Os meus três amores - Tal como sou. Rebecca Winters
Чтение книги онлайн.
Читать онлайн книгу Os meus três amores - Tal como sou - Rebecca Winters страница 12
Jolie levantou os braços para que Rachel pegasse nela ao colo. Ela deu um abraço à menina e descobriu que precisava urgentemente de mudar a fralda.
Passaram a hora seguinte a resolver esse problema, a dar de jantar às crianças e a prepará-las para irem para a cama.
– Só há um quarto. Que é onde está o berço – explicou Rachel. Depois, apontou para o sofá azul. – Tu podes dormir no sofá. Vou buscar alguns lençóis.
– Está bem – concordou ele, olhando para as almofadas, hesitante. E com razão, ele era muito maior do que o sofá.
Rachel deixou-o a tratar da logística e foi buscar a roupa de cama.
Quando voltou para a sala, as crianças estavam a brincar no parque e Sullivan abrira o depósito de lenha e estava a encher a cesta que havia ao lado da lareira, na qual ardia um bom fogo.
As luzes da cozinha estavam apagadas e ele acendera velas que faziam com que o ambiente da sala fosse acolhedor.
A cena cheirava a tranquilidade doméstica. Demasiado caseira para Rachel, que não gostou do ambiente. Porque, no fundo, gostava demasiado daquilo. Sullivan era um estranho, um intruso. Não deviam sentir-se bem juntos.
Era a hora de uma retirada estratégica.
– Aqui tens – ofereceu Rachel, deixando a roupa de cama ao lado do sofá. Já era um rapaz grande, podia fazer a cama sozinho. – Estou cansada e é hora de as crianças irem para a cama. Vamos dormir.
Ele fechou a porta do depósito de lenha e limpou o pó das mãos.
– Obrigado. Achas que a tempestade durará muito tempo?
– É difícil de saber – será que aquela pergunta significava que ele se sentia tão incomodado como ela? – Supostamente, não ia nevar. Pensava que só ia chover durante os próximos dias.
– Quanto tempo demoram a limpar as estradas depois de uma tempestade como esta?
– Porquê? De repente, tens de ir a algum lado?
– Para além de ir para casa com os gémeos? Não – passou uma mão pelo cabelo. – Estava a pensar no combustível que temos.
– Está bem. Terei de desligar o gerador. O aquecimento é a gás propano, não teremos problema com isso.
– E também há muita madeira.
Divertida, Rachel levou as mãos às ancas.
– Ninguém diria que és o Senhor Califórnia.
Ele dirigiu-se para o sofá e começou a fazer a cama.
– Na Califórnia também neva, no caso de não saberes – declarou ele, afastando as almofadas com os seus braços poderosos.
Mantendo a distância porque se sentia tentada a testar a dureza daqueles músculos, Rachel demorou um segundo a processar o que Sullivan acabara de dizer.
Distraíra-a. Não costumava ter estranhos em casa, muito menos homens altos e musculados que a faziam baixar a guarda.
– E quanto tempo dura? Um dia e meio? – ela riu-se finalmente. – Por favor. O frigorífico desligar-se-á com o gerador, vou pôr um pouco de neve em sacos para manter as coisas frias.
– Está bem. Vai buscar a neve. Eu trato do gerador.
Surpreendida e contente por ele aceitar a sua opinião, Rachel agarrou numa lanterna e dirigiu-se para o armário para ir buscar sacos de plástico.
Aquele homem era um mistério. Tal como o modo como a fazia sentir.
Como não queria pensar mais naquilo, apressou-se a encher os sacos de neve que apanhou da porta traseira e pô-los estrategicamente no frigorífico.
Ao voltar para a sala, viu como Sullivan tirava o casaco e o punha na cabeceira. Depois, tirou os sapatos e pô-los ao lado do casaco. Finalmente, apontou com a cabeça para o parque.
– Aqueles dois estão fora de combate.
Rachel olhou para os gémeos. Cody e Jolie estavam outra vez a dormir e abraçados. Pareciam muito tranquilos.
– Oh… Eu não gosto de os incomodar. Sei por experiência que, se os acordar ao pô-los no berço, vai ser difícil voltar a adormecê-los.
– Deixa-os dormir. Eu estarei aqui se acordarem.
– Não sei se é uma boa ideia – não, dar o controlo àquele homem não era boa ideia. E se levasse os gémeos durante a noite?
Ele devia ter sentido a sua agitação, porque levantou a mão direita como se estivesse a fazer um juramento e declarou:
– Prometo-te que estão a salvo comigo. Vá lá, Rachel, todos precisamos de dormir.
– Está bem, mas deixarei a minha porta aberta para os ouvir.
– Não me vou embora com eles, Rachel.
– Desculpa-me por ser precavida. Acabei de te conhecer. Podes dizer uma coisa e fazer outra.
– Não, sou um homem de palavra. O meu comandante já te disse isso, lembras-te? – perguntou ele. Pela sua expressão, não gostava que duvidassem dele.
Será que se importava com o que ele pensava da sua pessoa?
Um calafrio percorreu-lhe as costas.
– Ah, sim. Um homem de palavra. Tinha-me esquecido – brincou Rachel, virando-lhe as costas e esquecendo a sensação estimulante.
Ao chegar à porta do seu quarto, virou-se para olhar para ele, mas esqueceu-se do que ia dizer.
Sullivan estava a dobrar a sua t-shirt, com o peito nu. Era incrível. Uma camada fina de pêlos cobria o seu peito e descia até à cintura das calças de ganga.
Quando levou as mãos à braguilha, Rachel deu um grito abafado e respirou fundo.
– Boa noite! – despediu-se, dando meia volta e entrando no quarto.
Se sabia algo era que estava em perigo de o desejar loucamente.
Quando Rachel acordou, o quarto estava às escuras e cheirava a café. Dadas as circunstâncias, tivera medo de não conseguir dormir, mas a última coisa em que pensava era em trabalhar no livro.
Há alguns meses um editor, apaixonado pelos seus artigos a respeito dos animais, pedira-lhe para escrever um livro sobre o mesmo assunto.
Isso fora antes de lhe telefonarem para dizer que era a tutora das crianças.
Viu as horas, eram oito e meia, e levantou-se da cama. Nunca dormia tanto. Nem as crianças.
Passou os dedos pelo cabelo e foi para a sala, vestindo a camisola e as meias. Encontrou os bebés onde os deixara