Apenas negócios? - O segredo de alex. Maureen Child
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– Em que posso ajudá-la? – perguntou-lhe a rececionista.
– Um momento, por favor – murmurou Emma, olhando para o seguinte quadro.
Era um Adrian Brewer pintado a finais do século xx, um campo de campainhas azuis que parecia perder-se no interminável horizonte do Texas. Alguém naquele escritório tinha bom olho para a arte, pensou. Quem seria?
– Tem hora marcada? – insistiu a jovem da receção.
– Creio que veio para me ver – respondeu uma voz masculina.
Nathan acabava de aparecer no vestíbulo e Emma sentiu arrepios nas costas.
Que fácil seria apoiar-se nele, e deixar que os seus beijos a fizessem esquecer tudo o resto.
Mas não o ia fazer.
– Sempre pensei que Julian Onderdonk era o mestre das campainhas azuis – disse por fim, surpreendida ao notar que sua voz soava firme. – Mas depois de ver a interpretação de Brewer, talvez tenha mudado de opinião.
– Eu não sei nada sobre isso – disse ele com um tom impaciente. – Comprámo-los porque nos pareceram um bom investimento.
Emma olhou para o seu perfil. Apesar da sua expressão séria detetava um esboço de sorriso… que desapareceu quando voltou a olhar para ela.
Agarrando-a pelo braço, Nathan levou-a pelo corredor, passando por diante da receção. Emma não podia concentrar-se em mais nada além do calor da sua mão. Evidentemente, ir ali tinha sido um erro.
Por fim, chegaram a um enorme escritório e Nathan soltou-a para sentar-se em frente à secretária. Havia mais quadros nas paredes de artistas que ela não conhecia e mais meia dúzia apoiados numa mesa, como se não tivesse havido tempo para os pendurar. Sentia curiosidade, mas mais ainda pelo dono desses quadros.
Nathan estava em frente à janela, com as mãos nas costas, admirando a panorâmica da cidade de Houston. Os seus ombros largos eram impressionantes sob um fato cinzento-escuro quase a combinar com os seus olhos e a luz do sol fazia reflexos claros no seu cabelo castanho.
– A que devo o prazer da tua visita?
– Vim buscar os meus brincos.
– Estão na minha casa, não aqui. Mas podemos ir buscá-los.
Estar sozinha com ele na sua casa só levaria a uma coisa.
– Não faz falta – disse Emma. – Porque não mos trazes amanhã? Posso vir buscá-los.
– Que tal se jantarmos juntos esta noite?
Jantar com ele era, evidentemente, um prelúdio à sedução.
– Que tal se tomamos o pequeno-almoço amanhã?
Pela primeira vez desde que entrou no escritório, Nathan virou-se para olhar para ela.
– Mas se começamos por jantar juntos esta noite, tomar o pequeno-almoço juntos amanhã seria inevitável.
– Já tenho planos para jantar – disse Emma, tentando não se deixar fascinar pelo seu atraente rosto. – Que tal se nos vemos amanhã às dez, depois da minha aula de ioga? No café Carlhey’s.
– Da última vez que combinámos tomar o pequeno-almoço deixaste-me pendurado.
Emma duvidava que alguma vez o tivessem deixado pendurado. Cody tinha-lhe contado suficientes histórias sobre o seu amigo, o Don Juan, para saber que saía com muitas mulheres e que ele decidia quanto durava a relação, não ao contrário.
Sabia isso três semanas atrás, quando se foi embora da festa de passagem de ano, e não pensava esperar que Nathan se cansasse dela como se cansava das outras.
– Lamento. Tive de voltar para Houston com urgência.
– E porque é que não me ligaste para avisar?
– Porque sei que tu não aceitas um não como resposta – respondeu ela.
– Mas isso não parece evitar que tu me digas que não.
Emma teve de apertar os lábios para não lhe dizer a verdade, que depois de fazerem amor no seu apartamento se tinha sentido consumida pelo irracional desejo de ver onde a levava uma relação com ele. Estava quase a retribuir as chamadas quando a intromissão do seu pai a tinha salvado de cometer um erro.
– Até há três semanas não me tinhas dado a oportunidade de o fazer – disse. E lamentou logo tê-lo feito.
– Não sabia que estivesses interessada – murmurou Nathan, dando um passo na sua direção.
– Não estou – replicou Emma, dando um passo atrás.
– Não?
O seu pulso acelerou-se quando chocou contra a parede e afastou o cabelo da cara num gesto de frustração.
– Olha, o que se passou na noite da festa do Grant foi muito agradável…
– Agradável?
– Fechei desse modo um capítulo da minha vida.
Nathan pôs uma mão na parede, sobre a sua cabeça.
– Que capítulo?
– Queria saber… como seria estar contigo – confessou Emma. – Agora já sei…
– Vamos ver se eu entendo: sentias curiosidade por saber como seria o sexo comigo e agora que já sabes já não te interessa? – interrompeu-a Nathan.
– Não, bem…
– O problema é que eu continuo interessado.
O brilho dos seus olhos era tão tentador que Emma, sem pensar, alçou uma mão para pô-la sobre o casaco…
Mas nesse momento uma morena entrou no escritório.
– Espero que estejas livre para almoçar, Nathan.
Emma afastou a mão e ele deu um passo atrás, esticando a gravata.
– O que fazes aqui, Gabrielle?
– Passei a manhã toda a sonhar com o creme de caranguejo do Rolando’s – a morena colocou a sua mala sobre a secretária e tirou um espelho, como se estivessem sozinhos no escritório.
Emma engoliu em seco. Tinha sido uma tola ao pensar, nem que fosse só durante um segundo, que ela era a única mulher em quem Nathan estava interessado.
Ele olhou para Gabrielle e depois para ela, como se as estivesse a comparar. A quem escolheria? A rapariga tensa e pálida com um simples vestido bege ou a elegante morena com saia travada, top de gola halter e sandálias de Manolo Blahnik?