Conta-me os teus segredos - Contrato nupcial. Susan Fox P.

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Conta-me os teus segredos - Contrato nupcial - Susan Fox P. Omnibus Bianca

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inocente. Durante algum tempo, permitira-se preocupar-se com ela e deixara que ela fizesse o mesmo com ele. Durante um curto período de tempo, deixara que fosse o seu coração a mandar e não a sua cabeça. Abraçara-a e beijara-a. Mas apaixonara-se demasiado depressa e soubera que, quando ela visse como era ele na verdade, fugiria. Por isso, assim que começara a temporada de rodeos, ele pegara no carro e fora-se embora sem olhar para trás.

      Quando ela regressara à vila depois de se ter divorciado, ele estivera por lá durante algumas semanas e ficara impressionado ao vê-la. Transformara-se numa mulher linda. Era mais do que bonita, era exactamente o que uma mulher devia ser.

      Ao aproximar-se dos alicerces da sua futura casa, brincou com os operários, o que o ajudou, mas ela permanecia na sua mente.

      Naquele mesmo Verão, na festa de aniversário dos Riley, Grace bebera demasiado e tinham dançado juntos. Velhos amigos…

      – Mike, és tão bonito! – exclamara ela, sorrindo abertamente.

      Ele brincara com isso, mas ela permanecera imperturbável.

      – Aposto que também és bom na cama. Estivemos a especular sobre isso.

      Aquilo impressionara Mike, para o dizer suavemente, e envergonhara-o. Não soubera como responder. Pensara que ela deixara a sua aventura amorosa no passado, sobretudo depois de se ter mudado para Edmonton e de se ter casado. Ele só regressara para ficar a viver na vila na Primavera.

      Enquanto tinham estado a dançar, sentira as curvas sexys dela.

      – Pensas sobre isso? – perguntara-lhe claramente.

      Parecera que ela percebia, de repente, o que dissera, já que se endireitara e corara.

      – Cala-te! – ordenara ela. – Esquece o que disse.

      A mudança de tom de voz dela tranquilizara Mike. Mas o problema era que ele não conseguira esquecê-lo. Não fizera outra coisa senão pensar nisso, perguntando-se como ficariam juntos. Queria beijá-la, abraçá-la…

      Mas Grace merecia uma pessoa que fosse melhor do que um ex-cavaleiro com um passado turvo. E de alguma forma ia demonstrar-lhe que ele era muito mais do que isso. Simplesmente, precisava de tempo.

      Mike parou à porta, respirando fundo. Fora demasiado duro com ela. Fizera-o porque odiava vê-la a trabalhar tanto, mas não expressara bem a sua preocupação e ela zangara-se com ele. Esperava que já não estivesse zangada.

      Não bateu à porta, simplesmente entrou. Ao passar pela cozinha, parou à porta ao ver Grace a levar os pratos para a mesa.

      – Falta algo à mesa.

      Ela levantou a cabeça, surpreendida.

      – Quando entraste?

      – Há um segundo. O jantar cheira muito bem.

      – É só frango e salada. Vesti Maren e Johanna levou-a com ela para o hospital. Regressarão todos juntos.

      – Pensei que podia usar alguns enfeites – indicou ele, entrando na cozinha e mostrando-lhe o que tinha nas mãos.

      – Flores. Cortaste flores do jardim?

      – Pensei que talvez fizessem com que as coisas parecessem um pouco mais especiais – esclareceu, entregando-lhas.

      Não oferecia flores a uma mulher desde que estivera na escola e quisera impressionar uma das mães adoptivas que tivera.

      – Também pensei que te suavizariam um pouco e que me desculparias.

      – Desculpar-te?

      – Lamento que tenhamos discutido – desculpou-se, sem ser capaz de dizer que lamentava tudo o que se passara. Lamentava tê-la aborrecido.

      – Eu também lamento.

      Então, os seus olhares encontraram-se. Ela estava linda e ele perguntou-se o que ela faria se se aproximasse e a beijasse, como estivera a pensar fazer há semanas…

      – Simplesmente, estava preocupado, é só isso. Conheço-te há muito tempo, Grace. Simplesmente, quero que cuides de ti própria.

      Grace pôs as flores numa jarra no meio da mesa.

      – Obrigada por te preocupares, Mike, mas não tens de o fazer. Já há muito tempo que cuido de mim própria.

      Mike pensou que fora obrigada a fazê-lo. Vivia na vila há cinco ou seis anos. Vivia sozinha. Mas isso não evitava que ele sentisse um instinto de protecção em relação a ela.

      Então, ouviram-se vozes na casa.

      – Acho que já chegaram – observou Grace. – Mesmo a tempo. O frango está pronto.

      Quando Alex e Connor entraram com a sua pequena, Mike forçou um sorriso.

      – Bem-vindos a casa!

      – Oh, não tinham de se incomodar! – exclamou Alex, com os olhos cheios de lágrimas. Então, olhou para Grace. – Tu fizeste isto?

      – Foi ideia de Mike. Agradece que eu tenha cozinhado e não ele.

      Todos se riram, incluindo Mike.

      – Eu farei o café. Confio tudo o resto a Grace.

      – Que inteligente! – exclamou Grace.

      Alex sorriu e abraçou Mike.

      – És um querido – sussurrou-lhe ao ouvido.

      – Não digas nada. Isso é um segredo – sussurrou ele. Então, endireitou-se. – Não trabalhes. Nós vamos cuidar de tudo para que tu possas simplesmente cuidar desse presente que tens aí – indicou, apontando para a barriga de Alex.

      – Isso foi o que eu lhe disse – declarou Connor, pondo Maren na sua cadeirinha e dando-lhe um biscoito. – Nada é mais importante do que cuidar do nosso bebé.

      Mike olhou para Grace, que tinha uma expressão estranha reflectida na cara enquanto olhava para Alex… parecia magoada. Entendia que se sentisse daquela maneira devido à preocupação com a sua amiga, mas havia algo mais. Uma tristeza profunda. Não entendia porque é que ver Alex a deixava triste.

      Grace apercebeu-se de que estava a olhar para ela e sorriu, apagando aquela expressão triste da sua cara como se nunca tivesse existido.

      – Podes servir o frango, por favor, Mike? Eu vou tirar o resto da comida do frigorífico.

      Todos se sentaram para jantar, mas Mike não conseguiu esquecer a expressão triste de Grace.

      Connor e Alex estavam a deitar Maren e Johanna estava a limpar a cozinha. Grace tentara ajudar, mas Johanna impedira-a. Então, como sabia que não devia simplesmente ir-se embora para casa, saiu para o jardim. Estava a anoitecer. Suspirou, sabia que se se fosse embora para casa naquele momento acabaria por sentir pena dela própria. Apesar das preocupações que tinham, os Madsens eram uma família feliz. Ela pensara que algum dia teria uma igual, mas naquele momento sabia que nunca aconteceria.

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