Paixão cruel - Três semanas em atenas. Janette Kenny

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Paixão cruel - Três semanas em atenas - Janette Kenny Ómnibus Geral

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queria ser amada.

      André mexeu-se, elevando-a para lhe acariciar os seios através do tecido fino do fato-de-banho. Kira pôs-lhe os dedos nos ombros, tremendo e arqueando-se para trás, oferecendo a sua boca.

      – Desejo-te – disse ele, mordiscando um dos mamilos com os dentes. – E tu a mim.

      Kira gemeu, recusando-se a esconder ou a negar o que sentia.

      – Isso é evidente.

      Ele franziu o sobrolho, como se as suas palavras o irritassem.

      – Mas não te farei minha, agora não.

      Ouvira bem?, perguntou-se Kira.

      Ele deu-lhe a resposta ao afastar-se dela, fechando a porta ao desejo que Kira vira a brilhar nos seus olhos.

      – Então, o que foi isto? – perguntou ela, consciente de que tinha as faces acesas e o corpo a tremer de desejo.

      – Precisava de um aperitivo – André deixou-a a flutuar na água e nadou até à beira. – Desfrutaremos do manjar completo mais tarde.

      Saiu da piscina, encharcado, totalmente nu e excitado.

      – Não irei para a cama contigo.

      – Oh, sim, é claro que o farás – garantiu ele. – Mas esta noite preciso de descanso e de comida – disse ele, deslizando os olhos famintos pelo corpo feminino. – Agora ambos estamos cansados. Quando fizermos amor, será de forma lenta, sensual e interminável.

      Kira tremeu ao ouvir aquela promessa, sem saber como reagir para não trair os seus verdadeiros desejos.

      Também não sabia se devia enfurecer-se com a sua arrogância ou deixar-se levar pela paixão.

      – O jantar será servido dentro de quinze minutos – disse ele.

      Sem se incomodar em secar-se, vestiu os calções de ganga afastou-se para a casa sem olhar para trás.

      Completamente frustrada, Kira começou novamente a percorrer a piscina de uma ponta à outra, apesar de os seus músculos lhe pedirem um descanso.

      Depois de um duche rápido, Kira vestiu um vestido estampado em tons azuis e uma cor castanha intensa que condizia com os olhos de André. O facto de fazer aquela comparação confirmava que ainda continuava em terreno pantanoso com ele. E o facto de as suas emoções dançarem como num carrossel devido à gravidez também não a ajudava muito.

      Tão depressa o odiava como desejava as suas carícias, os seus beijos. Até pensara em iniciar um debate com ele, mas rapidamente o descartou. O seu primeiro confronto verbal levara-os directamente para a cama.

      Tendo em conta como se derretera nos seus braços na piscina, Kira receou o momento de se sentar em frente dele na mesa. Mas os seus receios foram em vão.

      Pouco depois de se sentar à mesa com ele, André recebeu uma chamada que não podia esperar.

      Kira olhou para ele, alarmada. O seu primeiro receio foi que estivesse a levar a cabo as ameaças de destruir o hotel.

      – Se isto tem a ver com o Château… – começou ela.

      – Nada disso – disse ele e, depois de acabar o seu copo de vinho, levantou-se. – Desfruta do jantar.

      E, sem olhar para trás, saiu da sala de jantar sem tocar na comida.

      Kira tinha os nervos à flor da pele. Não sabia se André lhe contaria a verdade, já que estava convencido de que era a cúmplice vingativa de Peter Bellamy.

      Seria por alguma coisa relacionada com o Château? E a que se referia quando dissera que tinha provas electrónicas das suas maquinações com Peter Bellamy? Não podia ser verdade, a não ser que alguém as tivesse criado sem ela saber. Sabia que muitos empregados do Château a desprezavam, mas ninguém tinha o poder de vender as acções de Edouard Bellamy.

      Ninguém, excepto Peter. O seu filho e testamenteiro do testamento do seu pai. Seria ele quem quereria arrebatar-lhe a sua herança? Kira deixou o garfo no prato e esfregou as têmporas. Talvez Peter tivesse descoberto a sua verdadeira relação com Edouard e a odiasse tanto como Edouard previra.

      Desde o acidente de Edouard e da sua morte, o mundo de Kira ficara destruído. As suas acções tinham desaparecido quando André comprara as acções do Château.

      Fora por isso que tivera de ir à ilha pela primeira vez, para falar com ele, embora André jurasse que ele nunca acedera àquela reunião. Ter-lhe-iam armado uma cilada?

      André estava convencido de que ela estava a conspirar com Peter para o arruinar. Não era verdade, mas ela não sabia como provar a sua inocência. Não sabia o que fazer, nem em quem confiar, para além de Claude, o seu advogado.

      Recostou-se na cadeira. Já perdera todo o apetite e também a pouca energia que restava. Só queria deitar-se na cama e dormir. Queria esquecer aquele pesadelo em que se transformara a sua vida.

      Levou a mão à barriga. Apesar dos seus receios e preocupações, sorriu. Acima de tudo, o mais importante era proteger o seu filho. E a melhor maneira de o fazer era descansar.

      Deixou o guardanapo na mesa e levantou-se. O seu olhar encontrou-se com o de André.

      Como antes, a postura dele era aparentemente indiferente, apoiado na ombreira da porta, com os braços para baixo e um pé cruzado sobre o tornozelo.

      Mas a sua expressão era sombria e implacável e, nos seus olhos, via-se uma clara expressão de censura. Estava furioso e Kira perguntou-se se se devia à conversa telefónica ou a ela.

      – Há quanto tempo estás aí? – perguntou ela.

      – Há tempo suficiente para saber que não comeste praticamente nada – reprovou-a ele.

      – Não tenho muito apetite – disse ela.

      – Sim, claro. Tens de fazer com que o teu corpo continue a ser desejável – disse ele, brincalhão.

      O belo rosto masculino aparecera em muitas revistas económicas, mas ela só vira aquela expressão feroz uma vez. Há três meses, quando ela fugira de Petit Saint Marc.

      Depois, tinham acontecido tantas coisas… Parecia quase surreal como ela passara de ser relações públicas no Cygne em Londres a accionista do Château Mystique de Las Vegas e a amante inesperada de André.

      Embora tudo estivesse tão longe que parecia ter acontecido noutra vida.

      Ele estava furioso, totalmente rígido, com os dentes cerrados. A sua expressão era mais a de um pirata sanguinário do que a de um magnata internacional.

      – Passa-se alguma coisa? – perguntou ela, ao vê-lo tão tenso.

      – Os meus guardas interceptaram um grupo de paparazzi à frente da ilha – respondeu ele, encolhendo os ombros, embora a sua desconfiança fosse evidente.

      – Isso devia agradar-te – disse ela, suspeitando que a presença dos meios de comunicação social era frequente na ilha.

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