Esperanças ocultas - Amores e mentiras. Heidi Rice

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Esperanças ocultas - Amores e mentiras - Heidi Rice OMNIBUS DESEJO

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perguntou-se se seria uma fã. Esperava que não.

      – O que é assim tão importante? Não tenho muito tempo, querida.

      Ela fulminou-o com aqueles olhos que não eram verdes nem azuis e Mac teve que dissimular um sorriso.

      – Não seja condescendente, senhor Brody.

      – Agradecia-lhe muito que não dissesse o meu nome em voz alta. Não quero que ninguém repare em mim.

      Bonita ou não, aquela rapariga começava a ser uma chata.

      Mac olhou em volta para verificar que ninguém reparava neles e deparou-se com a pessoa que menos queria ver. Pete Danners, o seu maior inimigo, o paparazzo que o tinha perseguido como um rottweiler três anos antes.

      – Maldição! – Mac atirou para o chão a mala de viagem para se ocultar atrás de uma coluna.

      – Pode-se saber que...?

      – Não se mexa – interrompeu-a ele. – Se esse homem me vê, esta viagem será uma catástrofe.

      Juno ficou tão surpreendida que quase se esqueceu de respirar.

      Que se estava a passar?

      Um segundo antes, estava a olhar para os olhos azuis de Cormac Brody e a pensar que era muito mais bonito em pessoa do que nas fotos e, de repente, ele empurrava-a contra uma coluna. Estavam tão apertados um contra o outro que conseguia sentir a fivela do seu cinto a furar-lhe o estômago.

      – O que está a fazer’

      Não estava assim tão perto de um homem há uns seis anos e deveria começar a gritar. Mas, além da surpresa, sentia um calor pouco familiar, um formigueiro estranho.

      – Foi-se embora, graças a Deus – disse, então. – Devo-lhe uma, minha linda.

      – Não consigo respirar...

      Mac tirou o boné e cravou nela os seus olhões azuis.

      – Que se passa? – perguntou-lhe Juno, mas não conseguia dizê-lo em voz alta.

      – Acalme-se, querida – disse ele, pondo-lhe uma mão no pescoço. Juno tentou dizer algo, o que fosse, mas só lhe saiu um gemido. – Que tal tentarmos isto?

      Então, de repente, inclinou a cabeça para beijá-la. E assim que aqueles lábios roçaram os seus, a pulsação de Juno enlouqueceu.

      Devia empurrá-lo mas, sem dar por isso, abriu os lábios e ele aproveitou para deslizar a língua para dentro da sua boca. E essa invasão despoletou um rio de lava entre as suas pernas, um formigueiro que nunca tinha sentido.

      As suas línguas travavam um duelo, enquanto ele metia uma mão sob a t-shirt para acariciar-lhe as costelas... mas quando se apertou mais contra ela e sentiu o duro membro masculino a roçar o seu ventre, Juno afastou-se, assustada.

      – Ena, isto foi uma surpresa – murmurou ele, com um sorriso nos lábios. – Mas será melhor pararmos antes que percamos o controlo.

      Juno olhou para ele, espantada.

      Que tinha feito? Depois de seis anos de celibato, beijara um completo estranho no aeroporto de Heathrow. Um estranho de que nem sequer gostava.

      – Poderia afastar a mão? – urgiu, envergonhada, ao reparar que continuava a acariciá-la.

      – Que tal procurarmos um sítio para continuarmos isto em privado?

      Juno endireitou a camisa com as mãos a tremer, sentindo as faces a arder. Pensaria que era uma prostituta ou coisa parecida?

      – Passa-se alguma coisa? – perguntou-lhe ele, olhando-a com surpresa.

      «Claro que se passa algo, uma ninfomaníaca acaba de apoderar-se do meu corpo»

      – Não se passa nada.

      – De certeza? Está a agir de um modo algo estranho.

      «Nem imaginas».

      – Tenho que ir-me embora.

      E era verdade. Tinha que afastar-se daqueles olhos azuis e daquele rosto tão atraente antes que se transformasse numa ninfomaníaca.

      Mas ele segurou-lhe o pulso.

      – Espere aí um instantinho.

      – Não, a sério, tenho que ir-me.

      – Não se beija um homem assim para depois deixá-lo plantado. Além disso, não tinha algo importantíssimo para me dizer?

      O convite de casamento.

      Como podia ter-se esquecido do casamento de Daisy?

      – Largue-me a mão – disse-lhe. Tenho algo para si.

      – Sim, isso já eu sei – brincou ele.

      Juno sentiu as faces arderem ainda mais. Maldito fosse. Por que a afetava daquele modo?

      – É um convite para o casamento do seu irmão – insistiu Juno. Celebrar-se-á em Nice e ...

      O sorriso de Mac Brody desapareceu.

      – De que está a falar?

      – É da parte da minha amiga Daisy, a noiva do seu irmão – insistiu Juno, dando-lhe o envelope.

      Pareceu-lhe ver um brilho estranho nos olhos, mas desapareceu em seguida, portanto não podia ter a certeza.

      – Eu não tenho nenhum irmão – disse ele, amarrotando o envelope.

      – Claro que tem – replicou Juno, perguntando-se que raio teria acontecido entre ele e Connor.

      Tinha prometido a si mesma que não suplicaria mas depois do que se tinha passado, suplicar-lhe já não lhe parecia assim tão horrível.

      – Por favor, tem que ir ao casamento. É muito importante.

      – Para mim, não é, por isso pode dizer à sua amiga que não estou interessado.

      – Como pode ser tão indiferente?

      – E que tem a ver com isso?

      – Já lhe disse que Daisy é minha amiga, a minha melhor amiga.

      – Ah, claro. E o beijo foi ideia sua ou da sua amiga?

      – Você sabe perfeitamente que o beijo foi coisa sua!

      – Ah, sim?

      – Sabe uma coisa, senhor Brody? O facto de ser rico e famoso não lhe dá o direito de tratar a sua família como se fosse lixo. Daisy e Connor são duas pessoas maravilhosas e merecem alguém melhor do que o senhor. Francamente, não sei por que querem que vá ao casamento.

      De

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