Mais do que um filho secreto. Кейт Хьюит
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Maisie observava-o com as pupilas dilatadas, os lábios entreabertos e uma expressão carregada de desejo enquanto ele esperava com os punhos cerrados, tenso e expectante.
– Sim – confirmou Maisie, finalmente, apoiando a cabeça nas costas do sofá. – Desejo-o, sim.
Capítulo 3
Maisie olhava para o rosto bonito de Antonio, experimentando uma sensação inesperada de paz no seu interior. Tomara uma decisão. Ia fazê-lo. Ia para a cama com ele. Não sabia quando o decidira. Talvez quando o beijara. Ou quando lhe dissera que a desejava? Ou quando entrara no escritório?
Ela não fazia essas coisas. Nunca. Durante os últimos cinco anos, só pensara em Max, em tomar conta dele, reprimindo os seus desejos e os seus sonhos. Talvez fosse por isso que estava deitada no sofá, a olhar para o homem mais atraente que alguma vez conhecera e à espera que começasse a seduzi-la. Vivera para outra pessoa durante demasiado tempo e, por uma noite, queria viver para si própria. Para o prazer, para a emoção. Para aquilo.
Antonio observou-a de cima a baixo.
– Tens a certeza – murmurou.
– Sim – confirmou ela, engolindo em seco. – Sim, tenho a certeza.
– Ainda bem, porque eu também tenho.
Maisie tremia enquanto se ajoelhava por cima dela, segurando as suas ancas com as mãos. E, quando inclinou a cabeça, parou de pensar. Era como se tivesse acontecido um curto-circuito nos seus sentidos. Não conseguia pensar e mal era capaz de respirar. O toque da sua boca causara um incêndio dentro dela e sentia-se consumida.
Beijava-a no pescoço, tocando na clavícula com a língua, chupando e lambendo. Maisie experimentou um arrepio e arqueou-se para ele, impotente.
– O que tens vestido? – perguntou Antonio.
– O uniforme. É horrível, eu sei…
– Conseguirias excitar-me se usasses um saco de plástico – interrompeu ele, enquanto punha as mãos por baixo da t-shirt. – Mas gostaria de te ver sem nada.
Tirou-lhe a t-shirt e atirou-a para o chão com um sorriso atrevido que a teria feito rir-se se não se sentisse tão exposta. Teve de fazer um esforço para não se tapar com as mãos porque nunca ninguém a vira só com o sutiã. Ninguém.
– Não tens de te sentir envergonhada – tranquilizou-a Antonio, em voz baixa.
Maisie engoliu em seco. Não ia admitir que ninguém a vira assim antes. Que ele, um perfeito desconhecido, era o primeiro.
Sem parar de olhar para ela nos olhos, Antonio acariciou os seus seios por cima do sutiã, causando faíscas de sensações como foguetes dentro de ela. Embora tentasse esconder a sua reação, Antonio apercebeu-se e sorriu.
– Sabes como a reação de uma mulher é excitante para um homem?
– Mas tu continuas vestido! – protestou ela. Queria que continuasse a tocar nela e queria tocar nele, mas não sabia como fazê-lo.
– Isso tem remédio fácil – declarou ele, enquanto começava a desabotoar a camisa. – Ou talvez queiras fazê-lo por mim.
– Não, eu…
Antonio encolheu os ombros, olhando para ela com uma expressão brincalhona.
– São apenas uns botões.
Era mais do que alguns botões. Era aceitar a sua decisão temerária. Era ser mais atrevida do que alguma vez fora.
Lentamente, apoiou-se num cotovelo e começou a desabotoar a camisa branca com os dedos trémulos, inalando o cheiro limpo do seu aftershave e admirando o peito bronzeado, tentador e viril.
Ouviu-o a suster a respiração e percebeu que estava tão afetado como ela. Que ela o afetava. Antonio devia ter visto o seu ar surpreendido porque se riu suavemente.
– Já te tinha dito o que me fazes sentir, não foi? Agora, podes vê-lo por ti própria.
Quando desabotoou todos os botões, segurou-lhe a mão e pô-la por cima do seu coração, que batia tão acelerado como o dela.
Ficaram assim durante um bom bocado, como que suspensos no momento, ligados pela mão por cima do seu coração. Era tudo tão maravilhoso, tão intenso. Aquilo era tão íntimo… e não só porque não tinha a t-shirt. Esperara prazer, mas não aquele vínculo tão avassalador. Sentia uma ligação emocional inexplicável com aquele homem, que começara quando o vira tão triste, e aquela era a continuação natural.
Maisie abriu os dedos e acariciou os músculos tensos do seu peito, a pele acetinada, esperando… e, então, tudo mudou.
Foi como se se acendesse uma faísca, apanhando os dois de surpresa. Antonio puxou-a para si, duro e exigente, esmagando os seus seios enquanto procurava os seus lábios. E Maisie respondeu a esse pedido, passando-lhe os braços pelo pescoço, afundando os dedos no seu cabelo e entregando-se a ele por completo. Quando introduziu uma coxa poderosa entre as suas pernas, a sensação foi tão intensa que teve de morder o lábio. Ele retirou-se um pouco então, ofegando, para afastar a copa do sutiã com os dentes.
Maisie arqueou-se enquanto ele continuava a sua exploração erótica. Desabotoou o sutiã sem que ela se apercebesse e, de repente, estava nua da cintura para cima, sentindo um prazer desconhecido enquanto Antonio continuava a explorar o seu corpo com os lábios e as mãos.
As calças tiveram o mesmo destino do que a t-shirt e o sutiã e, um segundo depois, as cuecas. Sem saber como, estava nua e Antonio também estava. Olhou para a sua pele bronzeada à luz do candeeiro da secretária, para o peito largo, musculado e perfeito.
Maisie tremia. Mesmo naquele estado de atordoamento erótico, sabia que o passo que ia dar era enorme e irrevogável.
Antonio parou, apoiando os braços no sofá. A sua respiração era agitada e irregular.
– Tens a certeza? – perguntou, novamente. Ela assentiu, demasiado atormentada para falar. – Diz-me para continuar ou diz-me para parar.
Maisie respirou fundo.
– Sim – sussurrou, puxando a sua cabeça para o beijar. – Tenho a certeza.
Antonio não precisava de ser mais encorajado. Beijou-a na boca, apertando as suas ancas enquanto se aproximava e Maisie ficou tensa com a invasão repentina, questionando-se se ele saberia que nunca o fizera. A sua inexperiência seria evidente?
Antonio deixou escapar um gemido rouco enquanto a penetrava e Maisie tentou habituar-se à sensação. De modo que era aquilo de que tanto ouvira falar. Gostava um pouco mais dos jogos prévios, pensou.
– Maisie…
– Não faz mal.
Não queria que soubesse que era, ou fora, virgem até àquele momento. Que entregara a virgindade a um desconhecido que nunca mais voltaria a ver. Levantou as ancas, empurrando as suas costas e aceitando-o mais profundamente