Amor italiano - Mistérios do deserto. Jennie Adams

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Amor italiano - Mistérios do deserto - Jennie Adams Omnibus Bianca

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Discutiste com os teus pais? – perguntou ele, que parecia realmente preocupado.

      – Já chegámos. Acabemos com isto – disse Bella, saindo do carro e ignorando aquela pergunta. Não queria falar com ele sobre a sua vida privada.

      Ao dirigir-se para a porta da grande mansão, Bella começou a ficar muito nervosa.

      – É a tua armadura, para quando estás assustada – disse Luc. – Como não me tinha dado conta antes? Levantas o queixo, para fazeres os outros pensarem que não precisas de ninguém, mas é só uma farsa para esconder as tuas inseguranças.

      – Quero ter sucesso. É só isso.

      Bella odiava que ele conseguisse ver o que o resto do mundo nunca vira.

      – Boa noite. Posso ficar com os vossos pertences? – perguntou-lhes um homem elegantemente vestido ao recebê-los à porta.

      Conduziram-nos para um luxuoso salão de baile, onde havia um grande grupo de pessoas elegantes. Bella começou a sentir-se invadida pelo pânico.

      – Espera…

      – São só pessoas. Vai correr tudo bem – disse Luc, animando-a com o olhar.

      Agarrou-a pelos ombros e entrou na sala, sussurrando-lhe algo ao ouvido que ela mal compreendeu, já que estava muito atenta a quão perto estava dele.

      – Vejamos como convences todas aquelas mulheres a quererem usar os teus vestidos.

      Bella levantou o queixo e fez o possível para controlar os nervos.

      – Estou mais do que disposta a cativar a atenção das mulheres da sala, a fazer com que se interessem pelos meus vestidos – disse Bella, com toda a força que conseguiu. – Quero resolver as coisas o mais depressa possível, para assim não ter de voltar a ver-te!

      Luc simplesmente sorriu daquela maneira tão devastadora que fazia com que ela quisesse esbofeteá-lo ou desatar a correr. Talvez ambas.

      – Então, vamos relacionar-nos com as pessoas – disse ele. – Vamos?

      – Parece que estás a causar uma boa impressão entre os convidados.

      Desde o início da noite, Luc mantivera Bella ao seu lado para a vigiar, para se certificar de que fazia todos os possíveis para atrair o interesse dos seus vestidos. Mas o problema era que ela atraía também o seu interesse. Não podia negar o efeito que Arabella Gable causava nele.

      – Para o teu bem, espero que essa boa impressão faça com que vendas depressa os vestidos.

      – Eu também espero. Como já te disse, afastar-me-ei de ti assim que for possível, Luchino.

      – Mas ainda não podes afastar-te de mim, porque precisas de mim para conseguires entrar em eventos sociais como este.

      Luc observou como a frustração se apoderou dela e uma parte dele queria que ela perdesse o controlo, que todos os seus sentimentos explodissem…

      Anunciaram que o jantar estava pronto. Luc começou a procurar os seus lugares, estimulado pela proximidade de Bella. Quando se sentaram, ela falou e brilhou entre os outros convidados. Luc esteve atento a cada palavra que ela dizia e a cada sorriso que esboçava… a toda a gente, menos a ele.

      Perguntou-se se beijando-a, se saboreando os seus lábios, faria com que desaparecesse o interesse que tinha nela.

      – Vamos dançar – disse ele, quando o baile começou. – Uma mulher atraente a dançar com um vestido bonito… O que pode chamar mais a atenção do que isso? Consegues vender o teu nome e a tua mercadoria desta maneira, Arabella?

      – Consigo fazer o que tiver de fazer – disse ela, enquanto começava a valsa.

      Começaram a dançar e os seus corpos mexiam-se em perfeita harmonia. Parecia que ela pertencia aos seus braços… Juntaram-se-lhes outros casais, mas Luc só via Bella e sentiu que ela só o via a ele. Naquele momento, ele soube que queria levá-la para a cama e passar uma noite de paixão com ela…

      – A música acabou. A noite acabou – disse, agarrando-lhe na mão e tirando-a da pista de dança.

      – Luc? – perguntou Bella, tentando libertar-se. – O… o que estás a fazer? Podia dançar com outras pessoas, relacionar-me com elas…

      – Esta noite, não – disse ele, sem a largar. – Tu e eu temos negócios para resolver de uma vez por todas.

      Aquilo até pareceu racional, mas, quando se despediram dos anfitriões e o homem beijou a mão de Arabella, Luc deu um passo em frente em sinal de advertência.

      – Bom, boa noite e obrigado por ter vindo – disse o anfitrião, inclinando-se para atrás.

      Luc murmurou algo e indicou o caminho a Bella, pondo-lhe uma mão nas costas.

      O ar frio da noite não foi capaz de sufocar o desejo que queimava Luc por dentro.

      – Luc? Não tenho a certeza do que estás a pensar, mas parece-me que não podemos seguir em frente com isto…

      Quando chegaram ao carro, ele encurralou-a contra este, sem lhe tocar, mas muito, muito perto.

      – Desejas-me. Posso vê-lo nos teus olhos.

      – O que te faz pensar isso? Eu não disse nada.

      – Isto é o que me faz pensá-lo, Arabella – disse, beijando-a. Com aquele beijo responderia à sua pergunta e, depois, esqueceria para sempre o seu desejo por ela.

      Mas os lábios dela eram suaves e respondiam. Tinham o sabor de algo que ele não se apercebera que desejava. Mas, naquele momento, percebia. Bella emitiu um grito abafado pela comoção e ele aproveitou a oportunidade para a saborear ainda mais. Agarrou-a pelos ombros, permitindo que o beijo se tornasse mais profundo, que as suas bocas se acariciassem. Perguntou-se se saberia o que estava a fazer…

      Bella era suave, muito suave, onde quer que lhe tocasse, a suavidade contrastava com a mulher forte que ela apresentava ao mundo. Ao dar-se conta de que a desejava num aspecto que ia mais além do puramente físico, afastou-se dela. Mas disse para si mesmo que fora apenas um ataque imprevisto de desejo sexual.

      Bella ficou a olhar para ele, com os olhos esbugalhados. Parecia que também estava aturdida.

      – Isto não devia ter acontecido – conseguiu dizer.

      – Não dês muita importância ao beijo, Arabella. Simplesmente, senti que devíamos apagar os fantasmas do passado. Foi só isso.

      – Tu eras um homem casado e tentei, por todos os meios, esquecer-te quando descobri.

      Luc poderia ter-lhe dito que estava a separar-se, que estava a planear contar-lhe a sua situação e pedir-lhe para que compreendesse. Mas não o fez.

      – Portanto, querias enterrar qualquer sentimento ou atracção que tivéssemos sentido no passado. Considera-o feito e não voltes a beijar-me.

      – O beijo

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