Conta-me os teus segredos - Contrato nupcial. Susan Fox P.

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Conta-me os teus segredos - Contrato nupcial - Susan Fox P. Omnibus Bianca

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própria família…

      – Está uma noite muito bonita, não está? – perguntou Mike, interrompendo os pensamentos dela.

      – Sim.

      – Vais contar-me porque estás tão triste?

      Mike estava atrás dela. Se olhasse para ele, não sabia se seria capaz de se conter e podia criar uma situação muito incómoda.

      – Estou bem, simplesmente, estou a desfrutar da noite.

      – Grace Lundquist, mentes muito mal!

      Ela suspirou, desejando que ele ficasse atrás dela.

      Fechou os olhos.

      – Esquece, Mike.

      Durante um momento, ele ficou em silêncio e ela perguntou-se se se teria ido embora. Mas então ele voltou a falar.

      – Não posso.

      Grace perguntou-se porque é que ele teria de se preocupar tanto com ela de repente. Ele só a via como uma amiga e, mesmo que pensasse nela doutra forma, não significaria muito, já que ele não ficava com nada nem com ninguém durante muito tempo. E não gostava desse tipo de relações.

      Preocupava-se com Mike, isso era verdade, mas não podia aproximar-se demasiado dele. Não sabia se ele não acabaria por a abandonar novamente e não queria cometer o mesmo erro duas vezes.

      Dar-se-iam muito melhor se fossem só amigos.

      Mike pôs uma mão sobre o seu ombro e ela apoiou-se nela.

      – Estou bem. Juro.

      – Durante o jantar não parecias bem. Parecia que todo o teu mundo estava a desmoronar-se ao teu redor.

      Grace obrigou-se a sorrir e virou-se para olhar para ele nos olhos, que reflectiam preocupação. Ele segurou nos dedos dela.

      Ela afastou a mão.

      – Quando te tornaste tão dramático, Mike? Mundos a desmoronarem-se. Como se isso acontecesse…

      – Se não estavas triste, o que é que fazes aqui fora na escuridão?

      – Não queria ser impertinente. Devia ir-me embora para casa.

      – Não devias preocupar-te com isso. Eu vivo aqui. Não podes intrometer-te mais do que eu.

      – É só temporário.

      – Sim, é. Tenho muita vontade de ter a minha própria casa.

      Grace olhou para ele, contente por terem mudado de conversa.

      – Parece engraçado que tu vás ter a tua própria casa e estejas a começar um negócio. Nunca foste desse tipo de pessoas.

      – E não era. Não fui durante muito tempo. Mas as coisas mudam.

      – Que coisas? – Grace inclinou a cabeça, curiosa.

      – Não fazia sentido andar de um lado para o outro sem nenhum propósito, procurando algo sem saber o que era. Chegou um momento em que queria estabelecer-me e encontrar um lugar para mim. Construir um negócio. Criar um lar, até mesmo ter uma família.

      Grace sentiu-se como se os seus ossos se derretessem. Tinha de fugir. Mike, uma casa e uma família. Palavras que nunca esperara ouvir dos seus lábios.

      Sentiu uma vontade desesperada de chorar e mordeu o lábio para se conter.

      – Tenho de me ir embora – afirmou, correndo para o seu carro, entrando e arrancando.

      O que Mike estava à procura naquele momento era o que ela nunca seria capaz de lhe dar.

      Grace levantou-se da cama. Estava constipada e sentia-se muito mal. Tudo o que desejava era ficar na cama, o que era uma pena, tendo em conta que estava um fabuloso dia outonal.

      O dia seguinte era dia de pagamento no Circle M. Alex estava a repousar na cama e era ela que tinha de passar os cheques. Sentou-se na mesa, pensando que não conseguiria ir para o rancho naquela manhã. A última coisa de que Alex, ou Maren, precisavam era que lhes pegasse a constipação.

      Talvez alguém do Circle M pudesse trazer-lhe os documentos necessários. Levantou-se e telefonou para ver se conseguia fazê-lo…

      Mike estacionou a sua carrinha, pegou nas pastas com os documentos e saiu. Dirigiu-se para a porta traseira, onde sabia que gostava de se sentar a ler. Ia deixar o livro de contabilidade e o livro de cheques, mas também ia certificar-se de que ela estava bem.

      Pareceu-lhe que Grace demorou muito a abrir a porta e, quando o fez, Mike teve de se esforçar para não ficar boquiaberto.

      Estava vestida com calças de ganga e uma t-shirt de seda azul que o fez sentir água na boca. Engoliu em seco. Era uma combinação de inocência e de sedução e, por um instante, imaginou-se a agarrá-la pelos ombros e a beijá-la apaixonadamente. Mas a toalha que tinha em redor do cabelo teria dificultado um pouco as coisas…

      – Estou a interromper-te.

      – Não há problema – replicou, congestionada. – Entra.

      Mike seguiu-a para dentro da casa.

      – Obrigada, Mike, por me trazeres os documentos da contabilidade.

      – Parece que estás muito constipada.

      Quando Johanna lhe dissera que Grace estava doente, a primeira coisa em que ele pensara fora em oferecer-se para lhe levar os documentos. Queria cuidar dela. Havia algo em Grace que lhe inspirava essa necessidade de a proteger.

      – Tentei melhorar com chá e mel e tomei um descongestionante nasal, mas ainda não fez efeito – explicou ela, apoiando-se sobre a bancada da cozinha.

      – Sim, bom, podes levar os cheques quando os acabares. Amanhã é dia de pagamento, mas os rapazes entenderão se te atrasares um pouco. Tens de ficar um dia de cama.

      Grace olhou para os olhos de Mike e ele apercebeu-se de que ela estava corada e linda. Imaginá-la na cama não o ajudava a manter a sua saúde mental.

      – Sabes que os entregarei a tempo.

      – Não faz mal. Tens de descansar – insistiu ele.

      – De repente, transformaste-te em médico?

      Grace afastou-se da bancada, cruzando os braços.

      – Estás doente. Acontece com todos.

      – Exactamente. E o mundo não pára porque alguém tem uma constipação. Disse que terei os cheques prontos a tempo e assim será. Além disso, tenho outro trabalho para fazer que não tem nada a ver com o Circle M e não quero atrasar-me.

      Mike não conseguiu conter-se.

      –

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