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– Talvez, mas isso foi antes – admitiu.
– E isto é agora.
Nathan abriu uma porta ao final do corredor e empurrou-a suavemente para o interior. As luzes estavam apagadas, mas havia um pequeno candeeiro aceso sobre uma enorme secretária de mogno. Numa casa normal, um móvel desse tamanho teria anulado toda a divisão, mas aquela mansão tinha sido construída para impressionar. Sobre as paredes forradas a carvalho havia quadros de um dos pintores favoritos de Nathan, um artista de princípios do século xx que retratava as paisagens do Texas como ninguém. E em frente à lareira de mármore, um enorme sofá de pele com cadeirões a combinar. Ao contrário das delicadas antiguidades francesas que decoravam o resto da casa, aquela divisão de linhas simples e masculinas parecia-se com o magnata do petróleo que ali vivia.
Antes que Emma pudesse protestar, Nathan empurrou-a suavemente contra a porta, as vozes e a música da festa tornaram-se num murmúrio. Enfim sós.
Apoiando uma mão sobre o seu ombro, inclinou a cabeça para o olhar nos olhos.
– Não queres saber porque é que apareceu o teu nome na conversa?
– Não me interessa.
– Parece que o teu pai está à procura de um marido para ti.
– Raios – Emma apoiou a cabeça na porta. – Está a tentar casar-me desde a universidade.
– Porquê?
– Porque acha que sou um problema e quer passá-lo a outra pessoa – respondeu ela, sem poder dissimular a sua tristeza. – Está convencido que necessito alguém para cuidar de mim.
Ser a mimada filha de um milionário era parte do seu encanto e Nathan estava desejoso de mimá-la mais do que ninguém.
– Que mal tem deixar alguém cuidar de ti?
– É absurdo que pense que não sei cuidar de mim mesma – Emma levantou o queixo, orgulhosa. – E totalmente injusto.
Para que a conversa continuasse a ser amável, Nathan decidiu não a contrariar. Mas tinha ouvido rumores sobre as escapadas de Emma e sabia que tinha estado a ponto de prometer-se com um caça-fortunas, que a tinham condenado a fazer serviços comunitários quando a apanharam com a mala de uma amiga que continha marijuana e que tinha destruído um Mercedes quando voltava para casa de uma festa no meio de uma tempestade de neve.
Sim, parecia ter assentado a cabeça nos últimos dois anos, mas que se tivesse mostrado tão impulsiva com ele três semanas antes fazia com que questionasse se realmente tinha crescido ou se, simplesmente, se tinha tornado numa perita em esconder as suas escapadelas da imprensa.
– Disseste ao teu pai?
– Sim – Emma suspirou. – Mas não serve de nada. Quando está convencido de alguma coisa não há maneira de o fazer mudar de opinião e agora pretende que esteja prometida até ao dia de São Valentim, quer eu queira quer não.
E quer Nathan quisesse ou não.
Ele necessitava dessa joint venture com Silas para obter o controlo da empresa familiar. Nem Sebastian nem Max, os seus meios-irmãos, tinham fé na sua visão da empresa e por isso o acordo com a Montgomery era tão importante. Não apenas porque a tecnologia de última geração poria a Investimentos Case no mapa como uma empresa inovadora, mas também porque os futuros lucros assegurariam que ele detivesse as rédeas da empresa. Os seus irmãos detestariam essa reviravolta, mas não poderiam fazer nada a esse respeito.
Mas antes tinha de chegar a um acordo com Silas.
De repente, e por impulso, Nathan tirou-lhe os brincos que ela usava.
– O que estás a fazer? Devolve-me os brincos.
A última vez, Emma tinha-o deixado louco antes de se render. Depois tinha saído a correr, deixando atrás o seu provocante perfume. Mas nessa noite, Nathan pensava ficar com algo que ela quisesse reclamar.
– Ainda não.
Os seus caracóis escuros emolduravam um rosto ovalado de altas maçãs do rosto, nariz pequeno e lábios carnosos. Nessa noite tinha controlado os caracóis com um carrapito mas, mesmo gostando de admirar o seu longo e elegante pescoço, preferia que o usasse solto e despenteado, para ele, já agora.
Quando lhe tirou os ganchos, o cabelo caiu como uma cascata sobre os seus ombros nus.
– Nathan, o que estás a fazer?
– Eu acho que é evidente – respondeu ele, passando a ponta dos dedos pelo seu pescoço.
– Não podemos falar? – Emma pôs uma mão no seu tronco.
O calor dessa mão atravessava a camisa, provocando um incêndio no seu interior. O desejo que sentia por ela turvava-o. Nenhuma outra mulher o excitava tanto como ela, nem o fazia perder o controlo desse modo.
– Se te tivesses incomodado em ligar-me, podíamos ter falado muitas vezes nestas últimas semanas. Mas agora tenho outras coisas em mente.
– Aqui, no escritório do meu pai? Estás louco?
Nathan sentiu uma pontada de desejo ao imaginar que a possuía ali mesmo, apoiado na porta. Mas não, não voltaria a fazê-lo.
Tinha voltado a vê-la três semanas antes, sendo que há doze anos que não tinha contacto com ela e tinha ficado perplexo. Estava na festa de Grant Castle a falar com o seu antigo colega da universidade e a lançar charme a cinco jovens lindíssimas quando Emma apareceu com um vestido de saia muito curta, e com as suas longas e bem torneadas pernas ao léu.
Quando os seus olhos se encontraram, Nathan ficou sem respiração. Estava simplesmente… irresistível. Observou-a como um tigre vigia uma gazela e teve-a no seu carro uma hora depois.
Não lhe tocou até terem chegado ao seu apartamento, mas uma vez ali tinha procurado os seus lábios como um homem faminto e Emma tinha-se mostrado surpreendida. Tinha esperado que fosse uma amante treinada, mas não o parecia. Atuava como uma mulher que não tivesse o hábito de beijar ou que nunca tivesse sido beijada como deveria.
E tinha perdido a cabeça. Nada mais podia explicar que, demasiado impaciente para a levar até ao quarto, tivessem feito amor no hall de entrada. Estava a arder de tal forma que o surpreendia não ter provocado um incêndio em casa.
Mas a próxima vez que fizessem amor seria num colchão, com ela nua e dedicada.
Emma era uma mulher que merecia ser apreciada.
– Queres que te diga o que te vou fazer?
Ela conteve a respiração.
– Não.
Apesar da negativa, não se afastou e Nathan entendeu isso como um prelúdio amoroso:
– Primeiro, vou tirar-te esse vestido tão sexy – murmurou, passando os dedos pelo fecho, que ia da axila até à anca.
Emma tentou agarrar na mão dele, mas ele afastou-a. As suas intenções de resistir não pareciam muito sérias.