Comprometida . Морган Райс

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Comprometida  - Морган Райс Memórias de um Vampiro

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se vira na direção de Caitlin. "Estamos guardando este trono há milhares de anos. Agora que você está aqui, e agora que liberou o cetro, é chegada a hora de assumir o seu lugar de direito.”

      Ela sinaliza para que Caitlin suba ao trono.

      Caitlin olha para ela em choque. Que direito tinha ela, uma simples garota, de subir ao trono real – um trono que tinha sido usado por reis e rainhas por milhares de anos? Ela não se sente à vontade para se aproximar dele, e muito menos para subir no pedestal e sentar no trono.

      "Por favor," insiste a vampira. "Você tem o direito. Você é a Escolhida.”

      Caleb assente com a cabeça, e Caitlin devagar e relutantemente sobe no enorme pedestal, segurando o cetro. Ao chega ao topo, ela se vira e delicadamente senta no trono.

      Ele é feito de madeira maciça, e não encostar-se e repousar os braços sobre o apoio, Caitlin pode sentir o poder do trono. Ela consegue sentir as centenas de membros da realeza que tinham recebido suas coroas naquele exato local, e se sente completamente energizada.

      Ao olhar para a sala, cinco metros acima de todos os outros, ela sente como se estivesse acima de tudo, – no topo do mundo. A sensação é inspiradora.

      "O cetro," diz a vampira.

      Caitlin olha para ela, confusa, incerta sobre o que a vampira quer que ela faça com ele.

      "No braço do trono, você vai encontrar um pequeno orifício. Ele é feito para segurar o cetro.”

      Caitlin olha para baixo, atentamente, e desta vez localiza um pequeno buraco, com o diâmetro exato do cetro. Ela ergue o braço e lentamente encaixa o cetro no orifício.

      Ele afunda até o fim de modo que apenas o topo fique para fora do braço.

      De repente, ouve-se um leve clique.

      Caitlin olha para o chão e fica surpresa ao ver um compartimento minúsculo se abrir na base da cabeça dos leões. Dentro dele, há um pequeno anel de ouro. Ela estiva o braço e o retira do compartimento.

      Ela ergue o anel e o oberva.

      "O anel do destino," informa a vampira, "pertence apenas a você. É um presente de seu pai.”

      Caitlin o encara encantada, segurando-o contra a luz e assistindo as pedras brilharem ao movimentá-lo.

      "Coloque o anel no dedo anelar de sua mão direita.”

      Caitlin faz isso, e ao sentir o metal frio, uma vibração percorre todo o seu corpo. Ela sente o poder que emana do anel.

      "Ele irá lhe mostrar o caminho.”

      Caitlin o examina. "Mas como?" ela pergunta.

      "Você só precisa inspecioná-lo," explica a vampira.

      A princípio, Caitlin fica confusa, mas então examina o anel com mais atenção. Quando o faz, ela percebe uma pequena gravação em volta do anel. Seu coração bate mais forte ao ler a mensagem. Ela sabe imediatamente que se trata de uma mensagem de seu pai.

Across the Bridge, Beyond the Bear,With the Winds or the sun, we bypass London

      Caitlin lê a charada mais uma vez, e então a lê em voz alta, para que Caleb possa escutar.

      "O que isso significa?" ela pergunta.

      A guia apenas sorri.

      "Tenho permissão para trazer você apenas até aqui. O restante da jornada você terá que descobrir." E então ela se aproxima. “Estamos contando com você. O que quer que faça, não nos decepcione.”

      CAPÍTULO CINCO

      Caitlin e Caleb saem pelas enormes portas da Abadia de Westminster sob a luz da manhã, seguidos por Ruth. Eles instintivamente fecham os olhos e levam as mãos aos olhos, e Caitlin se sente grata que Caleb lhe tenha dado o colírio antes de saírem. Eles precisam de alguns instantes para que seus olhos se acostumem. Lentamente, a Londres de 1599 surge diante deles.

      Caitlin fica espantada. A Paris de 1789 não tinha sido tão diferente da Veneza de 1791. Mas a cidade de Londres em 1599 é um mundo completamente novo. Ela fica espantada pela diferença que 190 podem fazer.

      Diante dela, a cidade de Londres se revela. Mas não se trata de uma cidade metropolitana movimentada. Pelo contrário, ela tem a sensação de que está em uma grande cidade rural, com muitos terrenos ainda em desenvolvimento. Não há ruas pavimentadas – há sujeira por toda parte – e enquanto há muitos prédios, é possível ver árvores em bem maior número. Escondidas entre as árvores em quarteirões mal formados há fileiras de casas, algumas um pouco tortas. As casas são todas feitas de madeira, com grandes telhados de palha. Ela logo percebe que a cidade é altamente inflamável; quase completamente feita de madeira, e com toda aquela palha em cima das casas, Caitlin vê o quanto Londres é suscetível ao fogo.

      Ela imediatamente se dá conta que as ruas de terra tornam a passagem complicada. Andar a cavalo parece ser o meio de transporte ideal, e ocasionalmente eles cruzam com um cavalo ou carroça. Mas estas são exceções; a maioria das pessoas caminha – ou melhor, tropeça. As pessoas caminhando pelas ruas enlameadas parecem lutar pra manter-se em pé.

      Ela identifica excrementos ao longo das ruas e fica enojada com o cheio, mesmo à distância. As eventuais vacas passeando pelas ruas também não ajudam. Se ela tivesse pensado em voltar no tempo para recuperar o romantismo, esse lugar certamente não seria o melhor destino.

      Além disso, ela não tinha visto pessoas passeando bem vestidas, carregando sombrinhas e exibindo as últimas tendências da moda, como tinha sido em Veneza e Paris. Ao invés disso, elas se vestem com simplicidade e com roupas ultrapassadas; os homens vestem roupas da fazenda, que parecem trapos, e alguns vestem calças brancas e túnicas curtas que parecem saias. As mulheres, por sua vez, ainda estão tão cobertas que têm dificuldades para andar pelas ruas segurando as barras das saias o mais alto que conseguem – não apenas para mantê-las longe da lama e dos excrementos, mas também dos ratos, que Caitlin se surpreende ao ver correndo pelas ruas abertamente.

      Ainda assim, apesar de tudo, o modo de vida da época é certamente único – e, pelo menos, bastante descontraído. Ela tem a impressão de que está em uma grande vila rural, bem diferente do ritmo frenético do século XXI. Não há carros nas ruas; nenhum som de construções, ou buzinas, ônibus, caminhões e máquinas. Até mesmo o som dos cavalos parece abafado, com suas patas se afundando na lama. De fato, o único som que pode ser ouvido além dos gritos dos vendedores, é o som dos sinos de igrejas, como um coral de bombas, soando por toda a cidade. Londres é obviamente dominada pelas igrejas.

      As únicas coisas sinalizando o futuro que está por vir, por incrível que pareça, são as igrejas – erguendo-se acima da arquitetura simples e dominando a paisagem da cidade com suas torres incrivelmente altas. Na verdade, o prédio de onde acabam de sair, a Abadia de Westminster, se ergue acima de todos os outros prédios a vista. Ela pressente que seu campanário é a referência para que toda a cidade se oriente.

      Ela olha para Caleb, e vê que ele está avaliando a cena, igualmente assombrado. Ela estica o braço e fica feliz quando ele segura em sua mão. É agradável sentir seu toque novamente.

      Ele se vira para ela e Caitlin pode ver o amor nos olhos dele.

      "Bem," ele diz, limpando a garganta, "isso não é

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