A bela cativa. Michelle Conder
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Aproximou-se para recuperar a máquina fotográfica, mas ele segurou-a ao alto.
– Não vou estragá-la – redarguiu. – Não a menos que me continue a tentar tirar-ma.
Regan pôs as mãos nas ancas.
– Não importa quem é, não tem o direito de examinar as minhas coisas.
Olhou para ela com desprezo, indicando que tinha todo o direito do mundo e que, se não, pouco importava, porque não havia nada que ela pudesse fazer.
– Vou fazer o possível para recuperar a minha irmã, menina James. Será melhor começar a habituar-se.
A irmã?
Regan franziu o sobrolho.
– O que é que a sua irmã tem a ver com tudo isto?
Observou-a. O azul dos seus olhos era tão claro e frio que parecia que ela estava a observar um glaciar.
– O seu irmão tem a minha irmã. E, agora, eu tenho a dele.
– Isso é uma loucura.
– Por uma vez, estamos de acordo.
– Não, quero dizer, o senhor está louco. O meu irmão não está com a sua irmã. Sei que me teria dito.
– A sério?
– Têm uma relação ou algo assim? – Sempre tinham partilhado tudo no passado e, se lho escondera…
– Será melhor que não. Agora, mexa-se. A minha paciência está a esgotar-se. Preciso de regressar ao palácio.
Um momento? Era mesmo o rei de Santara?
– Eu… Eu não vou a lado nenhum consigo.
– Se insistir em ir como está, não vou detê-la, mas garanto-lhe que receberá mais olhares do que antes, quando estava com as calças de ganga justas e uma blusa.
– A minha roupa era perfeitamente adequada, obrigada.
– Tem cinco minutos.
– Não vou consigo.
– É uma escolha sua, é claro, mas a alternativa é ficar neste quarto até o seu irmão regressar.
Regan franziu o sobrolho.
– Aqui fechada?
– Não posso permitir que o desaparecimento da minha irmã se torne público. Se andar por aí sozinha e a fazer perguntas, só conseguirá chamar a atenção e meter-se em confusões.
– Não vou dizer nada, prometo!
Regan sabia que parecia desesperada e estava. A ideia de estar fechada num quarto de hotel durante um tempo incerto não era aceitável. Se o que aquele homem dizia era verdade, ela queria ter liberdade para poder encontrar Chad e descobrir o que estava a acontecer. Preferivelmente, antes de aquele homem o encontrar.
Ele abanou a cabeça.
– Tome uma decisão. Não tenho toda a noite.
– Não tenciono ficar aqui!
– Então, vista-se.
Regan sentia que a cabeça dava voltas. Para além da falta de sono, a situação avançava demasiado depressa.
– Preciso de mais tempo para pensar nisto.
– Dei-lhe cinco minutos. Restam quatro.
– Acho que nunca tinha conhecido um homem tão arrogante como o senhor. De facto, sei que não.
Ele cruzou os braços e observou-a.
– Vão desligar o seu telefone e haverá guardas à porta do seu quarto. Aconselho-a que não tente sair.
– E como sei que é quem diz que é? – quis saber ela. – Podia ser um impostor. Um assassino. Estaria louca se fosse consigo.
– Não sou um assassino.
– Não sei!
– Vista-se e poderei demonstrar-lhe.
– Como?
Ele suspirou.
– Pode perguntar a qualquer empregado do hotel. Eles saberão quem sou.
Pela primeira vez desde que ele entrara no quarto, Regan viu uma possível saída. Se a levasse para o andar de baixo, poderia alertar alguém do que estava a acontecer.
– Está bem, só… – Agarrou numas calças limpas e numa camisola de manga comprida. – Dê-me um minuto.
Dirigiu-se para a casa de banho e, quando saiu, encontrou-o a olhar para o relógio.
– Um minuto mais cedo. Estou impressionado.
«Cretino arrogante», pensou ela.
Regan agarrou na mala e saiu à frente dele. Esperou que ele chamasse o elevador.
– Se realmente é um rei, onde estão os seus guardas?
– Não costumo levá-los comigo para tratar de assuntos extraoficiais. Posso tratar de mim próprio.
– E como é que ninguém no shisha bar conhecia a sua identidade? Se realmente é o rei, imagino que lhe tivessem feito reverências.
Ele sorriu.
– Percebi que as pessoas não se apercebem do que não esperam.
Regan arqueou uma sobrancelha. Não podia discutir. Parecera-lhe um homem perigoso, mas não imaginara que apareceria à sua porta a acusar o seu irmão. Também não esperava que ele lhe dissesse que era o rei. Embora ainda não tivesse confirmado se era verdade ou não.
– Como está a dor de cabeça? – perguntou ele. – Não se incomode em negá-lo. Está tão pálida que parece que vai desmaiar.
– A minha cabeça está bem. – Não tencionava admitir que tinha razão. Não sabia o que ele podia fazer com essa informação.
Quando chegaram ao andar de baixo, Regan ficou mais nervosa e olhou à sua volta. Ao ver que o vestíbulo estava quase vazio, dececionou-se. Antes de conseguir avançar, agarrou-a pelo braço e levou-a até à receção.
O sorriso do jovem que os atendeu mostrava nervosismo.
– Ah, Alteza, é uma honra para nós. – O homem fez uma reverência para a secretária.
Depois, disse alguma coisa na língua de Santara e a colega respondeu. O homem ficou com os olhos bem abertos.
– Mas…