Encontro apaixonado. Carol Marinelli

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Encontro apaixonado - Carol Marinelli Sabrina

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O trabalho é seu – declarou Luka e ela franziu o sobrolho. – Quando acabar de trabalhar na sexta-feira, até segunda-feira, o mundo é seu. – Luka observou-a. – Mas quando estiver aqui…

      Luka Kargas esperava entrega absoluta. Cecelia entendeu muito bem.

      – Quando pode começar? – perguntou Luka.

      Antes de rejeitar a oferta, Cecelia respirou fundo e considerou as vantagens desse emprego: Um salário quase o dobro do atual, viagens constantes e o apelido Kargas no seu currículo.

      Depois, pensou nas desvantagens.

      Sessenta horas de trabalho por semana ao lado daquele homem deslumbrante.

      A atração que sentia por ele era inesperada e perturbadora.

      Não sabia o que fazer.

      – Preciso de tempo para pensar – respondeu Cecelia.

      – Lamento muito, eu preciso de uma pessoa que confie no seu instinto e possa tomar decisões no momento.

      Luka queria que aquela mulher trabalhasse para ele.

      Impressionara-o, apesar de ter esperado o contrário. No entanto, algo lhe dizia que, se Cecelia Andrews saísse por aquela porta, não voltaria.

      – Vou perguntar outra vez. Quando pode começar?

      «Nunca!», gritou o seu instinto.

      – Agora – afirmou Cecelia, surpreendida com a sua decisão. – Posso começar agora.

      – Bem-vinda a bordo.

      E, enquanto Luka lhe apertava a mão, Cecelia pensou que conseguia lidar com a situação.

      Capítulo 1

      «Luka, depois de considerar seriamente, decidi…».

      Cecelia acordou um instante antes de o despertador tocar e, enquanto ouvia os barulhos da rua do seu apartamento de Londres, pensou em como podia demitir-se do seu emprego.

      E quando?

      Quando ia dizer-lhe que não queria renovar o seu contrato de trabalho, de manhã ou ao fim do dia?

      A maioria das pessoas ia dizer-lhe que era uma loucura deixar esse emprego.

      O salário era incrível e as viagens eram maravilhosas, embora cansativas, mas, depois de onze meses a trabalhar para Luka, alcançara o seu limite.

      Luka era um mulherengo empedernido. E não era uma opinião pessoal, era um facto.

      Sabia muito bem, ela era a sua assistente pessoal!

      Já não aguentava mais. Por isso, na sexta-feira, depois de Luka ter ido para o terraço para entrar no seu helicóptero com o fim de passar um fim de semana de libertinagem em França, Cecelia agarrara no telefone e aceitara um contrato de seis meses para trabalhar como assistente pessoal de um diplomata estrangeiro, idoso e respeitável.

      Embora o salário fosse mais baixo e o emprego tivesse menos vantagens, ia estar muito mais tranquila e assentada.

      Agarrou no telemóvel para ver as horas quando percebeu que era o seu aniversário. Não importava, nunca tinham dado importância aos aniversários na sua vida familiar. Os tios tinham-na criado desde os oito anos e nunca tinham celebrado os aniversários e a mãe, antes de morrer, também não.

      Então, viu a mensagem que Luka lhe enviara durante a noite:

      «Não vou ao escritório hoje, Cece. Cancela todas as minhas reuniões. Ligo-te depois.»

      Cecelia cerrou os dentes, Luka tinha a mania de lhe chamar «Cece», algo que não suportava. Mas também franziu o sobrolho porque, nos onze meses que passara a trabalhar como assistente pessoal de Luka, era a primeira vez que ele tirava o dia. E exatamente no dia em que ela precisava de falar com ele!

      Devido à ausência do patrão, seria um dia de muito trabalho, um dia complicado. Assim, fez um esforço e levantou-se da cama.

      Cecelia tomou banho rapidamente e seguiu a sua rotina habitual. Estivesse onde estivesse, fazia sempre o mesmo: À noite, preparava a roupa que ia vestir no dia seguinte, fazia o mesmo com o pequeno-almoço, que tomava antes de se pentear.

      A rotina era algo essencial na sua vida, precisava dela para se sentir bem. Talvez fosse uma forma de compensar o caos que a rodeara até aos oito anos, os oito anos que vivera com a mãe.

      Tinha o cabelo loiro-avermelhado, mas pintara-o para o tornar um loiro neutro. Penteou os caracóis suaves e apanhou o cabelo num rabo de cavalo.

      Depois, enquanto se maquilhava, os seus olhos verdes esbugalharam-se ao ouvir o que alguém estava a dizer na rádio:

      – «O que raios é que essa mulher esperava depois de se envolver com o Luka Kargas?»

      Não a surpreendeu que alguém mencionasse o patrão, mas irritou-a. Nem às sete da manhã, no seu quarto, conseguia fugir dele.

      Luka era um homem muito conhecido e, embora fosse nomeado nas secções financeiras dos jornais, também se falava dele nas revistas cor-de-rosa.

      Aparentemente, houvera uma festa louca no seu iate na sexta-feira anterior, em Nice.

      Cecelia cerrou os dentes enquanto ouvia que, depois da festa no iate, Luka e alguns dos convidados tinham visitado uns casinos em Paris. E agora, uma supermodelo, depois de uma noite de paixão, chorava porque as suas esperanças de prolongar a relação com Luka se tinham visto frustradas.

      Uma parva por se deixar enganar, pensou Cecelia. Todos sabiam como Luka era com as mulheres.

      Contudo, as pessoas não conheciam realmente Luka. Ele era extremamente reservado a respeito de certos aspetos da sua vida privada, a que ninguém, absolutamente ninguém, tinha acesso e muito menos a assistente pessoal.

      A julgar pelo que conseguira deduzir, Luka sempre tivera uma vida privilegiada. O pai era o dono de um complexo turístico luxuoso em Xanero com um restaurante conhecido em todo o mundo e outros restaurantes em diferentes países. Enquanto isso, Luka encarregava-se mais dos hotéis e tinha uma vida muito agitada. As suas conquistas eram inumeráveis e, com frequência, ela tinha de secar as lágrimas das amantes magoadas do patrão.

      Sim, Luka era um mulherengo empedernido.

      E isso perturbava-a. Talvez porque espiara esse tipo de vida. A forma como Harriet, a mãe, morrera, tal como vivera, com as cuecas no chão e pó branco no nariz, envergonhara toda a família. E deixara uma filha por quem ninguém queria responsabilizar-se. O pai não aparecia na certidão de nascimento e só o vira uma vez.

      E não queria voltar a vê-lo.

      O tio e a tia, no fim, tinham-se encarregado da pequena Cecelia que, com caracóis loiros-avermelhados e olhos verdes brilhantes, era uma réplica da mãe, mas só fisicamente.

      Depois de uma vida pouco convencional durante a infância, Cecelia tinha uma vida convencional, prática

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