Caçador Zero. Джек Марс
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Cabelo.
Ela tinha cabelo. E cabelo podia ser testado - isso era o básico de forense. Sangue, saliva, cabelo. Qualquer uma dessas coisas poderia provar que ela esteve em algum lugar, e que ela ainda estava viva quando esteve lá. Quando as autoridades encontrarem a caminhonete de Thompson, encontrariam a mulher morta e coletariam amostras. Eles encontrariam o cabelo dela. Seu pai saberia que elas estiveram lá.
— Andem — disse Rais. — Saiam. Ele segurou a porta enquanto as duas meninas saíram de mãos dadas do banheiro. Ele as seguiu, olhando ao redor mais uma vez para garantir que ninguém estava olhando. Então, pegou o pesado revólver Smith & Wesson do senhor Thompson e virou-o na mão. Com um único movimento sólido, ele balançou o punho da arma para baixo e arrancou a maçaneta da porta do banheiro.
— Carro azul — apontou com o queixo e guardou a arma. As meninas andaram lentamente para um sedan azul-escuro estacionado a algumas vagas da caminhonete de Thompson. A mão de Sara tremia junto à de Maya - ou talvez fosse a de Maya que estivesse tremendo, ela não tinha certeza.
Rais manobrou o carro para fora da parada de descanso e de volta à interestadual, porém, não para o sul, como eles estavam indo antes. Em vez disso ele fez a volta e dirigiu para o norte. Maya entendeu o que ele estava fazendo; quando as autoridades encontrassem a caminhonete de Thompson, assumiriam que ele seguiria para o sul. Procurariam por ele e por elas nos lugares errados.
Maya arrancou alguns fios de cabelo e os jogou no chão do carro. O psicopata que as sequestrou estava certo sobre uma coisa; o destino delas estava sendo determinado por outro poder, neste caso, ele. E era um que Maya ainda não podia compreender plenamente.
Elas tinham, agora, apenas uma chance de evitar qualquer destino que lhes estivesse reservado.
— O papai virá — ela sussurrou no ouvido de sua irmã. — Ele vai nos encontrar.
Ela tentou não soar tão incerta quanto se sentia.
CAPÍTULO DOIS
Reid Lawson subiu rapidamente as escadas de sua casa em Alexandria, na Virgínia. Seus movimentos pareciam rígidos, suas pernas ainda entorpecidas pelo choque que experimentara há apenas alguns minutos, mas seu olhar se fixou em uma expressão de determinação sombria. Ele subiu os degraus de dois em dois para o segundo andar, embora temesse o que estaria lá em cima - ou, mais apropriadamente, o que não estaria.
No andar de baixo e do lado de fora havia uma agitação. Na rua, em frente à sua casa, tinha nada menos que quatro carros da polícia, duas ambulâncias e um caminhão de bombeiros, todos os protocolos para uma situação como essa. Policiais uniformizados esticaram fita de isolamento formando um X sobre a porta da frente. A perícia coletava amostras do sangue de Thompson, no saguão, e folículos capilares nos travesseiros de suas filhas.
Reid mal conseguia se lembrar de chamar as autoridades. Ele mal se lembrava de ter dado à polícia uma declaração, palavras confusas balbuciadas em frases fragmentadas pontuadas por respirações curtas e ofegantes, enquanto sua mente nadava em possibilidades terríveis.
Ele tinha saído no fim de semana com um amigo. Um vizinho estava cuidando de suas filhas.
O vizinho estava morto agora. Suas filhas estavam desaparecidas.
Reid fez uma ligação quando chegou ao topo da escada e longe dos ouvidos curiosos.
— Você deveria ter nos chamado primeiro — disse Cartwright como saudação. O Diretor Adjunto Shawn Cartwright era o chefe da Divisão de Atividades Especiais e, não oficialmente, o chefe de Reid na CIA.
Eles já ouviram.
— Como sabia?
— Você está marcado — informou Cartwright. — Nós todos estamos. Sempre que nossa informação aparece em um sistema - nome, endereço, identificação social, qualquer coisa - ela é enviada automaticamente para a NSA como prioridade. Inferno, você recebe uma multa por excesso de velocidade que a agência saberá antes do policial te liberar.
— Eu tenho que encontrá-las. — Cada segundo que passava era um coro estrondoso, o lembrando de que ele nunca mais veria suas filhas se não saísse agora, neste instante. — Eu vi o corpo de Thompson. Ele está morto há pelo menos vinte e quatro horas, o que é uma vantagem significativa para nós. Preciso de equipamentos e preciso ir agora.
Dois anos atrás, quando sua esposa, Kate, morreu repentinamente de um acidente vascular cerebral isquêmico, ele se sentiu completamente entorpecido. Um sentimento atordoado de distanciamento tomou conta de si. Nada parecia real, como se a qualquer momento ele fosse acordar do pesadelo e descobrir que tudo tinha sido sua imaginação.
Ele não estava lá por ela. Ele estava em uma conferência sobre a história da Europa antiga - não, isso não era verdade. Essa era a sua história para encobrir que ele estava em uma missão da CIA em Bangladesh, buscando o líder de uma facção terrorista.
Na época, ele não estava com a Kate. Ele não estava presente para ajudar suas garotas quando elas foram levadas.
Mas ele tinha certeza absoluta de que estará presente para elas agora.
— Nós vamos ajudá-lo, Zero — assegurou-lhe Cartwright. — Você é um de nós e cuidamos dos nossos. Estamos enviando técnicos até sua casa para ajudar a polícia na investigação, fingindo ser o pessoal da Segurança Interna. Nossos forenses são mais rápidos; devemos ter uma pista de quem fez isso dentro de...
— Eu sei quem fez isso — Reid interrompeu. — Foi ele.
Não havia dúvida na mente de Reid de quem era responsável por isso, quem tinha vindo e levado suas filhas.
— Rais. — Apenas dizer o nome em voz alta reascendeu a raiva de Reid, começando em seu peito e irradiando através de cada membro. Ele cerrou os punhos para impedir que suas mãos tremessem. — O assassino da Amun que escapou da Suíça. Foi ele.
Cartwright suspirou.
— Zero, até que haja provas, não sabemos com certeza.
— Eu sei. Tenho certeza. Ele me enviou uma foto delas. — Ele tinha recebido uma foto, enviada pelo celular de Maya para o de Sara. A foto era de suas filhas, ainda de pijama, abraçadas na traseira da caminhonete roubada de Thompson.
— Kent — o diretor djunto disse cuidadosamente. — Você fez muitos inimigos. Isso não é totalmente certo...
— Foi ele. Eu sei que foi ele. Essa foto é uma prova de que elas estão vivas. Ele está me provocando. Qualquer outra pessoa teria apenas... — Ele não conseguiu dizer em voz alta, mas, quaisquer um dos outros inimigos que Kent Steele acumulara ao longo de sua carreira teria simplesmente matado suas filhas como vingança. Rais estava agindo assim porque ele era um fanático que acreditava estar destinado a matar Kent Steele. Isso significava que, cedo ou tarde, o assassino iria querer que Reid o encontrasse - e, com sorte, as garotas também.
Elas estando vivas ou não quando o encontrasse... Ele apertou a testa com as duas mãos, como se pudesse de algum modo arrancar o pensamento de sua cabeça. Mantenha a cabeça no lugar. Você não pode pensar