Comprometida . Морган Райс

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Comprometida  - Морган Райс Memórias de um Vampiro

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estamos juntos, e é isso que importa," completa ele.

      Ela sente o amor de Caleb, quando ele olha dentro dos olhos dela e, por um momento, ela se esquece de sua missão.

      "Sinto muito por tudo que aconteceu na França," ele diz. "Com Sera. Eu nunca tive a intenção de magoar você, espero que saiba disso."

      Ao olhar para ele, Caitlin sabe que ele está sendo sincero. E para sua surpresa, ela sente que pode perdoá-lo facilmente. A antiga Caitlin teria guardado rancor, mas ela se sente mais forte do que nunca, e realmente acha que pode esquecer tudo. Especialmente porque ele havia voltado para ela, e especialmente porque está claro que ele não tem mais qualquer sentimento por Sera.

      E acima de tudo, ela agora, pela primeira vez, reconhece seus próprios erros do passado, sua tendência a julgar rápido demais, a não confiar nele, e não lhe dar o devido espaço.

      “Eu também sinto muito,” ela diz. "Esta é uma nova vida, e estamos juntos agora. Nada mais importa.”

      Ele aperta a mão dela, e quando faz isso, Caitlin é tomada pela emoção.

      Ele se inclina e a beija. Ela fica surpresa, e excitada ao mesmo tempo. Ela sente a eletricidade atravessando seu corpo, e retribui o beijo.

      Ruth começa a gemer aos pés deles.

      Eles se afastam, olham para baixo e caem na risada.

      "Ela está com fome," Caleb diz.

      "Eu também.”

      "Vamos conhecer Londres?" ele convida com um sorriso. "Podemos voar," ele completa, “isso é, se você estiver preparada.”

      Ela alonga os ombros e sente a presença de suas asas, e tem certeza de que está de fato pronta. Caitlin já se sente recuperada da última viagem no tempo, e pensa que talvez esteja, afinal, se acostumando com o procedimento.

      "Estou," ela diz, "mas prefiro ir andando. Gostaria de conhecer a cidade, pela primeira vez, como as outras pessoas o fazem.”

      E também porque é bem mais romântico, ela pensa, mas não diz nada.

      Mas ele olha para ela e sorri, e ela se pergunta se ele teria lido seus pensamentos.

      Ele estende o braço, sorrindo, ela segura na mão dele e os dois começam a descer as escadas.

*

      Ao saírem da igreja, Caitlin localiza um rio a distância, e uma rua larga a uns cinquenta metros dele, com uma placa esculpida grosseiramente com os dizeres “Estrada do Rei.” Eles teriam que escolher entre virar à direita ou à esquerda. A cidade parece mais desenvolvida à esquerda.

      Eles viram para a esquerda, na direção norte, seguindo a Estrada do Rei paralela ao rio. Enquanto andam, Caitlin fica encantada com a paisagem e os sons, absorvendo tudo que vê pela frente. A direita deles há uma série de grandiosas casas de madeira ao estilo Tudor, com os exteriores em estuque branco e bordas marrons que terminam em telhados de palha. A esquerda, ela fica surpresa ao ver pequenas fazendas com eventuais casas simples e algumas vacas e ovelhas pontuando a paisagem. A cidade de Londres em 1599 a fascina. Um lado da rua é cosmopolita e abastado, enquanto o outro ainda é povoado por fazendeiros.

      A rua em si já é motivo de espanto. Seus pés se prendem à lama enquanto eles andam, a terra está ainda mais fofa e macia devido ao trânsito de pedestres e cavalos. Isso seria aceitável, mas em meio à lama há excrementos das matilhas de cães selvagens que vagam pelas ruas, ou fezes humanas arremessadas pelas janelas. Na verdade, enquanto avançam, algumas janelas se abrem ocasionalmente, e baldes aparecem, com mulheres idosas despejando os excrementos das casas pelas janelas. O cheiro no ar é bem pior do que o que ela tinha sentido em Veneza, Florença ou Paris. Ela quase passal mal em diversas ocasiões, e gostaria de ter uma daquelas bolsinhas perfumadas para levar ao nariz. Por sorte, ela ainda está calçando os sapatos de treinamento que Aiden tinha lhe dados em Versalhes. Ela não quer nem pensar em como seria ter que andar naquelas ruas com saltos.

