Comprometida . Морган Райс

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Comprometida  - Морган Райс Memórias de um Vampiro

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Sam grita, se apressando para alcançá-la. “Para onde você está indo?”

      “Procurar a Caitlin, é claro!”

      “E você por acaso sabe onde ela está?” ele pergunta.

      “Não,” Polly responde, “mas eu já sei onde ela não está – e ela não está nesse campo! Precisamos sair daqui, encontrar a cidade mais próxima – ou prédios, ou qualquer coisa – e descobrir em que período nós estamos. Precisamos começar em algum lugar, e esse com certeza não é ele!”

      “Mas, você não acha que eu também queira encontrar minha irmã!?” Sam grita irritado.

      Finalmente, ela para e se vira, olhando para ele.

      “O que eu quero dizer é, você não quer companhia?” Sam pergunta, percebendo ao pronunciar as palavras, o quanto ele gostaria de procurar por Caitlin junto a Polly. “Você não acha melhor procurarmos juntos?”

      Polly olha para Sam com seus grandes olhos azuis, como se o estivesse analisando. Ele sente que está sendo examinado, e pode perceber a incerteza dela. Ele só não consegue entender por quê.

      “Eu não sei,” ela diz finalmente. “Quero dizer, você conseguiu se virar bem em Paris – tenho que admitir. Mas…”

      Ela pausa.

      “O que foi?” ele enfim pergunta.

      Polly limpa a garganta.

      “Bem, se quer mesmo saber, o ultimo – hmm – garoto – com que estive – Sergei – acabou sendo um mentiroso e vigarista, que me enganou e me usou. E eu fui idiota demais para perceber. Mas nunca mais vou cair em outra armadilha desse tipo. E não estou pronta para confiar em qualquer pessoa do sexo masculino – nem mesmo você. Eu simplesmente não quero passar meu tempo ao lado de garotos agora. Não que eu e você – eu não estou dizendo que nós – não é que eu pense em você dessa forma – como algo além de meu amigo – de um conhecido-”

      Polly começa a gaguejar e, percebendo o quanto ela está nervosa, Sam não consegue evitar um leve sorriso.

      “—mas é que, independente de tudo isso, estou cansada de garotos. Sem querer te ofender.”

      Sam abre um largo sorriso. Ele gosta da sinceridade dela, e de sua coragem.

      “Não estou ofendido,” ele responde. “Para dizer a verdade,” ele completa, “também estou farto de garotas.”

      Os olhos de Polly se abrem de surpresa; obviamente não é esta a resposta que ela estava esperando.

      “Ocorre que temos mais chances de encontrar minha irmã se procurarmos juntos. Quero dizer – só -” Sam limpa a garganta, “—profissionalmente falando.”

      Agora é a vez de Polly abrir um sorriso.

      “Profissionalmente falando,” ela repete.

      Sam estende a mão, formalmente.

      “Eu prometo, seremos apenas amigos – nada além disso,” ele diz. “Eu desisti de garotas para sempre. Aconteça o que acontecer.”

      “E eu desisti dos garotos, não importa o que aconteça,” Polly diz, ainda examinando a mão dele, que permanece estendida para ela.

      Sam continua com o braço esticado, esperando pacientemente.

      “Apenas amigos?” ela pergunta. “Nada além disso?”

      “Apenas amigos,” Sam lhe garante.

      Ela finalmente ergue o braço e aperta a mão dele.

      Ao fazer isso, Sam não consegue evitar a sensação de que ela segurou sua mão apenas um instante a mais que o necessário.

      CAPÍTULO TRÊS

      Caitlin se senta dentro do sarcófago, e encara o homem em pé diante dela. Ela sabe que o reconhece de algum lugar, mas não consegue se lembrar exatamente de onde. Ela olha dentro dos olhos castanhos preocupados dele, para seu rosto perfeitamente esculpido, a pele perfeita e os cabelos ondulados. Ele é maravilhoso, e ela pode perceber o quanto ele se importa com ela. Ela sente dentro de seu coração que aquela pessoa é importante para ela, mas por mais que se esforce, não consegue se lembrar de quem ele é.

      Caitlin sente algo molhado na mão, e quando olha para baixo vê um lobo sentado ao seu lado, lambendo-lhe a mão. Ela se surpreende pelo carinho do animal com ela, como se o lobo a conhecesse há muito tempo. O pelo do animal é lindo, inteiramente branco com uma faixa cinza atravessando sua cabeça e suas costas. Caitlin sente que conhece este animal também, e que em algum momento de sua vida havia tido uma ligação muito próxima com ele.

      Mas por mais que se esforce ela não consegue se lembrar de nada.

      Ela olha ao seu redor na sala, tentando absorver o lugar, torcendo para que algo desperte sua memória. O quarto lentamente entra em foco. O lugar é mal iluminado por apenas uma tocha e, à distância, ela vê outros quartos repletos de sarcófagos. O teto é baixo e arqueado, e as pedras parecem ser bem antigas; parece uma cripta. Ela se pergunta como teria chegado até ali – e quem seriam aquelas pessoas. Ela sente como se tivesse acordado de um sonho que parece não terminar.

      Caitlin fecha os olhos por um instante, respirando profundamente, e quando faz isso, algumas cenas aleatórias passam por sua cabeça. Ela se vê parada no Coliseu de Roma, lutando contra diversos soldados no chão empoeirado e quente; e se vê sobrevoando uma ilha no rio Hudson, olhando um magnífico castelo; e se vê em paris, caminhando ao longo de um rio com um homem que ela reconhece estar diante dela naquele momento. Ela tenta se concentrar naquela imagem, prender-se a ela. Talvez isso a ajude a lembrar.

      Ela se vê junto a ele novamente, desta vez em um castelo no interior da França. Ela vê os dois cavalgando a beira mar, e então um falcão, circulando o céu acima deles e entregando uma carta.

      Ela tenta se concentrar no rosto dele, tenta lembrar qual o nome dele. Ela tem a sensação de que está conseguindo lembrar, que está quase lá. Mas as imagens continuam mudando, e é difícil se prender a uma delas. Vidas inteiras se passam diante de seus olhos, em uma coleção infinita de cenas. É como se a mente dela estivesse carregando todas aquelas informações.

      "Caleb," diz uma voz.

      Caitlin abre os olhos. Ele está parado bem próximo a ela, com o braço estendido e a mão sobre seu ombro.

      "Meu nome é Caleb. Do coven White. Você não se lembra?"

      Caitlin fecha os olhos mais uma vez, e sua memória é afetada por aquelas palavras, pela voz dele. Caleb. O nome lhe soa familiar, e Caitlin sente que aquele é um nome importante para ela.

      Coven White. Isso também lhe soa familiar. Ela de repente se vê em uma cidade que ela sabe ser Nova Iorque, em um claustro no norte da ilha. Ela se vê parada em um grande terraço, olhando ao longe. E se vê discutindo com uma mulher chamada Sera.

      "Caitlin," diz a voz mais uma vez, com um pouco mais de firmeza. "Você não se lembra?"

      Caitlin. Sim. Esse é nome dela. Ela tem certeza agora.

      E Caleb. Sim. Ele é importante para ela. Ele é seu… namorado?

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