Comprometida . Морган Райс

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Comprometida  - Морган Райс Memórias de um Vampiro

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gostaria de ter lido seus livros de história com mais atenção. Das outras vezes, ela tinha ido de 1791 para 1789. Mas agora, eles estavam em 1599 – um salto de quase 200 anos.

      Ela ainda consegue se lembrar de como as coisas pareciam primitivas mesmo em 1789 – a falta de encanamentos, as estradas de terra, a ausência de banho. Ela não consegue imaginar como as coisas seriam duzentos anos antes daquilo. Certamente, as coisas seriam ainda menos familiares que em qualquer outra época. Até mesmo a cidade de Londres dificilmente seria reconhecida. Isso a faz sentir-se isolada, sozinha, em um mundo completamente diferente do dela. Se não fosse pela presença de Caleb, ao seu lado, ela teria se sentido absolutamente sozinha.

      Mas ao mesmo tempo, a arquitetura, a igreja e os claustros – tudo aquilo lhe parece familiar e reconhecível. Afinal, eles estão caminhando na mesma Abadia de Westminster que existia no século XXI. E não apenas isso, o prédio, mesmo no ano de 1599, já parece antigo, já estava ali há muitos séculos. Isso lhe fornece um estranho consolo.

      Mas por que ela tinha sido enviada para aquele período? E para aquele lugar? Obviamente, o lugar tem alguma importância para sua missão.

      Londres. 1599.

      É nessa época que Shakespeare havia vivido? Ela se pergunta, com o coração de repente acelerado, ao imaginar que talvez tivesse a chance de vê-lo pessoalmente.

      Eles caminham silenciosamente por vários corredores.

      "A Londres de 1599 não é tão primitivo quanto você pensa," a guia informa, olhando para Caitlin com um sorriso.

      Caitlin se sente envergonhada ao perceber que ela tinha lido seus pensamentos. Como sempre, ela sabe, deveria ser mais cuidadosa em escondê-los, e espera que não tenha ofendido a vampira.

      "Não é ofensa alguma," ela responde, lendo os pensamentos de Caitlin mais uma vez. "A época em que vivemos pode ser primitiva em relação a algumas tecnologias com que você está acostumada. Mas, de certa forma, somos mais sofisticados que as pessoas dos tempos modernos. Somos extremamente experientes e estudados, os livros nos governam. Um povo de meios primitivos, talvez, mas com um intelecto bastante apurado.”

      “E mais importante, este é um período crucial para a raça vampire. Estamos em um momento decisivo. Você chegou na virada do século por uma razão.”

      "Por quê?" Caleb pergunta.

      A mulher lança um sorriso pra eles antes de entrar em outro corredor.

      "A resposta para esta pergunta você terá que encontrar sozinho.”

      Eles chegam à outra sala magnífica – com teto alto, vitrais coloridos e o chão de mármore – decorado com enormes velas e estátuas esculpidas à imagem de reis e santos. Mas esta sala é diferente das outras; há sarcófagos e efígies colocadas cuidadosamente ao redor da sala e, no centro, um enorme túmulo com dezenas de metros de altura, coberto por ouro.

      A guia caminha até o túmulo, e eles a segue. Ela para diante dele e se vira para eles.

      Caitlin olha para o túmulo: ele é grande e imponente; uma verdadeira obra de arte, banhado a ouro e adornado com gravuras belíssimas. Ela também pode sentir uma energia emanando do túmulo, como se ele tivesse alguma importância oculta.

      "O túmulo do Santo Eduardo o Confessor," a vampira diz. "É um lugar sagrado, destino de peregrinação da nossa espécie por centenas de anos. Dizem que ao rezar ao lado dele, é possível receber curas milagrosas para aqueles que estão doentes. Olhe a pedra, aos seus pés: ela está gasta por todas as pessoas que já se ajoelharam aqui ao longo dos anos.”

      Caitlin olha para baixo e vê que, de fato, a plataforma de mármore está um pouco gasta nas bordas. Ela se espanta ao pensar em quantas pessoas já tinham se ajoelhado ali ao longo dos séculos.

      “Mas no seu caso," continua ela, "ele é ainda mais importante.”

      Ela se vira e olha diretamente para Caitlin.

      "Sua chave," ela fala para Caitlin.

      Caitlin fica perplexa. A que chave ela estava se referindo? Ela coloca a mão no bolso e sente as duas chaves que tinha encontrado até então. Ela não sabe ao certo qual delas a mulher quer.

      Ela balança a cabeça. "Não. Sua outra chave.”

      Caitlin pensa, confusa. Ela tinha esquecido alguma chave?

      Então, ao olhar para baixo, ela percebe. Seu colar.

      Caitlin leva a mão ao pescoço, surpresa por ele ainda estar lá. Ela remove o colar com cautela, e segura a antiga cruz de prata na palma da mão.

      A vampire balança a cabeça novamente.

      “Apenas você pode usá-la.”

      Ela estica o braço e gentilmente segura a mão de Caitlin, guiando-a até uma pequena fechadura na base do pedestal.

      Caitlin fica espantada, pois nunca teria notado a existência daquela fechadura de outra forma. Ela insere a chave e gira, ouvindo um leve clique.

      Ela olha para cima, e vê que um pequeno compartimento havia surgido na lateral do túmulo. Ela olha para a vampira, que assente solenemente.

      Caitlin ergue o braço e remore o compartimento estreito e comprido. Dentro dele, ela se surpreende ao encontrar um longo cetro dourado, com a ponta incrustada de rubis e esmeraldas.

      Ela tentativamente remove o centro da caixa, e fica surpresa com o peso dele, e da maciez do ouro contra suas mãos. O cetro tem aproximadamente um metro de comprimento, e é feito inteiramente de ouro.

      "O cetro sagrado," a freira vampira diz. "Pertenceu ao seu pai um dia.”

      Caitlin olha para o cetro com um novo senso de reverência e respeito. Ele se sente energizada ao segurá-lo, e se sente mais próxima de seu pai do que jamais havia estado.

      "Isso me levará até meu pai?” ela indaga.

      A guia simplesmente lhes dá as costas e sai da câmara. "Por aqui," ela diz.

      Caitlin e Caleb a seguem por outra porta e diversos outros corredores, atravessando o pátio de outro claustro. Enquanto caminham, Caitlin pode ver vários outros vampiros vestindo túnicas brancas e capuzes, que também andam pelos corredores. A maioria mantém a cabeça abaixada, como se concentrados em suas orações; alguns balançam incensários. Os poucos que cruzam o seu caminho acenam com a cabeça, e continuam caminhando em silêncio.

      Caitlin se pergunta quantos vampiros vivem ali, e se fazem parte do coven de seu pai. Ela nunca havia se dado conta que a Abadia de Westminster era um convento, além de igreja – ou que era o último lugar de descanso para sua espécie.

      Eles finalmente entram em outra sala, está menor que as outras, mas com tetos altos e iluminado pela luz natural. O chão da sala é feito de pedras resistentes, e no centro há algo extraordinário: um trono. Colocado sobre um pedestal com no mínimo cinco metros de altura, o trono é feito de madeira, uma cadeira espaçosa com braços que se inclinam para cima e um encosto que termina em um triângulo com uma ponto no centro. Embaixo, nos cantos da cadeira, há dois leões dourados esculpidos de forma a dar a ideia de que estão segurando o trono.

      Caitlin examina o trono admirada.

      "O trono do Rei Eduardo," diz a vampira.

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