Comprometida . Морган Райс

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Comprometida  - Морган Райс Memórias de um Vampiro

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começam a surgir. Ela se enche de esperança e, lentamente, começa a se recordar de tudo.

      "Caleb," ela diz suavemente.

      Os olhos dele se enchem de lágrimas, esperançosos. O lobo geme ao lado dela, lambendo-lhe o rosto, encorajado. Ela olha para o animal, e de repente se lembra do nome dela.

      "Rose,” ela diz, e então percebe que está enganada. “Não. Ruth. Seu nome é Ruth."

      Ruth se aproxima, lambendo-lhe ainda mais. Caitlin não consegue evitar o riso, e acaricia a cabeça de Ruth. Caleb abre um sorriso de alívio.

      "Sim. Ruth. E eu sou Caleb. E você é Caitlin. Consegue se lembrar agora?”

      Ela confirma. "Estou começando a me lembrar," ela responde. "Você é meu… marido?"

      Ela observa enquanto o rosto dele se enrubesce como se estivesse constrangido ou envergonhado. E naquele momento, ela se lembra. Não, eles não eram casados.

      "Não estamos casados," ele diz, em tom de desculpas, "mas estamos juntos."

      Ela também fica constrangida ao começar a se lembrar de tudo, à medida que as lembranças começam a aflorar.

      Ela de repente se lembra das chaves – as chaves de seu pai. Ela estica o braço, colocando a mão no bolso e se certificando que elas ainda estavam ali. Ela coloca a mão no outro bolso e sente seu diário, confortada pela sua presença. Caitlin fica aliviada.

      Caleb estica o braço.

      Ela segura na mão dele e deixa que ele a ajude a sair do sarcófago.

      É muito bom estar em pé, alongando os músculos.

      Caleb estica a mão e tira o cabelo da frente do rosto dela. Ela gosta da sensação dos dedos dele acariciando suas têmporas.

      "Estou tão feliz que esteja viva," ele fala.

      Ele a envolve em seus braços, abraçando-a com força. Ela também o abraça, e ao fazer isso mais lembranças surgem em sua cabeça. Sim, este é o homem que ela ama. Ele é o homem com quem, um dia, sonha em se casar. Ela pode sentir o amor dele atravessando seu corpo, e se lembra de que tinham viajado no tempo juntos. Paris é o último lugar em que haviam estado juntos, e onde ela tinha encontrado a segunda chave antes que fossem enviados mais uma vez ao passado. Ela havia rezado para que acordassem juntos desta vez. E ao abraça-lo com força, ela percebe que suas preces tinham sido atendidas.

      Finalmente, desta vez, eles estão juntos.

      CAPÍTULO QUATRO

      "Vejo que vocês dois se reencontraram," diz uma voz.

      Caitlin e Caleb, no meio de um abraço, se viram surpresos ao ouvir a voz. Caitlin fica surpresa que alguém tenha conseguido se aproximar deles tão rápido, especialmente considerando seus sentidos vampiros apurados.

      Mas ao olhar para a mulher parada diante deles, ela percebe o motive: essa mulher também é uma vampira. Vestida completamente de branco e com um capuz na cabeça, a mulher ergue lentamente o rosto e os encara com olhos azuis penetrantes. Caitlin pode sentir a energia pacífica e serena emanando dela, e baixa sua guarda. Ela sente quando Caleb faz o mesmo.

      A mulher então abre um largo sorriso.

      "Estamos esperando você há bastante tempo," ela diz, em tom gentil.

      "Onde estamos?" Caitlin pergunta. “Que ano é esse?"

      A mulher apenas sorri.

      "Por favor, me acompanhem," ela pede, virando-se, e começa a se afastar, passando pela porta arqueada.

      Caitlin e Caleb entreolham-se, e então a seguem pela porta, seguidos por Ruth.

      Eles caminham por um corredor de pedras sinuoso, que os leva até um lance de escadas estreitas, iluminado pela luz de uma única tocha. Eles estão logo atrás da mulher, que continua andando, certa de que eles a seguem.

      Caitlin sente vontade de fazer mais perguntas, pressioná-la para saber onde estavam; mas ao chegarem ao topo da escada, ela consegue ter uma visão magnífica que lhe tira o fôlego, e ela percebe que estão dentro de uma igreja enorme. Pelo menos esta parte da pergunta tinha sido respondida.

      Caitlin mais uma vez se arrepende de não ter prestado mais atenção à aula de história e arquitetura, por não poder identificar em que igreja eles estavam naquele momento. Ela se lembra de todas as outras igrejas que havia visitado – a Notre Dame em Paris, o Duomo em Florença – e não consegue evitar a sensação de que está igreja é parecida com as outras.

      A nave central da igreja se estende por dezenas de metros, o chão é de lajotas de mármore e as paredes estão decoradas com dezenas de estátuas esculpidas em pedra. O teto da igreja é altíssimo, alcançando dezenas de metros. No alto, há fileiras intermináveis de vitrais, que permitem a entrada da luz do sol que se reflete suavemente em inúmeras cores. Na parede do final da nave, um vitral Redondo enorme filtra a luz que recai sobre o altar dourado. Espalhadas diante do altar há centenas de pequenas cadeiras de madeira para os fiéis.

      Mas agora a igreja está vazia. É como se o lugar tivesse sido reservado para eles.

      Eles atravessam o salão principal, seguindo a vampire, e seus passos ecoam, reverberando pelo enorme corredor vazio.

      “Que igreja é essa?" pergunta por fim.

      "É a Abadia de Westminster," responde a mulher, enquanto continua a caminhar. "O lugar onde Rainhas e Reis são coroados há centenas de anos."

      Abadia de Westminster, Caitlin pensa. Ela sabe que está igreja fica na Inglaterra. Na verdade, ela fica exatamente na cidade de Londres.

      Londres.

      Caitlin fica um pouco atordoada com a ideia de estar ali. Ela nunca havia estado na cidade antes, e havia sonhado em conhecê-la um dia. Ela tinha amigos que já haviam feito a viagem, e ela já tinha visto muitas fotos online. Fazia sentido para ela estar ali, dada a história medieval da do lugar. A igreja tinha centenas de anos – e ela sabe que há muitas outras igrejas como aquela na cidade. Mas ela ainda não sabe em que ano estão.

      "E em que ano estamos?" Caitlin pergunta nervosa.

      Mas o guia deles anda tão rápido que já está do outro lado da capela, atravessando outra porta arqueada e forçando Caitlin e Caleb a se apressarem para alcançá-la.

      Ao entrarem, Caitlin se surpreende ao perceber que estão dentro de um claustro. Há um longo corretor de pedras, com paredes de pedra e estátuas ao longo de um lado e, do outro, arcos abertos. Os arcos são expostos aos elementos, e através deles ela pode ver um pequeno pátio interno. O lugar a faz pensar em todos os outros claustros onde já havia estado; ela começa a reconhecer algum padrão na simplicidade das construções, das paredes arqueadas, das colunas e pátios bem cuidados. Todos parecem oferecer um refúgio do mundo, como um lugar ideal para o silêncio e a reflexão.

      A vampira finalmente para e se vira para eles. Ela encara Caitlin com seus grandes olhos compassivos, e parece transcendental.

      "Estamos às vésperas da virada do século," ela diz.

      Caitlin pensa por um instante. "Que século?" pergunta ela.

      "O século

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