Apenas negócios? - O segredo de alex. Maureen Child

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Apenas negócios? - O segredo de alex - Maureen Child OMNIBUS DESEJO

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empresa em vez de continuar a comprar pequenas companhias tinha sido recebida com ceticismo.

      – Não estou enganado, Max.

      Tinha sido um tolo ao deixar que o seu pai o convencesse a trabalhar com os seus meios-irmãos. Brandon Case parecia pensar que Sebastian e Max precisavam dele, mas não era certo. Só precisavam um do outro e das suas estratégias seguras.

      – Tu gostas de riscos – disse Max então. – Nós não.

      – Gosto dos riscos depois de uma calculada análise.

      O seu irmão suspirou.

      – Isso era o que fazias nas mesas de póquer? Calculadas análises?

      Nathan odiava que alguém reduzisse o seu êxito a um cúmulo de circunstâncias fortuitas, mas não pensava gabar-se de nada. Ia demonstrar aos seus meios-irmãos quão enganados estavam por o subestimarem.

      – Não vais conseguir esse acordo com Silas Montgomery – disse Max. – E isso leva-me à razão pela qual te telefonei: Lucas Smythe está disposto a reunir-se connosco.

      Essa notícia enfureceu Nathan. Sebastian e Max estavam há uns anos a desejar uma fusão com a empresa Smythe. Comprar esse negócio familiar diversificaria a carteira de investimentos de Case e era o passo perfeito para os seus meios-irmãos, que odiavam o perigo.

      – Porquê agora precisamente? Há um ano recusou a nossa proposta.

      – Não mo disse e não importa. Tanto eu como o Sebastian gostamos da empresa de Lucas e não há um grande risco.

      Nem uma grande recompensa.

      – Só preciso de seis semanas para assinar o acordo com Silas – disse Nathan. – Se me derem esse tempo, posso fazê-lo.

      – Isto não tem nada a ver contigo, Nat, estamos a falar do que é melhor para a empresa. Deixa de te portares como um lobo solitário e demonstra-nos que podes pôr o interesse da empresa por cima do teu ego.

      – Isso é o que estou a fazer.

      A injustiça dessa crítica incomodava-o sobremaneira porque ele sempre tinha sido o estranho, o que ficava de fora. E a longa aventura da sua mãe com Brandon Case tinha-lhe roubado uma vida familiar normal.

      Depois da morte da sua mãe, quando ele tinha doze anos, tinha ido viver com a família do seu pai, mas nem a mulher de Brandon nem os seus meios-irmãos se tinham mostrado felizes por partilharem casa com a prova viva da infidelidade do seu pai.

      Sebastian e Max tinham apenas treze meses de diferença e eram como unha e carne, de modo que o tinham deixado totalmente de fora.

      – Não é fácil portar-se como parte de uma equipa quando sempre me trataram como se fosse a concorrência.

      Um longo silêncio seguiu-se a essa frase e quando Max falou de novo parecia mais frio do que nunca:

      – Vemo-nos no escritório.

      – Sim, claro.

      – Vou ligar ao Sebastian para que vá ao escritório esta tarde, assim poderás contar-nos como foi a tua reunião com Silas Montgomery.

      Sem esperar resposta, Max cortou a comunicação e Nathan murmurou um rol de asneiras enquanto inseria um CD no leitor. Os últimos seis meses tinham sido um inferno, mas seguramente não teria aguentado tanto se não gostasse dos desafios.

      Então, de repente, na sua mente apareceu a imagem de Emma com a tanga preta na noite da festa de Grant. A pele dela era como seda ardente sob os seus dedos enquanto lha tirava. Era exatamente o tipo de mulher de que ele gostava: sofisticada, sexy, apaixonada…

      A primeira vez que a viu tinha dezasseis anos e a diferença de quatro anos entre eles deveria ter feito com que não olhasse para ela, mas Emma tinha-o perseguido.

      Uma criatura atraente, muito atrevida, que pintava os lábios de vermelho para chamar a sua atenção, pestanejava o tempo todo e aproveitava todas as ocasiões para usar biquíni.

      Divertido com as suas brincadeiras, Nathan tinha deixado que praticasse a sua recém-descoberta feminilidade com ele… mantendo as distâncias, obviamente.

      Mas Emma ganhara coragem.

      Uma tarde, com uma saia curtíssima e uns sapatos de salto alto, tinha passado ao seu lado na cozinha, tentando excitá-lo com as suas exibições.

      Se soubesse qual era a sua intenção, teria saído a correr, mas jamais lhe ocorreu que o pudesse empurrar contra a parede para apertar a sua boca contra a dele. Nathan olhou para aquelas longas pestanas pintando meias luas de ébano sobre as suas faces e sentiu a tentação de dar-lhe uma lição sobre os perigos de seduzir homens mais velhos do que ela. Mas era a irmã de Cody, de modo que a tinha recusado sem nenhuma elegância, dizendo-lhe que fosse lavar a cara antes de ele dar a volta.

      Doze anos depois, Emma já não era a fruta proibida.

      Três semanas antes tinha-a provado pela primeira vez e agora estava faminto dela.

      Deixando escapar um impaciente suspiro, Nathan afastou da sua mente tão provocantes imagens e concentrou-se no problema que devia solucionar: convencer Emma para que se casasse com ele.

      Porque não poderia assinar o acordo com Silas Montgomery e assumir o controlo de Investimentos Case a menos que o fizesse.

      Capítulo Três

      Emma estava sentada no meio do seu closet, rodeada de cabides e sacos do lixo cheios de roupa de marca, a lutar contra uma avassaladora sensação de angústia. Tinha de conseguir trinta e cinco mil dólares em cinco semanas e não sabia como fazê-lo.

      Então tocou o seu telemóvel.

      – Estou a ligar para te convidar para jantar – disse Addison. – O Paul vai levar os miúdos ao basebol esta noite, portanto tenho umas horas livres.

      Emma imaginou a sua melhor amiga sentada no seu elegante escritório, a rever os detalhes do evento que estivera a organizar. Durante os últimos cinco anos, Addison tinha criado uma empresa de organização de eventos na qual trabalhava muitas horas, marcando objetivos e conseguindo-os todos. Com uma ética profissional admirável e grande determinação, era a inspiração de Emma e, ao mesmo tempo, fazia-a sentir-se culpada por não trabalhar mais.

      – Não sei se posso – disse-lhe, quando o que na verdade queria dizer era que não tinha dinheiro para pagar um jantar. Graças ao seu pai, tinha passado de gastar dinheiro às mãos cheias a contá-lo como uma tacanha. A mudança era enorme, mas devia reconhecer que tinha sido uma boa lição. – Estou a olhar para o meu armário para ver o que posso vender.

      – Estás a chorar?

      Emma passou uma mão pela cara.

      – Não.

      – A mim parece-me que sim. Porque não me deixas emprestar-te dinheiro, querida?

      – O Paul e tu não podem emprestar-me dinheiro. E mesmo que pudessem não aceitaria, necessito de

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