A Cidade Sinistra. Scott Kaelen

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A Cidade Sinistra - Scott Kaelen

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mercenários menos respeitáveis…” Ela remexeu-se na cadeira e olhou para ele de soslaio.

      Provavelmente esta é a incumbência de um tolo, ele pensou. Mas por uma recompensa deste tamanho… “Deveria avisá-la que a guilda lida com problemas reais, não com lendas. Há somente um cemitério que não foi expurgado. Se é sobre ele que estamos falando, então vamos parar com a troca de palavras. Onde exatamente está este legado?”

      Cela suspirou. “Em uma cripta dentro dos Jardins dos Mortos, em Lachyla, a Cidade Sinistra.”

      A última pretensão de formalidade desapareceu de Maros enquanto ele soltava uma risada sincera. “Eu sabia! Deixe-me ver se entendi direito. Você quer que meus rapazes e moças atravessem uma vasta região que está desprovida de deuses e homens há séculos. Você espera que eles arrisquem suas vidas vasculhando o cemitério de uma cidade amaldiçoada à procura de alguma bugiganga que seus ancestrais deixaram para trás para enferrujar em uma cripta?” Ele bufou. “Senhora, ou você perdeu o juízo ou …”

      Cela olhava para ele em um silêncio pétreo.

      Ou você está falando sério. Ele balançou a cabeça e lançou um sorriso divertido para as tábuas do assoalho. “Tudo bem, com o que exatamente este legado se parece?”

      “É uma pedra preciosa.”

      “Você terá de me dar mais do que isso. Seja quem for que aceitar o trabalho precisa saber o que está procurando.”

      “Eu nunca vi, não é? Tudo que sei é que está marcado com runas funerárias e é maior do que as suas pedras preciosas comuns. Eles irão encontrá-la no túmulo do meu ancestral mais antigo.”

      “E quem poderia ser?”

      “Não faço ideia,” Cela disse secamente. “Você conhece a sua linhagem, mestiço?”

      “Tudo bem,” Maros suspirou. “Uma pedra de descrição desconhecida, em um túmulo de nome desconhecido. Você percebe quão grande aquele cemitério é conhecido por ser? Eles poderiam vascular o lugar por dias e mesmo assim não encontrar sua pedra. Você terá de me dar algo melhor ou não tem acordo.”

      “Oh, eu irei.” Cela alcançou a mesa ao seu lado e pegou um quadrado dobrado de pergaminho. “É apenas uma cópia grosseira, mas é bastante precisa.”

      “O que é isso?”

      “Um mapa dos Jardins dos Mortos.”

      Maros reprimiu uma risada. “Onde em Verragos você teria conseguido isso?”

      “Mais perguntas irrelevantes, freeblade. Você tem toda a informação que posso dar. Tome sua decisão.”

      Ele olhou para ela calmamente e considerou as ramificações. O que aconteceu em Lachyla foi o catalisador para os mortos serem queimados hoje em dia. A cidade, e seu cemitério, estavam mais mergulhados em mitos e superstições do que qualquer outro lugar em Himaera. Mas quem realmente sabe o que há lá nas lonjuras das Terras Mortas? Talvez a lenda seja verdade, talvez não. De qualquer maneira, garantir tal recompensa seria uma grande dádiva para alguém. Além disso, meu ganho modesto não seria nada mal. Sem mencionar a reputação que colocaria a guilda de volta no mapa. “Tudo bem,” ele disse. “Vamos acabar com isso. Mostre o dari.”

      Cela enfiou a mão no decote da sua blusa e retirou uma corrente fina. Ela girou o pingente retangular na ponta várias vezes, em seguida passou-lhe a metade inferior; seu interior havia sido transformado em uma chave. Ela apontou para um cepo de pau-ferro no canto da sala, sobre o qual uma arca reforçada estava bem fixada. “Abra,” ela disse.

      Maros levantou-se do banco. Ele destrancou a arca e soltou um assobio para as moedas de prata organizadamente empilhadas.

      “Quinhentas no total, como prometido e nenhuma moeda de cobre entre elas.” A velha soltou um estertor. “Temo que possa haver muito pouco tempo a perder, então me diga agora ... você vai aceitar?”

      Maros lambeu os lábios e olhou de soslaio para ela. “Lachyla, você disse. Bem. Imagino que seja somente uma lenda…”

      Cela Chiddari sorriu. A luz turva aprofundou as cavidades em seu rosto e, por um momento, ela se assemelhou ao próprio símbolo da caveira. “Este é o espírito, freeblade,” ela disse baixinho. “Tal bravata. Parabéns, o trabalho é seu. Agora, encontre minha herança.”

      Jalis levantou os olhos das cartas em sua mão com um suspiro distraído. As paredes de pedra da sala comunal zumbiam com a tagarelice e a algazarra dos clientes da taverna. Uma atendente passou apressada, carregando pratos vazios para a cozinha. Atrás do bar, Jecaiah estava ocupado em substituir um barril vazio, preparando-se para a explosão noturna de clientes.

      Ela voltou sua atenção para as cartas. A carta alta era o Arkhus, mas era inútil ao lado das outras. O melhor que ela poderia conseguir era um flush menor do naipe Artisan. Ela olhou para seus dois companheiros. Dagra estava esperando pacientemente, limpando com um lenço sujo a espuma da cerveja da sua barba desgrenhada. Do outro lado da mesa, Oriken coçava preguiçosamente a bochecha com uma barba de vários dias, os olhos vidrados enquanto olhava para ela por baixo da aba do seu chapéu.

      “Orik,” ela disse, chamando sua atenção. “Meu rosto está aqui em cima.”

      “Huh? Oh.” Ele pigarreou. “Bem, vamos lá, então. É a sua vez. Você somente está atrasando Dag de vencer e você sabe como ele ama contar suas moedas de cobre.”

      “Merda em você,” Dagra disse.

      Jalis olhou para a ampulheta sobre a mesa e viu o resto dos grãos escoarem.

      “O tempo acabou,” Oriken disse.

      Ela jogou suas cartas na mesa. “Eu passo.”

      “Por quê?” Dagra franziu o cenho para as cartas espalhadas. “Você tinha uma mão aí.”

      “Não estou sentindo isso,” ela disse. “Ganhando ou perdendo, você precisa saber quando parar.”

      Oriken reuniu as cartas na pilha. “Que tal uma rodada de Cinco Estações?”

      “Agora não, Orik.”

      “Ok, tudo bem.” Ele suspirou e olhou para as portas do saloon na entrada da sala comunal. “Posso sair lá fora para fumar um tobah.”

      Jalis inclinou a cabeça e olhou para ele. “Você deveria estar tentando parar.”

      “Hmph. Sim. O que deveríamos fazer, então?”

      Ela deu de ombros. “Talvez devêssemos pegar um contrato.”

      Dagra bufou. “Você viu o quadro de avisos da guilda? Os trabalhos quase não são adequados para um novato! Os decentes são pegos imediatamente e não há um desses há semanas. Acredite em mim, se um bom contrato surgisse, eu seria o primeiro a pegá-lo e dar o fora desta taverna.”

      Jalis assentiu. “Posso pensar em uma centena de coisas que preferia estar fazendo neste momento. Já é muito ruim ter de viver aqui, mas pelo menos é melhor do que a casa da guilda.” Ela olhou para a frente da sala comunal. Uma cunha de luz do sol se infiltrava por cima das portas. O céu azul estava muito convidativo.

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