Os meus três amores - Tal como sou. Rebecca Winters

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Os meus três amores - Tal como sou - Rebecca Winters Omnibus Bianca

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estava a fazer horas extras. Tentava acalmá-la, deixando-a dormir. Não tinha de ser tão atencioso. De qualquer modo, ela não mudaria de opinião.

      De repente, sentiu uma pontada de amor no coração. Dobrou-se e passou a mão pelo cabelo sedoso e castanho de Jolie. O que mais queria era fazer o que fosse melhor para Jolie e Cody e esperava que isso não significasse ter de os abandonar.

      Antes de se erguer, passou um dedo pela bochecha rosada de Cody. Acontecesse o que acontecesse, os gémeos eram inocentes.

      Ouviu um barulho na cozinha e dirigiu-se para lá.

      Ford estava de pé, com os braços apoiados na bancada de granito e a cabeça entre aqueles braços impressionantes. Atrás dele, pela janela, via-se a violência da tempestade, que igualava a sua luta interna.

      Era evidente que aquele era um momento íntimo.

      Rachel recuou para o deixar sozinho. Ele endireitou-se e bateu com o punho fechado na bancada, fazendo sangue nos nós dos dedos.

      Surpreendida, ela ficou onde estava. Aquele gesto mostrava que estava zangado e que sofria. Rachel perguntou-se se devia aproximar-se dele ou deixá-lo sozinho.

      Ele deitou um braço para trás para dar outro golpe.

      – Pára! – exclamou Rachel, agarrando-lhe no braço com as duas mãos.

      Não foi um movimento muito inteligente.

      Antes de dar por isso, Ford pusera-lhe um pé atrás do joelho e deitara-a no chão. Os seus olhos azuis olhavam para ela com ferocidade, o seu corpo cobria-a e pusera-lhe o antebraço na garganta.

      Aquele homem era muito perigoso.

      Naquele momento, Rachel devia ter sentido medo, mas não era exactamente esse o sentimento que fazia com que vários arrepios lhe percorressem o corpo.

      Ele pestanejou e relaxou o braço imediatamente.

      – Meu Deus! – exclamou, apoiando a testa na dela. – Lamento muito.

      – Desculpas aceites – replicou ela, que estava completamente quieta. – Já podes soltar-me.

      Ele não se mexeu.

      – Normalmente, controlo-me mais.

      – Fico contente por saber.

      – Não devias ter-me agarrado.

      – Não me esquecerei – Rachel tentou mexer a parte superior do seu corpo, mas ele continuou a aprisioná-la. O movimento fez com que os seus seios tocassem no peito dele. Os seus mamilos responderam ao contacto.

      O corpo de Ford também.

      Rachel ficou gelada. E olhou para ele na cara. Ele olhava para ela com desejo. Tinha os olhos cravados nos seus lábios. Ford começou a baixar a cabeça.

      O choro de um bebé quebrou a tensão do momento.

      Recordou-lhes que não estavam sozinhos. Como é que Rachel podia ter esquecido o que aquele homem estava a fazer ali? Empurrou-o até ele sair de cima dela.

      – Não voltes a fazer algo do género – avisou. Esticou a camisola, sacudiu o pó. Evitou olhar para ele nos olhos.

      Era evidente que ela sentia a atracção que havia entre ambos, via o desejo nos seus olhos. Em qualquer outro momento ou lugar, talvez tivesse tido uma aventura com ele. Mas, dada a situação, tinha muito a perder.

      Por muito tentada que estivesse.

      Ele obrigou-a a olhar para ele, invadindo o seu espaço. Abateu-se sobre ela, com o olhar cravado nos seus lábios, antes de o levantar até aos seus olhos.

      – Tens a minha palavra de que não voltarei a atacar-te.

      – Não me referia a isso – corrigiu ela, franzindo o sobrolho.

      Ele aproximou-se e pôs-lhe um caracol atrás da orelha.

      – É o máximo que posso garantir.

      Ela empurrou-o para ir ver os bebés. Como de costume, estavam acordados e com vontade de brincar. Para os manter ocupados enquanto se vestia, Rachel deixou imensos brinquedos no parque.

      Depois, fugiu para o seu quarto para lavar os dentes e vestir umas calças de ganga e uma t-shirt. Sentia-se confusa. Era um luxo poder arranjar-se sem ter de se despachar nem preocupar-se com os gémeos e, no entanto, sentia-se mal por estar a dedicar tempo a ela própria porque amava Jolie e Cody e eles dependiam completamente dela.

      A ajuda de Ford incomodava-a, mas, ao mesmo tempo, apreciava-a. Graças a ele podia ter alguns momentos de liberdade. Dormira toda a noite.

      De volta à sala, pôs uma manta na carpete, à frente da lareira, e deixou que os bebés gatinhassem livremente. Quando parecia que começavam a cansar-se, pegou num dos seus livros favoritos e pô-los ao seu lado no sofá. Passou a maior parte da hora seguinte a ler.

      Ford passou o tempo a vaguear pela sala. Rachel tentou não pensar nas suas mãos grandes a tocarem nela. Ouviu que as portas do aparador se abriam e se fechavam e imaginou que encontrara o pedaço que se partira. Ela não tivera tempo de o arranjar.

      Enquanto Rachel continuava a ler, ele foi buscar a caixa de ferramentas que estava ao lado do gerador.

      Quando acabou de ler as histórias, deixou as crianças sozinhas. Elas foram ver o que Ford estava a fazer. Rachel mexeu-se para os vigiar, para que não caíssem do sofá.

      A nova posição proporcionava-lhe uma vista privilegiada do rabo de Ford.

      Ford? Desde quando é que começara a pensar no inimigo pelo seu nome? Talvez desde que lhe demonstrara que não era o inimigo ao ajudá-la na neve, ao fazer-lhe o jantar e ao deixá-la dormir.

      Era evidente que era um bom tipo.

      Ou era muito inteligente e queria confundi-la. Já para não falar do facto de ele tocar nela sempre que tinha a oportunidade e de lhe dedicar olhares ardentes. A estratégia estava a funcionar.

      Rachel recordou-se que planeara manter a distância.

      – Não é preciso fazeres isso – replicou.

      Ele sentou-se, encolheu os ombros e continuou a olhar para a chave de fendas que tinha na mão.

      – Não me importo.

      – Não precisas de fazer nada por mim – insistiu ela, num tom frio.

      – Eu gosto de me manter ocupado – comentou ele, olhando para ela por cima do ombro. – Não acho que seja um crime aceitar um pouco de ajuda de vez em quando.

      – Quando se vive sozinha, a auto-suficiência é algo importante.

      – Fazer-se amigo dos vizinhos também.

      – «Baa da ja» – balbuciou Cody, cravando os pés numa almofada e levantando-se.

      –

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