, com sarcasmo. – Por mim? Mal me conheces. Deixa-me ser o primeiro a dizer-te que não sou melhor do que os meus primos.

      – Talvez sim ou talvez não – concedeu Susannah. – Mas estou casada contigo, não com eles.

      E algo mudou em Leonidas, pôde senti-lo. Uma espécie de terramoto que o atravessou e, depois, a ela. Porém, como se não quisesse

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