Sangue Contaminado (Laços De Sangue Livro 7). Amy Blankenship

Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу Sangue Contaminado (Laços De Sangue Livro 7) - Amy Blankenship страница 9

Sangue Contaminado (Laços De Sangue Livro 7) - Amy Blankenship

Скачать книгу

ficou de um tom azul elétrico à volta das mãos e ela empurrou-o… testando a sua robustez.

      “Zachary, abre os olhos. Por favor… deixa-me apenas saber que estás bem.” Angelica sentia a esperança desmoronar a cada segundo que passava e ele não respondia.

      O cabelo louro de Zachary adejava à volta do seu rosto e o corpo quase imóvel oscilava suavemente nas chamas, o que mostrava que eram as chamas que estavam a mantê-lo suspenso acima do chão. O que a assustava mais era a sua completa imobilidade… não conseguia sequer perceber se respirava.

      “É um feitiço, Zachary? Foi alguém que te fez isto? Estou a ir… aguenta.” Fechou os olhos e começou a tentar abrir mentalmente as fechaduras à volta da barreira. Ela era capaz de o fazer… ela ia fazê-lo… por Zachary.

      Syn tinha permanecido em silêncio, dando-lhe privacidade para estar com o amigo, mas não era capaz de suportar o seu sofrimento por mais tempo. Colocando-se atrás de Angelica, pousou as palmas das mãos no escudo, acima das mãos dela… fortalecendo-o, em vez de ajudar a derrubá-lo.

      “Porquê? Por que me estás a travar?”, perguntou Angelica, sem compreender.

      “Porque não acredito que o teu amigo Zachary ficasse muito satisfeito se acordasse e descobrisse que te tinha magoado com o seu fogo de fénix. Ele não está a morrer… está a restabelecer-se. E, pela aparência disto, quando acordar vai trazer consigo todo o seu poder.”

      Angelica voltou as costas para a barreira, não querendo ver a imagem sinistra de Zachary a arder. Com necessidade de sentir-se protegida, envolveu com os braços a cintura de Syn e escondeu o rosto no seu peito quente.

      Syn dobrou os braços à volta dela, dando-lhe o conforto que ela procurava silenciosamente. Fitou Zachary e interrogou-se em silêncio sobre o que teria acontecido a Angelica nesta vida, se não a tivesse encontrado. Será que a amizade entre ela e Zachary teria evoluído para algo mais íntimo?

      Apertou os braços à volta dela, enterrando o rosto no seu cabelo escuro, e decidiu não ficar a remoer sobre isso. Ela amava a fénix ternamente, e por isso ele sentia-se no mínimo agradecido…, mas estava na altura de a sua parceira se relembrar daquilo que o amor verdadeiro realmente significava.

      Capítulo 3

      Damon cruzou os braços e encostou-se ao barracão onde estavam guardadas as ferramentas usadas pelos cuidadores do cemitério. Havia poucos caçadores naquela área, uma vez que estava localizada mesmo no canto do cemitério gigantesco e era bastante isolada. Parecia também constituir um refúgio para muitos dos Spinnan que tinham sobrevivido até àquele momento, quase como se estivessem a tentar reagrupar-se e esconder-se.

      Tinha prometido deixar Alicia praticar luta e, no final de contas… este era um lugar excelente para ela o fazer… desde que ele estivesse lá como árbitro. Estes Spinnan eram fracos, em comparação com a maior parte das coisas que corriam pela cidade no momento, mas mesmo assim Damon só permitia que Alicia combatesse contra um de cada vez.

      Sempre que um Spinnan destemido tentava juntar-se a outro para lutar contra ela, Damon dizimava-os antes que se aproximassem o suficiente para a distrair daquele contra quem ela estava a combater. Destruir os monstros que se lançavam a Alicia para a atacar estava a dar-lhe satisfação e Damon estava a divertir-se bastante. Ela era boa… para um principiante.

      Damon notou também um decréscimo drástico do número de criaturas desde a explosão de há algumas horas, e concluiu que alguém tinha encontrado e destruído o ninho. Pessoalmente, não se teria importado de dar uma olhada no demónio que criara aquelas criaturas medonhas, mas afastou essa ideia. Provavelmente, era tão horrendo como aquelas coisas.

