A Cidade Sinistra. Scott Kaelen

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A Cidade Sinistra - Scott Kaelen

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e não santificados? Quero dizer, quem em seu juízo perfeito...”

      “Vou te dizer quem.” Jalis sentou-se e olhou direto em seus olhos. “Três freeblades que mal conseguem juntar moedas suficientes de trabalhos escassos para pagar pelo nosso sustento. Dinheiro está curto e definitivamente não estaríamos em nosso juízo perfeito se tivéssemos rejeitado este. Temos sorte que Maros nos avisou sobre isso. Ele não precisava fazer isso.”

      “Nossos quartos na taverna são cortesia de Maros,” Oriken comentou. “E a comida cortesia da própria guilda.”

      “Meu ponto permanece. Trabalho tem sido desanimador ultimamente.” Jalis levantou-se agilmente. “Não vamos chegar a lugar nenhum sentados aqui discutindo sobre isso. Ainda faltam algumas horas antes do anoitecer, então vamos continuar.”

      Dagra resmungou e levantou-se, pegou sua mochila e pendurou no ombro. Enquanto ele seguia para a estrada, Jalis caminhava ao seu lado e lançou um olhar para trás para ver Oriken se apoiar nos cotovelos.

      “Justo quando eu estava ficando confortável,” ele disse.

      Ela piscou e virou-se para Dagra. “Cinco anos e ele não mudou nem um pouco.”

      Dagra bufou. “Cinco? Tente vinte e cinco. O homem é tão preguiçoso quanto o menino era, mas se eu tivesse de descer ao próprio Inferno, não escolheria ninguém além de Orik ao meu lado. E você, é claro.”

      Jalis sorriu. “O mesmo para mim, meu amigo.” E então um pensamento indesejável veio a ela. Descer no Inferno. Espero que seja quem for que estiver ouvindo não estejamos indo fazer exatamente isso.

      À medida que a noite se intensificava, eles avistaram uma coleção de quatro cabanas de pedra e madeira, uma dispersão de celeiros e um conjunto de latrinas afastadas da estrada, aninhadas na beirada de um grande bosque de árvores. As construções estavam intactas, mas cobertas com musgo, os telhados enfeitados com grama e plantas floridas. Sinais de desuso permeavam a área. Se o lugar ainda era a casa de alguém, eles não tinham cuidado dela há anos.

      “Parece que teremos abrigo hoje à noite,” Oriken disse.

      Jalis estava em dúvida. “Se as casas estão tão descuidadas dentro quanto no lado de fora, poderíamos estar dormindo sob as estrelas de novo.”

      Dagra resmungou. “Logo descobriremos.” Ele acelerou seu ritmo, as pernas curtas caminhando para a mais próxima das pequenas cabanas. Com uma batida forte na porta, ele gritou, “Olá?”

      Quando Oriken alcançou Dagra, ele riu e bateu uma mão no ombro do seu amigo. “Dag, se alguém estiver vivo ali, eles devem estar bem abastecidos com provisões. Esta porta não foi aberta em anos.” Ele apontou para os dentes-de-leão crescendo em touceiras densas nas bordas da porta e a hera intacta que seguia seu caminho ao longo da moldura e através da porta da frente. Ele pegou a maçaneta e empurrou; ela rangeu para dentro um centímetro e um fedor de mofo flutuou para fora. Dagra franziu o nariz em desgosto.

      “Apenas precisa arejar,” Oriken disse. “Vai ficar tudo bem.” Ele bateu o ombro na porta. As videiras se romperam e a porta arranhou as tábuas do assoalho, suas dobradiças gemendo até tocar a parede adjacente. Um interior sombreado os cumprimentou, permeado por um fedor úmido e pungente que fez Oriken dar um passo para trás. “Ou talvez não,” ele acrescentou com um encolher de ombros.

      Do lado direito da área de estar, escassa e empoeirada, uma porta aberta conduzia para uma segunda sala. Oriken atravessou a sala e deu uma espiada dentro. “Hm.”

