Manual de biometria para avaliaçao do desempenho humano. Fernando Pompeu
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1.1.1. Cineantropometria
É a ciência que tem como tema central a medida do homem, em sua perspectiva morfológicas para o estudo dos fatores que influenciam o movimento nas suas mais variadas formas (Quadro 1.1).
Quadro 1.1: Aspectos e considerações relativos à Cineantropometria.
Aspecto | Consideração |
Identificação | Cineantropometria é a mensuração do movimento humano. |
Especificação | É o estudo do tamanho, forma, proporção, maturação e função do corpo humano. |
Aplicação | Tem aplicação para o entendimento do crescimento, da fisiologia do exercício, do desempenho esportivo e nutrição. |
Relevância | Apresenta aplicação em medicina, educação e em saúde pública. |
1.1.2. Medida
É uma grandeza determinada que serve de padrão (modelo) para a comparação com outras grandezas.
1.1.3. Teste
É o método empregado para medir.
1.1.4. Análise
É o processo filosófico que parte do simples para o complexo, ou dos efeitos às causas. A análise parte da fragmentação do todo em suas partes, para o exame de cada uma dessas partes, a fim de se compreender o todo.
1.1.5. Avaliação
Processo de julgamento e tomada de decisão, baseado na análise dos dados qualitativos e quantitativos, com a finalidade de traçar planos e administrar tal planejamento para se atingir metas exequíveis.
PLANO
AVALIAÇÃO
1.2. Cuidados administrativos para a condução de testes
São três os tipos de avaliações que poderão ocorrer em diferentes momentos.
1.2.1. Avaliação diagnóstica
É a avaliação realizada para o conhecimento da situação em que se encontra um indivíduo ou grupo, em relação a uma ou diferentes variáveis, no início do programa.
1.2.2. Avaliação formativa
Avaliação formativa ocorre durante todo o decorrer do processo para informar como o objeto de estudo está respondendo à intervenção. Essa avaliação objetiva dinamizar ao máximo o processo de treinamento ou de ensino.
1.2.3. Avaliação somativa
Com esta modalidade de avaliação o professor/treinador procura analisar o aluno/atleta no final do processo, a fim de atribuir um conceito ou nota final de acordo com as respostas obtidas em relação ao objetivo traçado no início do programa.
1.2.4. Fases de aplicação de um teste
Divide-se as fases dos testes em Fase Preparatória, na qual seleciona-se e planeja-se os teste; Fase de Aplicação, na qual executa-se os testes; e Fase de Análise, na qual analisa-se os resultados e avalia-se os sujeitos.
1.2.4.1. Fase preparatória ou pré-teste
Os cuidados administrativos relacionados a esta fase devem considerar:
•O testado (quem? por quê? para que? e onde?);
•Os critérios de autenticidade científica para a seleção de um teste;
•Equipamentos e materiais;
•Espaço físico;
•Pessoal qualificado;
•Comunicação das instruções (fichas, desenhos, ilustrações, fotografias entre outros);
•Segurança;
•Divisão do grupo a ser avaliado;
•Registros das informações (fichas de coletas de dados e padronização da unidade de medida a ser registrada);
•Horário e condições ambientais;
•Arrumação do local;
•Estudo piloto;
1.2.4.2. Fase de aplicação ou intra-teste
Nesta fase os cuidados a considerar são:
•Última revisão das estações e de todo o circuito;
•Segurança;
•Instruções finais;
•Aquecimento (quando necessário);
•Motivação (quando necessária);
•Registros precisos e uniformes dos resultados;
•Recolher as fichas de coleta de dados;
•Observar se nas fichas constam o nome, sexo, número do teste, local, data, hora, temperatura ambiente, entre outras;
1.2.4.3. Fase de análise ou pós-teste
Nesta fase devemos estar preocupados com:
•A organização dos dados coletados;
•Transformar os registros em índices;
•Comparar os sujeitos entre si e com as normas já existentes;
•Localizar pontos fracos e fortes;
•Apontar a colocação do testado no ranque do grupo;
•Reajustar o programa de treinamento;
•Construir normas próprias.
1.3. Critérios seletivos para o emprego de um teste
O coeficiente de correlação “produto momento de Pearson” é o cálculo estatístico que mede a concordância entre duas variáveis.
Esse coeficiente oscila de -1 a +1, passando pelo 0 (zero). Quando não há nenhuma relação entre as variáveis, o coeficiente obtido é zero. Isto ocorre, por exemplo, quando comparamos os escores obtidos num teste de abdominais com os escores obtidos num teste de gramática.
As correlações podem ser positivas ou negativas. Um exemplo de correlação positiva, provavelmente perfeita, pode ser a relação entre intensidade da luz solar num dia claro com o tempo, em horas, do nascer do sol até o meio dia. Na medida em que o tempo passa, o dia vai se tornando progressivamente mais luminoso. Assim, se plotarmos num gráfico cartesiano no eixo horizontal (x) o tempo e no eixo vertical (y) a intensidade da luz, iremos constatar que a cada fração de tempo haverá um aumento proporcional de intensidade