Um amor sem palavras. Lucy Monroe

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Um amor sem palavras - Lucy Monroe Sabrina

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do meu pai, portanto, uma esposa e uma família são o próximo passo na minha lista – explicou Andreas, calmamente.

      Como se essa decisão não fosse monumental, a que ela esperara desde que tinham acabado para se tornarem sócios.

      Então, olhou para a mulher. Quem era? E porque conhecia os planos de Andreas quando ela, uma amiga, não sabia de nada?

      Então, teve uma ideia aterradora. Seria uma casamenteira? Seria próprio de Andreas contratar alguém para que lhe procurasse uma esposa. Mesmo que não precisasse dela.

      Enquanto ela fora praticamente casta durante os últimos anos, Andreas saltara de cama em cama e cada uma das suas namoradas fora um risco para as suas esperanças de futuro.

      – É para isso que estou aqui – disse a loira, claramente contente por ter um cliente como Andreas.

      – É uma… intermediária? – perguntou Kayla.

      – Sou a proprietária do Grupo Patterson.

      Parecia o nome de um escritório de advogados, não de uma empresa dedicada a procurar a felicidade conjugal.

      – É uma empresa especializada em milionários – interveio Andreas, como se isso fosse importante.

      – Tu és multimilionário.

      Pelo menos, no papel. A KJ Software fora um sucesso, como Andreas augurara. A empresa, de que ele possuía noventa e cinco por cento, estava valorizada em mais de um bilhão de dólares. Não estava mal depois de seis anos de sangue, suor, lágrimas e noites em branco.

      A loira assentiu com uma expressão satisfeita, mostrando como apreciava essa distinção. Kayla sabia que ser multimilionário e não um simples milionário também era importante para Andreas. Muito. Afinal de contas, fora por isso que tomara a decisão de assentar. Finalmente, valia mais do que o pai, mas ainda tinha alguma coisa para demonstrar.

      – Não sejas tão literal – queixou-se ele. – A questão é que a menina Patterson…

      – Genevieve, por favor. – O sorriso da loira era pura fachada, sem substância.

      – A Genevieve especializa-se em encontrar a esposa ideal para homens ricos.

      Kayla estava horrorizada e não se incomodou em disfarçar.

      – Não acho que funcione assim.

      – O meu historial fala por si só – indicou Genevieve, num tom de superioridade.

      – Se não fosse assim, não lhe teria pagado vinte e cinco mil dólares de entrada – replicou Andreas.

      Kayla deixou escapar um gemido.

      – Com esse dinheiro, poderias comprar uma supermodelo.

      Ou podia casar-se com a mulher que o amara durante os últimos oito anos e que passara seis à espera em vão. E de graça.

      – O seu chefe não está à procura de uma esposa troféu. Quer encontrar alguém com quem partilhar a sua vida – disse a casamenteira. Claro que essa retórica seria mais convincente se tivesse protestado com a mesma veemência quando Andreas se referira a encontrar uma esposa como o próximo assunto na sua lista de coisas para fazer.

      Além disso, se realmente estivesse à procura da sua alma gémea, não procuraria outra senão a mulher a que chamara amiga durante quase uma década, pois não?

      Não tinham acabado porque não se davam bem. Tinham acabado a relação sexual porque Andreas tinha opiniões muito rígidas sobre as relações pessoais e profissionais. Nunca tinham tido uma relação romântica, mas uma relação de amigos coloridos.

      Kayla pensara que isso estava a mudar, que a sua relação estava a transformar-se em algo mais importante.

      Enganara-se.

      Andreas quisera mudar a sua relação, mas não para algo mais profundo. Queria uma designer de software como pedra angular para a sua nova empresa de segurança digital e deixara bem claro que valorizava a sua capacidade profissional acima da sua disposição de partilhar a cama.

      Achava que superara essa rejeição, mas continuava a ter o poder de deixar o seu coração reduzido a cinzas.

      Tinha de sair dali.

      Fazendo um esforço para disfarçar a emoção por trás da fachada de indiferença que aperfeiçoara durante toda a sua infância, enquanto ia de uma casa de acolhimento para outra, perguntou:

      – E o que faço aqui? Porque precisas de mim?

      – És a minha sócia – disse Andreas, como se isso explicasse tudo.

      – Cinco por cento não me torna uma sócia com voz e voto.

      Era uma velha discussão sobre a qual Andreas nunca cedera, mas a expressão da loira dizia que estava de acordo.

      Andreas franziu o sobrolho. Não gostava que o corrigissem, mas Kayla nunca deixara que isso a detivesse. Pelo menos, quando se tratava do negócio.

      – És a minha sócia e esta mudança vai afetar o negócio. E, portanto, vai afetar-te – explicou Andreas, num tom que não admitia resposta.

      – Porquê?

      Evidentemente, ela não estava incluída no pacote de possíveis candidatas e isso magoava-a, mas esperava que ele não se apercebesse. Então, porque estava tão convencido de que teria algum impacto na sua vida?

      Andreas olhava para ela com o sobrolho franzido, como se dissesse que ignorara alguma coisa. Como ele ignorara que estava apaixonada por ele desde o primeiro dia, embora não tencionasse dizer-lhe.

      – O casamento causa muitas mudanças na vida de uma pessoa e, como o Andreas é o coração e o sangue desta empresa, é evidente que o seu casamento terá um impacto importante na empresa e em empregados como a menina.

      Andreas torceu o nariz. Talvez porque se referia a ela como «empregada» em vez de sócia. Em qualquer caso, não corrigiu Genevieve.

      – Então, vamos entrar na Bolsa? – perguntou Kayla.

      Andreas pensara nisso durante o último ano. Fazer isso transformá-lo-ia num multimilionário a sério, não só em património líquido. E também não seria nada mau. Poderia fundar uma cadeia de refúgios para crianças abandonadas em vez de se conformar com o refúgio local que criara há anos.

      – Não. – Andreas franziu o sobrolho. – Eu não respondo a ninguém.

      Isso também não a surpreendia. Andreas não quereria dar explicações a um grupo de acionistas ou a um conselho de administração. O pai, o armador grego Barnabas Georgas, ditara as ordens até fazer os dezoito anos e não toleraria que ninguém lhe dissesse o que podia ou não fazer.

      – Talvez pudesses vender a empresa, como falámos na nossa primeira reunião. Isso podia libertar-te para procurares a tua noiva – sugeriu Genevieve. – Ter liquidez não danificaria as tuas possibilidades com as mulheres. Tenho a certeza de que conseguiríamos encontrar-te uma aristocrata europeia.

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