Amor italiano - Mistérios do deserto. Jennie Adams

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Amor italiano - Mistérios do deserto - Jennie Adams Omnibus Bianca

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um investimento a longo prazo.

      – Ou isso, ou as três pedimos empréstimos ao banco para assim poderes resolver o problema – disse Soph.

      – Isso talvez permita a Bella pagar a Maria – disse Chrissy. – Mas não acho que consigamos dinheiro suficiente para que possa estabelecer-se numa loja nova.

      – Acho que tens razão – disse Soph, soprando uma madeixa do seu cabelo cor-de-rosa. – Suponho que, então, Nate tem de nos ajudar – olhou para Bella. – Sei que não tiveram um bom começo quando ele engravidou Chrissy e tudo isso, mas vejam como as coisas correram bem! De qualquer forma, ele ajudará e o mais importante é que não queremos que te aproximes do canalha que te magoou quando estiveste em Milão.

      – Um dos canalhas. Lembrem-se que o organizador do espectáculo também levou Bella para o seu quarto naquela última noite – recordou Chrissy.

      – Devias ter-nos contado a verdade toda quando regressaste daquela viagem – disse Soph.

      Bella levantou-se no meio das suas irmãs.

      Aquilo doía-lhe. Amava-as. Queriam ajudá-la, mas não podia permitir que o fizessem.

      – Contaste-nos agora a verdade toda, Bella? – exigiu saber Chrissy.

      – Sim, foi só isso. Sei que podia ter-vos contado muito mais do que aconteceu em Milão naquela altura, mas queria tentar esquecê-lo.

      Bella respirou fundo.

      – Agradeço a tua oferta para me ajudares, Chrissy, mas não seria correcto que Nate e tu se comprometessem com tanto dinheiro.

      Ao considerar a situação em que estava, Bella hesitou.

      – Neste momento, pergunto-me se fiz bem em abandonar a profissão de modelo. É verdade que não era o trabalho dos meus sonhos, mas talvez não tenha tido em conta todos os riscos do ramo dos estilistas. Simplesmente porque vos fiz a roupa toda durante anos…

      – Fizeste os conjuntos mais impressionantes com um orçamento muito pequeno. Tens talento, Bella! – insistiu Chrissy.

      – Também não posso consentir que Soph e tu peçam empréstimos para me ajudarem, embora agradeça muito.

      – Mas tens de sair da situação em que te encontras – disse Soph.

      – Não. Luchino disse que não tenho outra opção e tem razão. Tenho de vender os vestidos rapidamente. Se trabalhar para ele, é a única maneira de o conseguir… Terei de o suportar.

      – Resolveria o problema – Chrissy assentiu, contrariada. – Desde que não tente ultrapassar o acordo de negócios, tentando torná-lo mais pessoal – então, olhou para Bella, indagadora. – É provável que isso aconteça?

      – Não, pois ele pensa que sou ambiciosa e eu sei o que é capaz de fazer. A desconfiança de ambas as partes não dará azo a nenhuma relação pessoal.

      Negando-se a pensar na química que existira entre Luchino e ela, Bella abraçou, primeiro, Soph e, depois, Chrissy.

      – Obrigada por falarem comigo e por se oferecerem para me ajudarem.

      – E… a sua filha? – perguntou Soph, tentando esconder a sua vulnerabilidade perante aquilo. – Talvez devêssemos descobrir como está a tratá-la.

      – Oh, Soph! – exclamou Bella, a qual, na verdade, também a preocupava. – Vou descobrir.

      Bella tinha de enfrentar aquela situação, escondendo os seus sentimentos por detrás do muro que criara à volta do seu coração.

      – Consigo fazê-lo. Resultará. Cuidarei de mim e certificar-me-ei de não sair magoada.

      – Se a situação fugir do teu controlo, deixarás que te tiremos de lá! – sentenciou Chrissy.

      Bella assentiu, contrariada, embora, na verdade, não tivesse nenhuma intenção de permitir que as suas irmãs ou o seu cunhado lhe dessem tanto dinheiro.

      – Está bem, então suponho que já está tudo esclarecido. Quero mostrar esta cor de cabelo a Danni e a Michelle – disse Soph, dirigindo-se para o seu quarto. – É melhor ir ver o que posso vestir esta noite.

      Assim que as suas duas irmãs se foram embora, Chrissy para a casa onde vivia com Nate Barrett e Sophia para um clube com as suas amigas, Bella pegou no cartão que Luchino lhe dera e telefonou-lhe.

      – Montichelli.

      Só de ouvir a sua voz ao telefone ficou nervosa.

      – Quero um itinerário dos eventos sociais a que vou ter de ir contigo, para assim poder preparar o que vou vestir em cada ocasião – disse, sem se incomodar em cumprimentá-lo. – Por enquanto, não direi nada à tua tia, mas quero que fique claro que não gosto de a enganar. Quando vamos ao primeiro evento social?

      – Amanhã à tarde – disse Luc, nomeando-lhe os anfitriões e o lugar onde viviam. – É um casal, dono de um complexo de campos de golfe existente no país inteiro. Vou buscar-te às sete horas.

      – Também gostaria de saber como vais explicar estas saídas à tua tia…

      Bella deixou de falar ao dar-se conta de que Luc desligara o telefone.

      Na noite seguinte, enquanto dava os últimos retoques de maquilhagem, Bella recordou a conversa telefónica que tinham tido. Ou, melhor dizendo, pensou no que deveria ter perguntado, mas não tivera oportunidade. Era sábado. Desejou que tivesse passado um ano e que Luchino Montichelli fosse novamente uma lembrança distante.

      Soph aproximou-se da porta da casa de banho com o secador na mão; o cor-de-rosa do seu cabelo desaparecera ao lavá-lo.

      – Podes mudar de ideias, Bella. Luchino Montichelli não tem nenhum direito de te obrigar a fazer isto.

      – Está preocupado com a sua tia – disse Bella, que realmente achava que assim era.

      – E tu vais ver o que se passa com a sua filha – ao dizer aquilo, Soph relaxou um pouco.

      – Sim, farei o que puder. E, Soph, não tenho qualquer outro interesse, a não ser o comercial, para estar perto de Luchino.

      – Se tu o dizes… – disse Soph, que não parecia convencida. – Chrissy e eu continuamos sem gostar que este homem insista para que saias com ele, alegando que é por causa de negócios. O que aconteceria se tentasse seduzir-te novamente? – perguntou, preocupada. – Não queremos que te magoe.

      – Não permitirei que isso aconteça e, de qualquer forma, Chrissy e tu deviam preocupar-se com os vossos próprios problemas, não com os meus. Não devia ter-vos contado tudo.

      Então, viu-se ao espelho para confirmar como estava, compôs o vestido azul-escuro que usava e apressou Soph a ir para a sala.

      – São só negócios, Soph. Só tenho de tratar o assunto como tal.

      Ouviram-se passos fora da casa, seguidos de uma pancada forte na porta.

      – Eu vou – avisou

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