Amor italiano - Mistérios do deserto. Jennie Adams

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Amor italiano - Mistérios do deserto - Jennie Adams Omnibus Bianca

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para sair.

      – Boa noite, Arabella. Não vais apresentar-me? – Luc olhou sobre o ombro dela e entrou na pequena sala do apartamento.

      Ao passar ao seu lado, Bella pôde cheirar o seu perfume… e gostou muito.

      – Bella? – Soph olhou para Bella com o sobrolho franzido. Aquilo distraiu Bella da sua… surpresa, ou o que quer que fosse.

      – Sophia, este é Luchino. Luchino, a minha irmã, Sophia.

      Não queria demorar-se com as apresentações, nem dar à sua irmã a possibilidade de começar com um interrogatório, que só faria com que perdessem tempo.

      – Vamos embora – disse. Queria Luchino fora da sua casa, assim como acabar, o quanto antes, com aquilo. – Temos de discutir alguns assuntos enquanto nos dirigimos para o jantar. Acabaste a nossa conversa telefónica sem me permitires que te perguntasse o que querias.

      – Tens assim tanta vontade de estar na minha companhia, Arabella? – perguntou ele, examinando-a com o olhar. Este traiu-o, mostrando o interesse que tinha nela. – Estás… bem.

      – Obrigada. Eu, hum… – disse Bella, que tinha de tentar recompor-se. – Não tenho vontade de estar contigo. Simplesmente, há algumas coisas que é necessário suportar e, o quanto antes, melhor. Como quando é necessário tomar um medicamento que sabe muito mal.

      – É esse o conceito que tens da nossa noite?

      – É o conceito que tenho desta história toda, até, finalmente, acabar – disse ela, deixando de olhar para ele e abrindo a porta do apartamento. – Se a conversa já acabou, talvez devêssemos ir.

      – A noite espera-nos – disse Luc, dirigindo-se para a porta. Então, olhou para Soph. – Prazer em conhecer-te. Talvez, noutro dia, tenhamos oportunidade de falar mais.

      – Depois vemos! – exclamou Soph, com o secador na mão.

      – Está tudo bem, Sophia. Simplesmente, havia algumas coisas que precisávamos de falar. Peço desculpa se te deixámos fora da conversa – disse Bella, ao aperceber-se de que tinham ignorado a sua irmã.

      Então, partiram e entraram no carro de Luc.

      – A tua irmã parece agradável – observou ele. – Talvez um pouco protectora.

      Bella compreendeu que Luc também se apercebera do secador que a sua irmã segurava!

      – Soph é cabeleireira – disse ela, como se, com aquilo, explicasse algo.

      Mas aquela não era a questão. Ela tinha perguntas para fazer e queria respostas.

      – Ainda não me disseste como se supõe que vamos explicar isto tudo à tua tia – Bella queria saber o que ele pensava e estava a planear. – Refiro-me a trabalharmos juntos para vendermos os meus vestidos. Se começarmos a ter a fama que tu esperas, Maria não se perguntará porque aparecemos juntos nesses eventos sociais?

      – Podemos resolver esse problema – disse ele, tirando alguns papéis do bolso da sua camisa e dando-lhos, enquanto esperava que um semáforo ficasse verde. – Este é o itinerário a seguir. Informar-te-ei de qualquer mudança ou novo evento a que tenhamos de ir.

      – À primeira vista, parece… aceitável – disse Bella, que reconheceu alguns dos nomes da lista e sabia que, de outra maneira, nunca se teria aproximado daquelas pessoas.

      Mas, enquanto colocava a lista na sua mala, pensou que não devia sentir-se agradecida.

      – Não respondeste à minha pergunta.

      – Diremos à minha tia toda a verdade que nos for possível. Conhecemo-nos há alguns anos em Milão. Quando regressei à Austrália, voltámos a estabelecer contacto e agora divertimo-nos a sair juntos.

      – Queres fingir que andamos a sair juntos? – perguntou, impressionada.

      – Poupará muitas perguntas difíceis. Acho que conseguimos ter a imagem de duas pessoas que estão muito interessadas uma na outra. Não achas?

      – Simplesmente, porque, em tempos, tivemos um breve romance… – disse ela, furiosa perante aquele descaramento. – Não podemos fingir ser amantes.

      Naquele momento, o semáforo ficou verde e Luc continuou a conduzir.

      – Não recordo ter utilizado o termo «amantes», mas precisamos de uma razão para que nos veja juntos em público. É um problema assim tão grande para ti, Arabella? Se mantiver Maria contente e tu venderes os teus vestidos…

      – Deverias contar-lhe a verdade.

      – É a minha família. Não permitirei que nada lhe aconteça. Já dei alguns passos… – parou de falar.

      Mas já era demasiado tarde. Bella recordava o que ele dissera noutra vez sobre ter comprado algo para a sua tia…

      – Pagaste as suas dívidas, não foi? Mas, se o fizeste, porque te incomodas comigo? Já está resolvido, não está?

      – Excepto o facto de que tu és responsável por devolveres todo esse dinheiro pelos teus vestidos. E pretendo ser testemunha de que o fazes! De qualquer forma, como adivinhaste? Eu não te disse.

      Luc agarrou com força no volante e Bella recordou como aqueles dedos lhe tinham acariciado o queixo, segurando-a, tendo-se preparado para a beijar…

      – Quanto foi, Luchino? Quais são as condições? Quanto dinheiro te deve Maria?

      – Não importa como o fiz ou quanto paguei. Não podia deixá-la daquela maneira, portanto… tratei de algumas coisas.

      – A mim, importa-me. Eu vendi a minha colecção a Maria, não a ti. Não quero estar economicamente ligada a ti.

      – Ah, não? Bom, acabaste de me dar uma razão para te responder – disse Luc, zangado. – Paguei as dívidas de Maria e dispus que ela me fosse pagando em pequenas mensalidades, com juros baixos e a longo prazo. No que lhe diz respeito, é um gesto filantrópico de alguém que simplesmente deseja fazer parte da indústria da moda, que tem muito dinheiro e que é suficientemente excêntrico para fazer isso por prazer próprio. Acho que agora és minha, Arabella. Habitua-te a isso.

      Embora Bella tivesse suposto que a verdade seria desagradável, ouvir aquilo fez com que sentisse um nó no estômago.

      – Quando Maria estiver preparada para isso, dir-lhe-ei a verdade toda – disse ele, olhando para Bella para a avisar. – Até então, não lhe dirás nada disto.

      – Fizeste com que seja impossível que fale com ela – disse Bella, deitando faíscas. – Como bem sabes!

      – O que me importa é o bem-estar de Maria – então, mudou de assunto. – Nunca falaste da tua família quando estivemos juntos em Milão, mas, mesmo assim, vejo que deves ter uma boa relação com as tuas irmãs. Há uma parede cheia de fotografias de vocês as três e é óbvio que Sophia te protege muito, mas… e os teus pais?

      – No que me diz respeito, andam a viajar pela galáxia numa aeronave – respondeu Bella, que respirou fundo. – O que me importa são as minhas

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