Gravidez por contrato. Maya Blake
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Suki abanou a cabeça.
– Não, não tenho namorado. Estava a pensar em ti.
A tensão que se apoderara dele relaxou um pouco. Os seus olhos brilharam.
– E o que pensavas exatamente? – insistiu, deslizando os dedos por baixo do tecido fino para acariciar a pele húmida.
Suki gemeu e expirou, trémula.
– Pensava que, depois desta noite, não voltarei a ver-te.
Ramón ficou quieto e estudou o seu rosto com o sobrolho franzido.
– É o que queres? Queres divertir-te esta noite e, quando amanhecer, esquecer tudo isto? – perguntou.
Havia uma nota de censura na sua voz, mas também parecia excitado, como se não fosse totalmente contra aquela ideia. Inclinou-se para ela.
– Responde, Suki. É o que queres? – repetiu, estudando os seus olhos com esse olhar penetrante.
– Não é o que tu queres também? – perguntou ela. E, depois, forçou uma gargalhada irónica e acrescentou: – Vá lá, não vais dizer-me que imaginas que, entre nós, poderia haver mais… do que isto?
Ramón ficou calado por uns segundos, embora lhe parecesse uma eternidade. Depois, baixou o olhar para os seus ombros, para o seu decote, que deixava entrever mais agora que tinha o vestido solto, para as suas mãos inquietas, apoiadas no banco ao lado dela e, finalmente, para as pernas abertas e para as cuecas pretas que cobriam o seu sexo.
Voltou a acariciá-la com os polegares, fazendo-a tremer.
– Sim, tens razão. Não pode sair nada disto.
A pontada que Suki sentiu no peito ao ouvir as suas palavras desapareceu quando Ramón lhe arrancou as cuecas. Foi algo tão selvagem, tão erótico, que sentiu que se excitava ainda mais.
E, então, Ramón inclinou a cabeça, estava muito claro para quê. Suki, que estava a olhar para ele com uns olhos esbugalhados, pois não acreditava no que estava prestes a fazer. Pôs-lhe as mãos nos ombros para o afastar.
– Ramón, eu não… – começou a protestar. Mas perdeu-se por completo quando os lábios dele se fecharam sobre o seu sexo, causando-lhe uma descarga de prazer. – Oh! – E gemeu, enredando os dedos no cabelo curto da sua nuca.
Ramón levantou a cabeça e soprou delicadamente.
– Queres que pare?
– Não – balbuciou ela, imediatamente.
Ao ouvir a gargalhada suave de Ramón, corou, mas a vergonha passou por completo quando lhe deu prazer com lambidelas descaradas, possessivas, e deu por si a ofegar palavras incompreensíveis enquanto lhe fincava os dedos no couro cabeludo, insistindo que não parasse e suplicando mais.
Ramón acariciou-a com generosidade, fazendo-a descobrir novas cotas de prazer com a língua e os lábios. Quando finalmente se concentrou no seu clitóris inchado, Suki arqueou as costas e um grito abafado de prazer escapou da sua garganta antes de todo o seu corpo se ver sacudido por uma onda atrás de outra de êxtase verdadeiro.
Quando desceu novamente para a Terra, envolvia-a o cheiro a couro e a sexo e Ramón estava seminu. Tirara o casaco, tinha a camisa aberta e as calças desabotoadas.
O cabelo preto e brilhante estava despenteado, o que lhe dava um ar muito sensual, como se alguém, ela, certamente, embora não o recordasse, o tivesse despenteado com as mãos.
O seu coração, que mal tivera tempo para se acalmar, começou a bater mais depressa quando viu que estava a pôr um preservativo. Depois, puxou o corpete do vestido, deixando os seus braços livres. Tirou-lhe o sutiã e, ao ver seus seios generosos, balbuciou alguma coisa na sua língua, extasiado.
Como se quisesse verificar se era real, deslizou a mão desde pescoço até à barriga. Depois, agarrou os seus seios por baixo com ambas as mãos e esfregou os polegares sem piedade contra os mamilos endurecidos, antes de pôr um na boca. E Suki, que ia a caminho de outro orgasmo, gemeu ao sentir os seus dentes a tocar-lhe no mamilo.
Ramón passou-lhe um braço pela cintura e arrastou-a para baixo até as suas nádegas ficarem fora do banco. Já estava a um passo do clímax quando Ramón levantou a cabeça.
Os seus olhos verdes observaram os dela enquanto fazia com que lhe pusesse as pernas por cima dos ombros. Depois, com um gemido, agarrou-a pela cintura e penetrou-a até ao fundo com um só movimento.
O grito de prazer de Suki foi abafado por um beijo e Ramón segurou-a enquanto mexia as ancas novamente.
– Meu Deus… Estás tão húmida… – murmurou, num tom tão rouco que mal o entendia.
Dominava o seu corpo como um músico virtuoso domina o seu instrumento, levando-o até às notas mais altas e fazendo com que as mantivesse, várias vezes.
– Ramón… Ramón…
Suki não sabia quantas vezes gemeu o seu nome, mas sabia que, de repente, deu por si sentada em cima dele, que continuava de joelhos no chão. Ambos se mexiam, ofegantes e suados, quando, de repente, Suki sentiu que uma explosão de prazer se desencadeava no seu interior e ficou quieta, agarrando-se a essa sensação intensa que parecia estar a arrastá-la para as profundidades de um vórtice sem fundo.
Ramón mordeu-lhe o lóbulo da orelha antes de alcançar o clímax também e resmungou uma série incompreensível de palavras.
Ainda não tinham recuperado o fôlego quando o carro fez uma curva e, pouco depois, parou. Ramón sentou-a novamente e ajudou-a a vestir o vestido.
Incapaz de olhar para ele nos olhos ou de sufocar a sensação de desconforto que a invadia, Suki apanhou as cuecas rasgadas e o sutiã do chão do carro e pô-los na mala.
Ramón, que já acabara de se vestir, sentou-se novamente ao seu lado.
– Eu… Obrigada por me trazeres – murmurou ela, quando, ao fim de um instante, ele continuava sem dizer nada.
Ramón, em vez de responder, ficou a olhar para ela com os olhos semicerrados, portanto, apertou a mala na mão e mexeu-se no banco para a porta.
– Boas-noites, Ramón – despediu-se. – Que chegues bem a… Bom, onde quer que seja.
Esticou o braço para abrir a porta, mas ele deteve-a, agarrando-a pelo pulso, e fê-la virar-se para ele.
– Não acabámos, nem de longe – disse.
Saiu do carro com a graça de um felino e estendeu-lhe a mão. Suki hesitou. De repente, o que a esperava lá fora intimidava-a mais do que a sessão incrível de sexo que tinham acabado de partilhar no carro.
– Sai, Suki! – ordenou Ramón.
Ela saiu, dizendo-se que não estava a fazê-lo porque lho ordenara, mas porque não podia ficar para sempre na limusina.
Assim que saiu, Ramón fechou a porta e bateu com os dedos no capô do veículo. Enquanto o carro se afastava, Ramón puxou-a