Conta-me os teus segredos - Contrato nupcial. Susan Fox P.
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A perspectiva de ver Mike frequentemente fizera com que Grace sonhasse com ele mais de uma vez…
Quando estacionou em frente da casa, levou uma mão à barriga. Fora mais fácil quando ele não estava tanto tempo na vila. Ela fora capaz de se esquecer momentaneamente do breve romance que tinham tido… se é que alguma vez pudera chamar-se romance.
Ela tinha dezassete anos e ele tinha vinte e um. Durante algumas semanas, tinham sido mais do que amigos. Durante algumas semanas, ela fora enormemente feliz.
Mas quando a temporada de rodeos começara novamente, ele fora-se embora sem sequer lhe dar uma explicação. Ela estivera bem durante algum tempo ou, pelo menos, fora o que pensara. Tinham voltado a ser amigos nas poucas vezes que os seus caminhos se cruzaram. E, naquele momento, quando ele voltara para ficar, o facto de o ver frequentemente fizera com que ela sentisse saudades de coisas que pensara que estavam mortas e enterradas.
Quando Steve e ela tinham assinado os papéis do divórcio, apercebera-se de que os finais felizes não existiam.
Quando bateu à porta, a casa estava em silêncio, portanto aproximou-se de um dos lados, no caso de estar alguém na rua.
Teve sorte. Johanna, a avó de Connor, estava ajoelhada sobre umas flores com a pequena Maren, que tagarelava ao seu lado, feliz.
– Bom dia, senhora Madsen!
– Grace, querida, fico contente por te ver! – exclamou a mulher, levantando-se e dando a mão à pequena. – Maren, lembras-te de Grace, não é?
De repente, a menina ficou em silêncio e pôs o dedo polegar na boca.
– É possível que não se lembre de mim. Não estive muito por aqui ultimamente.
– Isso está prestes a mudar, não é assim?
Grace assentiu.
– Pensei em vir hoje e começar com o trabalho.
– Connor e Mike estão fora, mas tu conheces o sistema. Sei que ambos estão contentes por estares aqui.
– Como está Alex?
– Está internada – explicou Johanna, pegando na menina ao colo e subindo para o alpendre. – Por enquanto está tudo bem, mas às trinta e duas semanas…
Grace seguiu Johanna para dentro da casa.
– Querem que ela e o bebé tenham mais tempo.
– Exactamente. O médico diz que mais algumas semanas podem fazer uma grande diferença nos pulmões do bebé. Connor está muito preocupado – explicou a senhora Madsen.
Então, pôs Maren na cadeirinha.
– Connor passa quase o tempo todo no hospital e Mike não tem muito jeito para a contabilidade, portanto fico contente por estares aqui para ajudar – continuou a dizer Johanna.
– Faria qualquer coisa por… para ajudar – afirmou Grace, corando por quase ter posto a pata na poça.
Mesmo que ela soubesse que faria qualquer coisa por Mike… o resto das pessoas não tinha de descobrir!
Mas então a porta abriu-se e ela deu um salto. Quando Mike entrou na cozinha, chegou-se para trás e não conseguiu evitar olhar para ele.
Estava muito bonito. As suas calças e a sua t-shirt marcavam o seu corpo musculado. Ao vê-la, tirou o chapéu com que trabalhava sempre e ela conseguiu ver os seus caracóis escuros e uma gota de suor que lhe percorria a face.
– Grace…
– Mike…
– Eu, hum, só vim buscar alguma coisa para beber.
– Acho que Johanna está a fazer chá gelado.
Entreolharam-se e ela recordou como se sentira quando ele a agarrara no dia anterior de manhã. Mike engoliu em seco e apercebeu-se de que estavam a entreolhar-se como idiotas.
– Gostaria muito de beber um chá gelado, mas não está aqui para cuidar de mim, senhora Madsen.
Johanna serviu três copos com chá.
– Eu gostaria de saber de onde vem essa tolice de me chamarem senhora Madsen. Conheço-vos há tanto tempo… até vos assoava o nariz, portanto chamem-me Johanna ou Gram, como toda a gente.
Mike teve de reprimir um sorriso. Os Madsen eram o mais próximo que ele tinha de uma família, sem contar com a sua prima Maggie.
Johanna olhou para Maren e pegou nela ao colo.
– Vou mudá-la – anunciou. – Grace, tenho a certeza de que te lembras de onde é o escritório.
– Certamente. Arrumarei as coisas, não se preocupe.
– De certeza que Mike te ajudará, não é, Mike?
– Claro que o farei… Gram.
Então, Johanna foi-se embora com a pequena e Mike ficou a sós com Grace. Pensou que estava muito bonita naquele dia. Como de costume. Mas pareceu-lhe ver que tinha olheiras, coisa normal nela já que estava sempre a trabalhar. Sentiu-se um pouco culpado por lhe ter pedido aquele favor. Devia ter escolhido outra maneira de resolver os seus problemas.
Mas outra maneira teria significado que não teria uma desculpa para a ver e, depois de a ter visto na festa de aniversário dos Riley, quisera vê-la mais vezes. Ficara muito impressionado e o facto de saber que Grace ainda sentia algo por ele servia para justificar a sua própria atracção por ela. Já deixara que se fosse embora uma vez e lamentava-o imenso. Mas saber que ela ainda sentia algo por ele mudava tudo…
Não ia reconhecê-lo, mas usara a desculpa de que precisava de beber alguma coisa porque a vira chegar.
Para ele, Grace era a imagem viva da feminilidade e da pureza.
– Pareces cansada. Espero que este trabalho extra não te submeta a mais pressão desnecessária.
– Os teus elogios fazem com que uma rapariga se sinta muito bem.
– Não queria dizer que tinhas mau aspecto.
– Está a melhorar. Sabes, não sei o que as mulheres daqui vêem em ti – Grace não conseguiu evitar dizê-lo.
Mas corou. Ambos sabiam que estava a mentir. Ele sabia que ela era uma dessas mulheres.
– Mas posso garantir-te que posso suportar um pouco de, como tu dizes, pressão desnecessária. Não sou feita de cartão, Michael – disse o seu nome completo, já que sabia que ele não gostava.
Mike voltara a pôr o seu chapéu.
– Há algo que possa fazer para te ajudar?
Grace olhou para ele e conseguiu ver o carinho reflectido