A esposa do Siciliano. Kate Walker
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– Oh, Cesare… – suspirou, abandonando-se àquele momento de debilidade.
– Megan…
A sua voz soou inesperadamente áspera.
O coração dela palpitou ao som da sua respiração.
Megan voltou a suspirar, acomodando-se melhor, virando a cabeça de forma a que a boca ficou perto da pele suave e bronzeada dele.
– Megan…
Dessa vez, havia uma nota de advertência, mas ela estava demasiado cómoda, demasiado descontraída para pensar nisso. Pela primeira vez desde que regressara a Londres, sentia-se realmente bem. Como se agora estivesse onde queria realmente estar. No lugar que lhe era predestinado.
Sentiu o coração de Cesare acelerar-se e o seu próprio pulso também, assim como a respiração, até se transformar num som rouco.
– Cesare…
Tentou falar, mas o calor que sentia dentro de si provocara-lhe uma secura na garganta. Tinha os lábios secos e humedeceu-os com a língua. Cesare não ficou imune a esse movimento.
As pálpebras pesavam-lhe tanto que nem conseguia abrir os olhos. Quando o conseguiu, a força escura do olhar dele aprisionou-a. Não queria mover-se.
Esperou, com paciência aparente, mas a ferver por dentro. Esperou, sabendo que aquele era o momento pelo qual ansiara durante toda a vida, com o qual sempre sonhara.
– Megan… – voltou ele a dizer; a sua voz era espessa e áspera que nem parecia pertencer ao homem controlado e sofisticado que ela conhecia. – Acho que vou ter de te beijar.
– Eu sei…
– Lamento se… Sabes?
– Sim.
Megan assentiu, consciente do suave roçar da sua camisa e do calor da sua pele através do tecido.
– Eu sei e sabes uma coisa? – a sua boca curvou-se com um sorriso cheio de picardia. – Vou ter que te deixar…
As palavras eram suaves e, rapidamente, ele as afogou com os lábios. Acariciou-lhe as costas e depois a cabeça. Foi o beijo mais apaixonado e selvagem que lhe tinham dado durante toda a sua vida. Ficou sem alento, a sua cabeça rodopiava e o coração de tanto bater mais parecia querer sair do peito.
Megan rodeou-o com os braços e entrelaçou os dedos no cabelo cor-de-azeitona. Quando Cesare tentou separar-se, ela impediu-o. Sentiu o corpo a arder, com um calor primitivo e pagão, e não apenas devido ao efeito da sua firmeza dura e quente contra ela. Estava a arder de prazer, de apetite sensual, de necessidade. Moveu as mãos pelas costas dele abaixo, sentindo que era incapaz de o tocar o suficiente de uma só vez.
– Madre di Dio! – murmurou ele, contra os seus lábios, conseguindo separar-se para respirar. – Oh, Megan, Megan…!
– Adoro ouvir o meu nome com sotaque italiano – respondeu ela sem alento, a tremer. – Soa a algo exótico e especial, mais sensual que Megan Ellis, tão simples e vulgar…
– Não! Nunca utilizes essas palavras junto ao teu nome. Tu não és nada simples e, muito menos, vulgar.
Megan olhou-o surpreendida. Esperava encontrar um brilho de humor nos seus olhos, mas não encontrou. Em vez disso, reparou numa luz bastante diferente. O tipo de luz que a fazia pensar em fogueiras e no calor do Verão. O seu coração sentiu um rasgo de felicidade.
– És linda, preciosa. És uma mulher maravilhosa e sensacional.
Megan nem queria acreditar no que estava a ouvir.
– Deves estar a brincar – disse ela, mas Cesare negou com a cabeça.
– Não é brincadeira nenhuma – insistiu num tom que deixava claro que estava a falar a sério.
Ergueu uma mão até ao cabelo dela e entrelaçou-lhe os dedos por entre os caracóis avermelhados.
– Tens um cabelo que brilha como a lava de um vulcão na noite…
Para surpresa dela, levou uma madeixa aos lábios e beijou-a com suavidade.
– Tens uns olhos verdes que mais parecem esmeraldas…
Voltou a repetir a carícia, mas dessa vez nos olhos, pressionando suavemente sobre as suas pestanas.
– Uma pele de pêssego, tão suave e delicada que até tenho medo de a magoar…
Com as mãos, acariciou-lhe as faces e, depois, seguiu até ao pescoço.
Tamanha suavidade fê-la tremer por completo.
Mas quando os lábios seguiram as mãos, Megan ficou totalmente paralisada com o prazer sensual que a fez fechar os olhos com força, para melhor desfrutar das fantásticas sensações provocadas.
A boca de Cesare moveu-se sobre a sua pele, beijando-a, acariciando-a até voltar a alcançar-lhe a boca.
– E uma boca… – murmurou contra os seus lábios. – Feita para beijar.
Dessa vez, o beijo foi realmente apaixonado. O tipo de beijo que parecia roubar-lhe a alma e que fazia com que o sangue lhe fervesse nas veias.
Megan sentiu derreter-se, enquanto ele pressionava o seu corpo contra o dela, obrigando-a a sentir a força do desejo. Não era brincadeira nenhuma. Aquilo era uma realidade dura e sólida. A resposta de um homem para com a mulher desejada… impossível de esconder.
E a mesma resposta surgia do seu próprio corpo, derretendo-lhe o coração, retorcendo-lhe os nervos.
Cada fibra latia com o desejo crescente, enviando-lhe sensações pujantes à sua parte mais íntima e feminina.
Suspirou na boca dele, enquanto se movia inquieta contra o corpo dele, sentindo a força da sua erecção.
– Acho que ficaríamos mais cómodos se…
O resto das palavras de Cesare perderam-se noutro beijo. Mas Megan não necessitava de palavras. Tê-lo-ia seguido para qualquer parte e foi o que fez, passo a passo, até ao sofá que havia em frente à lareira.
Ele sentou-se e arrastou-a até ao seu lado. Ela aproximou-se o mais possível e aprisionou-lhe a boca para brincar intimamente com a língua dele.
– Meggie…
Dessa vez, ela não objectou o uso do seu nome de infância. Soou suave e terno e, ao mesmo tempo, sensual. Mas o que mais a excitou foi o tom de rendição total, a declaração de que se tinha abandonado por completo a ela.
Sentiu-se poderosa e atreveu-se a desapertar-lhe o nó da gravata. Assim que a sua pele bronzeada ficou exposta, a jovem atirou-se sobre o pescoço dele para o saborear.
– Meggie!
Era