      Ao ouvir o som de passos e vozes vindos da orla de árvores abaixo da pequena colina onde se encontrava, Damon deu a volta pela esquina do barracão e foi investigar. Esta ponta do cemitério estava revestida de pinheiros altos e imponentes, que o separavam dos arredores suburbanos.

      Estando assim tão perto das casas, Damon sentia curiosidade em relação ao porquê de ninguém ter ouvido nada durante a noite, nem ter vindo investigar. Houve algumas vezes em que pensou ter visto o brilho de uma barreira à volta da propriedade, mas descartou essa ideia, acreditando tratar-se da sua imaginação. Se uma barreira tinha sido instalada, então talvez os caçadores de demónios não fossem tão inúteis como ele pensara.

      Já tinha quase chegado à linha de árvores quando dois homens surgiram de lá, estacando ao vê-lo. Vislumbrando através das árvores a silhueta branca de uma estrutura, inferiu que o edifício de manutenção principal devia estar no lado oposto ao deles, e que estes homens tinham acabado de chegar para trabalhar.

      Aqueles tipos não podiam ter usado nenhuma das estradas principais para chegar ali… as estradas tinham sido bloqueadas. Além disso, o facto de Damon não ter ouvido quaisquer motores de carros aproximando-se indicou-lhe que os homens viviam a uma distância percorrível a pé.

      “Bom dia”, disse Damon, aproximando-se deles, de modo a poder pô-los sob o seu domínio.

      Os dois homens franziram a testa. Muitas coisas estranhas tinham ocorrido no cemitério nos últimos dois dias e isso deixou-os desconfiados de qualquer pessoa que parecesse indicar problemas… e o tipo que estava a ir na sua direção encaixava perfeitamente nessa imagem.

      O homem que vestia uma t-shirt branca de manga cava por baixo da camisa desabotoada do uniforme falou de forma autoritária. “Podemos ajudá-lo? Os visitantes não devem passear perto do equipamento.”

      Damon assentiu, concentrando neles os seus olhos vibrantes cor de ametista, quase esboçando um sorriso de satisfação quando as suas expressões afrouxaram, passando para um estado aturdido. “Na verdade, estou aqui para vos informar de que já terminaram o vosso trabalho de hoje. O vosso patrão disse para voltarem para o barracão da manutenção e ficarem por lá, a relaxar até ao final do vosso turno. Não se vão lembrar de me terem visto e se alguém perguntar… trabalharam intensamente durante todo o dia.”

      O segundo trabalhador, que tinha a camisa do uniforme abotoada e tinha um aspeto mais profissional, olhou de relance para o colega. “Está na altura de experimentarmos aquela televisão que instalaste no barracão.”

      “É isso mesmo, vamos ver o programa do Jerry Springer”, disse o segundo trabalhador, num estado de torpor.

      Damon sorriu e esperou até deixar de ver os homens. Assim que os humanos desapareceram, virou-se e ia começar a subir a colina, quando viu um monte impressionante de terra voar pelo ar. Quando chegou ao topo da colina para verificar o progresso de Alicia, a sua expressão ensombreceu-se.

      Ela agora lutava contra não um…, mas três Skitters ao mesmo tempo e parecia estar com dificuldades. Um rugido profundo ressoou no seu peito quando um deles derrubou Alicia com um ruído de ossos quebrando-se.

      Alicia ficou ali deitada, olhando para cima. Tinha corrido tudo bem até o segundo e terceiro Spinnan terem decidido aparecer e juntar-se contra ela. Damon tinha estado a ajudá-la e quando nada aconteceu de imediato aos outros dois, ela olhou em volta, à sua procura.

      Não o encontrando em lado nenhum, sentiu em simultâneo um pouco de felicidade e de frustração. Felicidade, porque pensou que ele estava a permitir-lhe lutar até ao fim… e frustração, porque ele não estava ali para vê-la a dar cabo dos três Spinnan. Erguendo a cabeça do chão, ia levantar-se, quando os Spinnan se imobilizaram subitamente. Ficaram ali durante um segundo, antes de se estilhaçarem abruptamente como vidro.

      Alicia cobriu o rosto com os braços para evitar ser

Скачать книгу