      Jalis parou no centro da primeira sala. “O que você vê?”

      Oriken semicerrou os olhos para a escuridão. Uma expressão desconcertada surgiu em seu rosto. “Oh.”

      “Que diabos isso significa?” Dagra rosnou enquanto ficava atrás de Jalis. “O que há aí?”

      “Teias de aranha.” Oriken virou-se para um conjunto de persianas atrás dele e abriu a persiana da esquerda, permitindo que a luz da noite banhasse o quarto.

      A maior parte do que Oriken podia ver estava bloqueado da visão de Jalis, mas seu olhar semicerrado para a sala antes de sair e balançar a cabeça disse a ela que eles não dormiriam ali hoje à noite.

      “Deveríamos tentar outra casa,” Oriken sugeriu com um olhar severo para Dagra.

      “Não seja tão covarde.” Dagra passou por ele.

      “Ah, Dag, eu não iria...”

      Quando Dagra entrou na sala e olhou para o lado, uma expressão de horror espalhou-se pelo seu rosto e ele recuou contra o batente da porta. “Deuses acima e abaixo!” Ele se afastou cambaleando e intrometeu-se entre Oriken e Jalis para desaparecer através da porta da frente. “Maldito!” ele gritou. “Você poderia ter me avisado!”

      “Eu tentei”

      “Avisado de quê?” Jalis perguntou.

      Oriken deu de ombros. “Como eu disse, há teias por toda parte. Não poderia dizer até abrir a persiana. As malditas coisas estão em todos os lugares do cadáver, cobrindo-o como uma mortalha.”

      “Oriken! Você sabe como Dagra fica sobre este tipo de coisa!”

      “Esqueça-o! E eu? Há uma aranha enorme e gorda rastejando sobre o rosto do sujeito.” Com um estremecimento, ele se afastou. “Odeio aranhas!”

      “E eu odeio surpresas!” Dagra gritou do lado de fora.

      Sorrindo para si mesma, Jalis olhou para a sala adjacente. O sorriso vacilou quando ela viu uma folha de pergaminho no braço da cadeira onde o cadáver estava caído. Ela atravessou a sala e afastou os fios grudentos, pegou o papel e soprou a poeira dele. Após ler o bilhete desbotado, ela colocou-o ao lado do cadáver e olhou para suas feições enrugadas com um toque de simpatia.

      “Vamos deixá-lo em paz,” ela disse baixinho. “Lamento incomodá-lo.” Ela deixou a construção e olhou para seus companheiros enquanto eles estavam discutindo. “Sabe,” ela refletiu, “às vezes parece que sou uma babá em um orfanato em vez de um mestre espadachim na Guilda Freeblades.” Enquanto os homens murmuravam seus protestos, ela apontou o polegar na direção da porta aberta. “O sujeito ali ficou para trás quando o último dos seus vizinhos fez as malas e foi embora. Ele se recusou a juntar-se a eles. Em vez disso, permaneceu aqui sozinho e morreu com o que ele considerava ser dignidade. É tão triste que alguém se importaria mais sobre uma pequena área de terra do que uma chance melhor de sobrevivência em outro lugar.”

      Os homens olharam para ela inexpressivamente antes de retomarem sua discussão. Com um suspiro, Jalis passou por eles. “Vou dar uma olhada na próxima casa. Aranhas ou cadáveres, os meninos fiquem bem atrás de mim. Mamãe vai protegê-los.”

      “Você é um grande idiota,” ela ouviu Dagra dizer a Oriken enquanto caminhava para a casa mais distante.

      “Tentei avisá-lo,” veio a resposta de Oriken. “Mas você tinha de entrar ali todo valente. Achou que era apenas aranhas, não foi? Achou que me faria parecer um banana. Anãozinho idiota.”

      “Anão? Posso derrubá-lo qualquer dia da semana, seu bastardo desengonçado.”

      “Sim? Bem, que

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