Novos Começos Encantados. Brenda Trim

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Novos Começos Encantados - Brenda Trim

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pulsou pelo ar e minha pele começou a formigar em resposta. Um brilho azul bem claro escoou dos meus poros um segundo depois. Havia um brilho verde vindo do jardim e vários vindos do cemitério.

      — O que você acabou de fazer? — Virei-me em círculo e observei a floresta e as plantas ao meu redor. O Bordo com a ninfa brilhava marrom e as flores espalhadas pelo jardim brilhavam também.

      Eu me concentrei nas lápides me perguntando por que cada uma exibia uma cor diferente. Então havia a cripta. Praticamente todas as cores do arco-íris emanavam do prédio de pedra.

      — Eu lancei um feitiço de revelação. Com a magia, tudo se resume à intenção e eu queria revelar qualquer coisa que sua avó possa ter escondido. Há muito mais coisas escondidas aqui, então não sei se isso vai nos ajudar. Violet acenou com os braços para abranger tudo.

      — O que é isso? — Eu me movi pela folhagem antes que Violet respondesse. Havia um brilho negro que me puxava para frente. Não era nada ameaçador, mas era definitivamente uma escuridão que se parecia com o luto que carrego dentro de mim há muito tempo.

      Os passos de Violet faziam barulho atrás de mim enquanto eu continuava. — Tudo isso aqui é sua terra. Sua avó acolheu vários seres perdidos e permitiu que vivessem em Pymm's Pondside, então você encontrará muitos aqui.

      — Como posso conhecer todos os seres que vivem aqui comigo? É assustador não saber quem está por perto. — As árvores brilhavam aleatoriamente, assim como os buracos nos troncos e arbustos. A lua estava alta no céu, me indicando que já era tarde. Eu não saía de casa após as oito da noite há muito tempo. Era bom estar fora a esta hora da noite. Quase me fez sentir como se tivesse vinte anos novamente. Bem, se eu ignorasse o corpo dolorido, ondas de calor e fadiga.

      Antes que Violet pudesse responder, parei abruptamente. Sebastian estava parado no meio da floresta com os braços cruzados sobre o peito. — O que você está fazendo aqui? Você mora na minha propriedade?

      Um grunhido retumbou em seu peito. — Não. Você deixou Pymm's Pondside cerca de três metros para trás. Volte para sua casa.

      Violet parou ao meu lado. — Olá para você também, Bas. Linda noite, não é?

      — Por que você lançou um feitiço de revelação? Eu não queria que ela soubesse onde eu moro. — O olhar que ele lançou em minha direção foi o suficiente para me fazer estremecer, dobrar o rabo e querer fugir rastejando para casa.

      — Eu não dou a mínima onde você mora. Só estou tentando entender meu papel. E não temos tempo para ficar aqui discutindo com você — informei e continuei andando. À distância, avistei uma bolha iridescente.

      — Eu não estava discutindo com você, Guardiã. Mas você deve ir embora antes que se machuque. Você não sabe no que está se metendo.

      Parei de andar e virei meus olhos semicerrados para o cara. — Eu saberia onde estou me metendo se você puxasse esse pedaço de pau enfiado na sua bunda e me oferecesse alguma ajuda.

      Seu queixo caiu por um segundo antes que ele o fechasse. — Por que eu faria tal coisa? Se eu quisesse me envolver nessa merda, teria voltado para o Reino Feérico. E não ficado aqui perto de gentinha como você.

      — Qual é o teu problema? — Eu praticamente gritei com ele. Violet saltou para frente e agarrou meu braço.

      — Vamos continuar. Estarei aqui para pegar meu athame no final desta semana, Bas — gritou ela por cima do ombro enquanto me arrastava para longe.

      — Esse cara é um idiota. Ele é capaz de gostar de alguém? Não, quer saber? Não me importo. O que é um athame? — Eu realmente queria saber por que Sebastian me odiava. Não que eu acreditasse que ele fosse muito legal com outros ou algo assim. Ele era mal-humorado da mesma forma quando falava com outros. Embora ele parecesse reservar o extremo da sua antipatia para mim.

      — Um athame é uma lâmina cerimonial. É o principal instrumento ritualístico ou ferramenta mágica entre as bruxas. Nós os usamos em rituais de magia cerimonial. Sua avó deveria ter deixado um para você, mas se você não conseguir encontrar, Bas é aquele de quem você vai querer comprar outro.

      — Sem ofensa, mas não vou comprar nada daquele homem, não importa o quão sexy ele seja.

      Violet emitiu um som sufocado que terminou em um acesso de tosse. Ela olhou para trás por cima do ombro e acelerou o passo. — Bas é um Feérico com uma audição excepcional.

      O sangue foi drenado da minha cabeça ao mesmo tempo que todo o meu corpo queimou. Recusei-me a ver se ele estava me observando. O que eu estava sentindo não era nada mais do que uma onda de calor. Pelo menos foi o que eu disse a mim mesma. — Você poderia ter me dito isso antes. De qualquer forma, não importa o quão atraente alguém seja se for um idiota. — Eu disse a última frase um pouco mais alto, esperando que ele ouvisse isso.

      Violet balançou a cabeça e apontou para a nossa frente. — Chegamos ao limite da barreira da cidade. Ela oferece uma certa proteção para nós.

      Eu levantei a mão em direção a barreira iridescente na nossa frente. Um zing passou por meus dedos quando a toquei. — Isso é como um feitiço de proteção ou algo assim?

      Violet balançou a cabeça. — Na verdade não. É mais um aviso para a cidade. Quando um humano sem magia ou sangue Feérico passa por ela, ela envia um sinal para que aqueles de nós que se destacam possam se esconder antes de serem vistos. Também ajuda a esconder a existência do portal em nossa cidade. É por isso que não somos invadidos por Feéricos neste mundo.

      Eu examinei a área ao nosso redor e deixei cair meu braço. Os penhascos estavam à nossa frente, com Cottlehill Wilds atrás de nós. A barreira terminava à esquerda, mas não era visível à direita. — Eu estava me perguntando como vocês conseguem permanecer escondidos. Isso deve alertá-los sobre quaisquer recém-chegados. Nunca tinha visto pixies ou gnomos quando meus filhos e eu chegamos. Agora eles estão em toda parte.

      Violet começou a fazer o caminho de volta para a minha casa, mas tomou o cuidado de escolher um caminho a vários metros de distância daquele que levava à propriedade de Sebastian. — Você acertou. A barreira também nos avisa quando alguém que tem magia mas não vive aqui atravessa a fronteira. Agora que você reivindicou seu lugar aqui, você não ativará mais o feitiço. Já os seus filhos sim, sempre que vierem visitar.

      Caminhamos em silêncio enquanto eu analisava tudo o que havia acontecido naquele dia. A noite estava clara e o céu repleto de estrelas. Tudo parecia familiar, mas também parecia tão novo e estranho.

      Os passos de Violet vacilaram quando nos deparamos com uma área onde a folhagem havia morrido. Toda a vida vegetal estava seca e marrom em um círculo de um metro. — Isso não parece nada bom.

      Os olhos azuis de Violet estavam semicerrados quando encontraram os meus. — Não é. Não posso dizer ao certo o que é, mas fique alerta. Algo pode ter cruzado o portal depois que sua avó morreu e antes de você chegar. Ela nos deu poções que deveriam ter evitado isso, mas teve um período de algumas horas entre ela falecer e ser encontrada.

      Meu coração começou a bater forte contra minhas costelas e minha respiração ficou presa na garganta. — O que podemos fazer a esse respeito? Precisamos fazer uma poção ou algo assim?

      Violet

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