Caçador Zero. Джек Марс
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— Eu estou aqui. Escuta, precisamos rastrear a caminhonete do Thompson. É um modelo mais novo; tem uma unidade de GPS. Ele também está com o celular da Maya. Tenho certeza de que a agência tem o número nos arquivos. — Tanto a caminhonete quanto o celular poderiam ser rastreados; se os locais forem sincronizados e Rais não tiver abandonado nenhum deles ainda, isso lhes daria uma direção sólida por onde buscar.
— Kent, escute… — Cartwright tentou dizer, mas Reid o cortou imediatamente.
— Nós sabemos que há membros da Amun nos Estados Unidos — ele continuou, sem se alterar. Dois terroristas tinham ido atrás de suas filhas antes, em um calçadão de Nova Jersey. — Então é possível que haja um esconderijo da Amun em algum lugar dentro das fronteiras do país. Devemos entrar em contato com a H-6 e ver se conseguimos obter alguma informação dos detidos.
A H-6 era uma prisão secreta da CIA, em Marrocos, onde os membros capturados da organização terrorista estavam atualmente detidos.
— Zero — Cartwright tentou novamente se engajar na conversa unilateral.
— Estou arrumando uma mala e saindo pela porta em dois minutos — Reid disse a ele enquanto se apressava para seu quarto.
Cada momento que passava era um minuto em que suas garotas estavam mais longe de si.
— O TSA deve estar em alerta, caso ele tente tirá-las do país. O mesmo com portos e estações de trem. E as câmeras de rodovias - podemos acessá-las. Assim que tivermos algo, peça a alguém que me encontre. Vou precisar de um carro, um que seja rápido. E um telefone da agência, um rastreador de GPS, armas...
— Kent! — Cartwright gritou ao telefone. — Só pare por um segundo, tudo bem?
— Parar? Elas são minhas filhinhas, Cartwright. Preciso de informações. Preciso de ajuda...
O diretor adjunto suspirou pesadamente, e Reid imediatamente soube que algo estava muito errado.
— Você não vai participar desta operação, agente — disse Cartwright. — Você é muito próximo.
O peito de Reid pesou, sua raiva crescendo novamente.
— Do que está falando? — ele perguntou em voz baixa. — Que diabos você está falando? Eu vou atrás das minhas filhas...
— Você não vai.
— Elas são minhas crianças...
— Escute a si mesmo — disse Cartwright severamente. — Você está furioso. Está emocional. Isto é um conflito de interesses. Não podemos permitir isso.
— Você sabe que eu sou a melhor pessoa para isso — disse Reid com firmeza. Ninguém mais iria atrás de suas filhas. Essa pessoa seria ele. Tinha que ser ele...
— Desculpe-me. Mas você tem o hábito de atrair o tipo errado de atenção — declarou Cartwright, como se isso fosse uma explicação. — Os superiores, eles estão tentando evitar uma... Uma repetição de desempenho, digamos assim.
Reid hesitou. Ele sabia exatamente do que Cartwright estava falando, embora não se lembrasse realmente disso. Dois anos atrás, sua esposa, Kate, morreu e Kent Steele enterrou a tristeza em seu trabalho. Ele partiu em longas semanas de insanidade, cortando a comunicação com sua equipe enquanto perseguia membros da Amun e pistas por toda a Europa. Ele se recusou a retornar quando a CIA o chamou de volta. Não dava ouvidos a ninguém - nem a Maria Johansson, nem a seu melhor amigo, Alan Reidigger. Do que Reid lembrava, ele deixou uma série de corpos em seu rastro, que a maioria descreveu como nada menos do que uma algazarra. Na verdade, essa era principal razão pela qual o nome “Agente Zero” era sussurrado igualmente em terror e desdém entre os insurgentes do mundo todo.
E quando a CIA se cansou, eles enviaram alguém para buscá-lo. Eles mandaram Reidigger atrás dele. Porém, Alan não matou Kent Steele; ele havia encontrado outro jeito, o supressor de memória experimental que lhe permitiria esquecer tudo sobre sua vida na CIA.
— Eu entendo. Vocês têm medo do que eu possa fazer.
— Sim — concordou Cartwright. — Pode ter certeza que temos.
— Vocês deveriam ter.
— Zero — o diretor adjunto advertiu. — Não. Deixe-nos resolver isso do nosso jeito, para que possa ser feito rápido, silenciosamente e de forma limpa. Eu não vou te dizer novamente.
Reid encerrou a ligação. Ele estava indo atrás de suas filhas, com ou sem a ajuda da CIA.
CAPÍTULO TRÊS
Depois de terminar a ligação com o diretor adjunto, Reid parou do lado de fora do quarto de Sara com a mão na maçaneta. Ele não queria entrar lá. Mas precisava.
Em vez disso, ele se distraiu com os detalhes que sabia, passando por eles em sua mente: Rais entrou na casa por uma porta destrancada. Não havia sinais de arrombamento, nem janelas nem fechaduras quebradas. Thompson tentou lutar contra ele; havia evidência de uma luta. Em última instância, o homem mais velho havia sucumbido às facadas no peito. Nenhum tiro foi disparado, mas a Glock que Reid mantinha perto da porta da frente tinha sumido. Assim como a Smith & Wesson que Thompson mantinha perpetuamente em sua cintura, o que significava que Rais estava armado.
Mas para onde ele as levaria? Nenhuma das evidências na cena do crime, que era sua casa, levava a um destino.
No quarto de Sara, a janela ainda estava aberta e a escada de incêndio ainda se desenrolava do peitoril. Parecia que suas filhas tentaram, ou pelo menos pensaram em tentar, descer por ela. Mas elas não conseguiram.
Reid fechou os olhos e respirou entre suas mãos, afastando a ameaça de novas lágrimas, de novos terrores. Em vez disso, pegou o carregador de celular, ainda conectado à parede ao lado da mesa de cabeceira.
Ele encontrou o telefone dela no andar do porão, mas não contou à polícia sobre isso. Nem mostrou a eles a foto que havia sido enviada - enviada com a intenção de que ele visse. Não podia entregar o telefone, apesar de ele claramente ser uma evidência.
Ele pode precisar disso.
Em seu próprio quarto, Reid ligou o celular de Sara na tomada da parede atrás da cama. Ele colocou o dispositivo no modo silencioso e, em seguida, reencaminhou as ligações e mensagens para o seu número. Por fim, ele escondeu o telefone entre o colchão e a cama. Não queria que o aparelho fosse levado pela polícia. Precisava que ele permanecesse ativo, no caso de mais provocações aparecerem. Provocações poderiam se tornar pistas.
Ele rapidamente encheu uma bolsa com algumas mudas de roupa. Ele não sabia por quanto tempo ficaria fora, até onde teria que ir. Até os confins da terra, se necessário.
Ele trocou os tênis por botas. Deixou a carteira na gaveta de cima da cômoda. Em seu armário, enfiado até a ponta de um par de sapatos pretos, havia um maço de dinheiro de emergência, quase quinhentos dólares. Ele pegou tudo.
Sobre sua cômoda havia uma foto emoldurada das meninas. Seu peito apertou com apenas um olhar para a imagem.
Maya estava com o braço ao redor dos ombros de Sara.