Uma esposa para o príncipe. Maya Blake

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Uma esposa para o príncipe - Maya Blake Sabrina

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atrás deles.

      Gelada, imóvel, estava certa de que o fumo artificial e as luzes da discoteca eram responsáveis pela sua imaginação ao fazê-la ver uma criatura tão magnífica assim à sua frente.

      Mas não, era de carne e osso. E, a julgar pela autoridade com que se movia, e os guarda-costas que formaram uma barreira semicircular ao seu redor, tinha sangue real.

      Havia algo de vagamente familiar nele, embora estivesse certa de nunca ter visto aquela mandíbula quadrada, aquelas maçãs do rosto altas e lábios tão sensuais. Uns olhos como prata derretida brilhavam sob umas sobrancelhas arqueadas enquanto abria caminho entre as pessoas.

      Quando se aproximou, Maddie pensou que deveria afastar o olhar, não por vergonha ou incómodo, mas por instinto de sobrevivência. O desconhecido irradiava um estranho poder que a levava a afastar-se da sua órbita antes que ele a engolisse inteira. E, no entanto, não conseguia mover-se. Não conseguia deixar de olhar para o homem que se movia como um felino à caça. Totalmente magnético, hipnótico.

      Quando se aproximou dela, o seu aroma, tão poderoso quanto o próprio homem, invadiu-lhe os sentidos. Cheirava a gelo e a terra, algo tão especial, tão único que poderia ter ficado ali a respirar durante uma eternidade.

      – Onde está? – perguntou-lhe.

      O seu tom altivo provocou-lhe um calafrio. Tinham baixado o volume da música e ouviu a sua voz profunda, com um toque de pronúncia. E soube que quando aquele homem falava não era em vão.

      – A quem se refere?

      – Ao homem com quem veio.

      Jules apareceu então.

      – Que fazes aqui? – perguntou-lhe, num tom de raiva, pânico e desafio.

      E Maddie deu-se conta então de que o recém-chegado a conhecia, sabia que estava com Jules.

      – Que achavas que ia acontecer quando te recusasses a responder aos nossos telefonemas? – atirou-lhe o desconhecido num tom gélido. – Pensavas que não iríamos intervir?

      – Tu não…

      – Não vou ter esta conversa aqui, enquanto tu estás nesse estado. Vai ao meu hotel amanhã de manhã, e então falaremos.

      Cada frase era uma ordem que não admitia desacordo ou desobediência.

      Jules endireitou as costas, olhando-o com ar de desafio.

      – Pas possible. Tenho planos para amanhã.

      O homem fulminou-o com o olhar.

      – Segundo o teu assistente, a única coisa que tens para fazer é dormir para curares a ressaca. Espero-te na minha suíte às nove em ponto. Está claro?

      Olharam-se durante uns segundos, em silêncio, e por fim Jules assentiu sob o olhar implacável daquele homem. O desconhecido virou a cabeça para ela e olhou-a de alto a baixo, desde o laço solto às sandálias de salto. O seu olhar parecia queimá-la e Maddie queria retroceder, afastar-se, mas havia algo de estranhamente hipnótico nos seus olhos que a mantinha imóvel.

      – Viens, mon amour, vamos para casa – disse Jules então, dando-lhe o braço.

      Maddie fez uma careta. Nunca a tinha chamado assim, nem nunca a tinha convidado para a sua casa. Em geral, quando saíam de algum clube ou restaurante, e os paparazzi perdiam interesse por eles, um dos seus guarda-costas metia-a num táxi.

      – São duas da manhã e já bebeste o suficiente – disse o desconhecido. – Vai dormir. Eu encarregar-me-ei de que a menina Myers chegue a casa sã e salva.

      – Achas que não vai para a minha casa – protestou Jules, com um brilho de raiva nos olhos. – Achas que não é minha noiva.

      – E é? – perguntou o homem, cravando nela os seus olhos cinzentos.

      – Essa não é a questão – respondeu Jules antes que Maddie pudesse dizer uma palavra.

      – Ou é ou não é, responde à pergunta.

      – Não vivemos juntos – disse Maddie por fim.

      Jules apertou os dentes, mas ela não ligou. Se queria dar a impressão de que a sua relação era mais séria deveria ter-lhe dito. Sentia-se incomodada com o subterfúgio e aquilo era demasiado.

      – Vai para o hotel, Jules – ordenou-lhe o desconhecido, olhando para a mão que tinha posto no seu braço.

      Jules murmurou um palavrão em francês e depois, de repente, envolveu-a nos seus braços e apoderou-se dos seus lábios.

      O beijo terminou nuns segundos, mas o surpreendente encontro deixou Maddie atónita e furiosa. Viu Jules sair da discoteca sem olhar para trás e teve de conter o desejo de passar o dorso da mão pela boca para apagar a impressão de tão desagradável carícia.

      Sabia que a tinha beijado para chatear o homem dominante que estava à frente dela. E sabia também que, apesar do desejo de apagar todos os sinais do beijo, que essa revelação poderia custar-lhe cara.

      – Anda – disse ele abruptamente. Depois, como Jules, deu meia volta.

      Maddie abanou a cabeça, perplexa. Não tinha a menor intenção de seguir aquele arrogante e atraente desconhecido. Só queria voltar para o apartamento que partilhava com o seu pai, para a segurança e o incómodo da sua diminuta cama.

      O cochichar geral e os telemóveis que apontavam na sua direção, fizeram com que se apressasse. Ainda não sabia o que ocorrera uns minutos antes, mas não pensava ficar ali a suportar os olhares de todos.

      Falaria com Jules de manhã, pensou. Por agora, o mais importante era comprovar que o pai aguentaria mais um dia sem sucumbir ao vício que destroçara não só a vida dele, mas também a dela.

      Tentando não pensar na sua triste vida, Maddie deu meia volta… e deparou-se com uma parede de músculo.

      – Menina? Venha comigo, se faz favor.

      Era um dos guarda-costas. O desconhecido tinha deixado para trás um segurança de forma a garantir que obedeceria às suas ordens.

      Tinha de tomar uma decisão. Ficar ali e lutar com um monte de idiotas ou sair da discoteca e lutar com um desconhecido que, por alguma razão, a assustava e excitava ao mesmo tempo.

      – Santo Deus, viste-o bem? – escutou uma voz feminina.

      – É como um deus, lindo de morrer.

      – Mas quem é ele?

      Maddie deu um passo em frente, convencida de que o guarda-costas era capaz de a carregar ao ombro se hesitasse.

      Quando saiu à rua e viu a brilhante limusina estacionada à porta sentiu um calafrio. E não tinha nada a ver com o fresco ar de março.

      A luz do interior estava apagada e Maddie só viu umas pernas masculinas e uns sapatos de pele.

      – Entre, menina Myers – a ordem era seca e impaciente, mas ela olhou em

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