A esposa do Siciliano. Kate Walker
Чтение книги онлайн.
Читать онлайн книгу A esposa do Siciliano - Kate Walker страница 6
Megan conteve o alento, derretendo-se de puro prazer, enquanto os seus mamilos se endureciam, pressionando o tecido do soutien.
– Bellissima, squisita…
Cesare começou a falar no seu próprio idioma. As palavras provinham das profundezas da sua garganta e o seu sotaque era cada vez mais musical.
– Megan, sempre foste um encanto, mas agora que és uma verdadeira mulher…
Não soube como continuar, mas não era necessário porque a paixão que sentia reflectia-se nos olhos. Durante uns segundos, os seus olhares ficaram presos um ao outro. Megan sentiu que ele lhe estava a fazer uma pergunta e ela respondeu-lhe, também sem palavras.
Pensava que conseguia adivinhar aquilo que Cesare tinha em mente. Ainda pensava nela como numa menina, a adolescente que não o deixava em paz. E esses pensamentos deviam provocar-lhe certa hesitação, interrogar-se sobre se estaria pronta para continuar, se Megan era mulher suficiente para ele.
Estava certa de que o seu olhar devia ter-lhe dado a resposta. Mas, mesmo assim, colocou toda a sensualidade que sentia no beijo, utilizando o corpo para lhe comunicar a necessidade ardente que crescia dentro de si.
– A resposta é: sim, Cesare – sussurrou com voz temerosa, com a boca muito colada ao ouvido dele. – Se me quiseres: sim, sim, sim! Sou toda tua, aqui e agora… onde quiseres e quando quiseres.
A única resposta de Cesare foi uma maldição em italiano e, momentos depois, Megan já não conseguia pensar em mais nada. As mãos de Cesare deslizaram sob o elástico do soutien e afastaram-no, sem se incomodar em desapertá-lo.
Da sua boca escapou um gemido de êxtase quando as palmas das mãos pousaram sobre os volumosos peitos. E quando começou a mover os polegares, de forma suave e delicada, em redor dos mamilos, a provocação transformou-se em tormento.
– Madre di Dio!
Cesare voltou a murmurar em italiano, enquanto lhe despia a t-shirt e a atirava para o chão com impaciência, antes de regressar aos seios dela. Ergueu-os e, com um leve movimento de cabeça, aprisionou um deles na boca para o sugar com força.
– Megan, amor, não estavas a mentir quando me disseste que tinhas crescido muito ultimamente. A última vez que te vi, comparado com hoje, ainda eras uma menina…
Deslizou a língua pelo sensível mamilo, fazendo-a tremer de maneira descontrolada.
– Aqui e em todas as partes. Mudaste, cresceste… transformaste-te numa verdadeira mulher.
Aquelas palavras ressoaram na mente de Megan como uma odiosa recordação, como a morte de todas as suas esperanças, apagando-lhe a paixão com um vento frio e amargo.
– Não!
Era um grito de dor, de confusão, que ecoou por todo o quarto.
– Não?
– Não pode ser. Não é possível.
Cesare ficou perplexo, como se tivesse recebido um forte golpe no rosto. A dada altura, mostrara-se selvagem e desejosa, totalmente desinibida nos seus braços… e agora…
– Não posso. Não quero fazê-lo.
– Mentirosa. Estás a brincar comigo…
– Não, não é isso.
Com uma força inesperada, separou-se dos seus braços e deslizou pelo chão até junto da chaminé de mármore. Envolveu-se com os próprios braços para tapar o peito nu e negou com a cabeça de forma tão violenta que o cabelo lhe ocultou o rosto.
– Tens que acreditar em mim. Não estou a brincar… a sério. Não quero fazê-lo.
Aquilo era de mais.
– Não queres?! – repetiu Cesare com uma ameaça velada. – Não queres? Ora, ora, Megan, pára de gozar comigo. Estavas tão excitada como eu, não tentes negar. Não sou cego… nem surdo. Vi a paixão nos teus olhos… ouvi-a sair dos teus lábios. «Sou tua, aqui e agora… onde quiseres e quando quiseres». Não foram essas as tuas palavras exactas?
– Sim… – murmurou de forma quase inaudível. – Sei o que disse, mas…
«Mas o quê?», interrogou-se ela, sem saber que desculpa devia dar.
– Mas não… não estava a pensar com clareza.
A verdade era que, simplesmente, não devia ter pensado sequer. Se tivesse tido o mais leve sintoma de lucidez jamais se entregaria naqueles braços, jamais teria respondido àqueles beijos, àquelas carícias…
Durante uns instantes de loucura, enganara-se a si mesma, fingindo ser ainda a jovem e inocente Megan apaixonada por Cesare Santorino. Mas já não era aquela Megan. Já não tinha a liberdade para manter aquele comportamento selvagem.
Não podia pensar apenas em si… e as palavras de Cesare recordaram-lhe isso mesmo.
Só de pensar naquilo que podia ter sido, experimentou um amargo sentimento de perda, como se tivesse sido atingida no peito, como se alguém lhe tivesse arrancado o coração.
– Não importa aquilo que te disse antes. Não posso… não posso…
– Não podes o quê?
Cesare ergueu-se no sofá e tinha o olhar fixo nela. Por fim, conseguira controlar a respiração.
– Megan – começou a dizer. – O que é que não podes fazer?
– Não posso fazer amor contigo… nem com ninguém. Quero dizer que não posso ter uma aventura, não importa com quem seja.
– E por que não?
Aquilo era demasiado. Não podia responder àquela pergunta, pois não sabia qual seria a sua reacção. E, naquele instante, já se sentia demasiado perdida, demasiado vulnerável para poder aguentar a sua rejeição quando conhecesse a verdade.
Pelo que se limitou a abanar a cabeça em silêncio.
– Megan, porque não?
Pelo tom de Cesare soube que este não a deixaria até que Megan lhe desse uma resposta.
– Porquê, Megan? Vais-me dizer ou vou ter que…?
O passo que deu até ela foi a gota de água.
– Muito bem! – gritou desesperada. – Eu digo-te! Queres a verdade… então, é isso que vais ter.
– E qual é? – insistiu ele, impiedoso, ao vê-la hesitar.
– Estou grávida! – exclamou, depois de respirar fundo. – É isso! – adiantou, sabendo que já não podia voltar atrás. – Tive uma aventura na universidade… Cometi um erro e… e estou grávida. Vou ter um filho dentro de sete meses.