      Mesmo assim, em meio à estranha mistura de áreas rurais com grandes propriedades, ocasionalmente eles encontram alguns feitos arquitetônicos. Caitlin se encanta ao perceber, espalhados pelo caminho, algumas construções que ela reconhece de fotos do século XXI, igrejas belíssimas e ocasionalmente alguns palacetes.

      A estrada chega abruptamente ao fim em diante de um grande portão, com vários guardas uniformizados parados em frente dele, empunhando lanças. Mas o portão está aberto, e eles simplesmente passam por ele.

      Uma placa presa na coluna de pedra diz “Palácio Whitehall,” e eles continuam caminhando por um pátio comprido e estreito, passando por outro portão e chegarem ao outro lado, de volta à estrada. Eles logo chegam a uma pequena rotatória onde há outra placa com os dizeres “Charing Cross,” e um grande monumento vertical no meio. A rua se divide para a direita e para a esquerda.

      "Para que lado?" ela pergunta.

      Caleb parece tão confuso quanto ela. Finalmente, ele diz, “Meus instintos dizem que devemos permanecer próximos ao rio, e seguirmos pela direita.”

      Ela fecha os olhos e tenta se concentrar também. "Eu concordo," ela diz, e completa, "Você faz alguma ideia do que é que estamos procurando, exatamente?"

      Ele balança a cabeça negativamente. "Seu palpite é tão bom quanto o meu.”

      Ela olha para o anel e lê a charada mais uma vez.

Across the Bridge, Beyond the Bear,With the Winds or the sun, we bypass London

      A charada não a ajuda, e parece não surtir qualquer efeito sob Caleb também.

      "Bem, ela menciona Londres," diz ela, "então acredito que estamos no caminho certo. Meu instinto me diz que devemos continuar avançando, entrar na cidade, e que saberemos quando encontrarmos.”

      Ele concorda, e Caitlin pega em sua mão e os dois viram para a direita, caminhando paralelamente ao rio seguindo uma placa que diz “A Strand.”

      Enquanto andam por esta rua, Caitlin percebe que a área está ficando cada vez mais populosa, – com casas construídas mais próximas umas das outras, em ambos os lados da rua. Ela tem a sensação de que estão cada vez mais próximos do centro da cidade, pois as ruas também estão mais movimentadas. O clima está perfeito – Caitlin sente que está no começo do outono, e o sol brilha incessantemente. Ela se pergunta por um instante em que mês estariam, e fica surpresa com a facilidade em que perde a noção do tempo.

      Pelo menos não está muito quente. Mas à medida que as ruas se enchem de gente, ela começa a sentir claustrofóbica. Eles definitivamente estão se aproximando de alguma cidade metropolitana, mesmo sem a sofisticação dos tempos modernos. Ela fica espantada: sempre tinha imaginado que nos tempos antigos houvesse menos pessoas, que tudo fosse menos lotado. Mas na verdade, é bem o contrário: enquanto as ruas parecem ficar cada vez mais lotadas, ela não consegue acreditar que tantas pessoas vivam ali. A cena a faz lembrar quando ainda morava em Nova Iorque no século XXI. As pessoas se empurram e acotovelam sem ao menos se desculparem. E ainda por cima, fedem.

      Além disso, há vendedores parados em todas as esquinas, tentando vender seus produtos agressivamente. Por onde anda, ela ouve pessoas gritando com sotaques britânicos engraçados.

      E quando as vozes dos vendedores se calam, outras dominam o ambiente: os gritos dos pregadores. Por toda parte, Caitlin pode ver algumas plataformas, palcos e púlpitos improvisados, sobre os quais os

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