Pintar Com O Dragão. Olga Kryuchkova

Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу Pintar Com O Dragão - Olga Kryuchkova страница 4

Pintar Com O Dragão - Olga Kryuchkova

Скачать книгу

A simples ideia de nunca se casar deixava a rapariga estremecida. Por outro lado, a Ōi suspirava com revolta. Era certo que, ela não se queria casar. Em vez disso a rapariga sonhava em tornar-se uma artista, tal como, o seu pai.

      A Ōi sempre foi fascinada por pinturas e telas em branco. Ela gostava de ver a forma como o pincel deslizava na tela em branco e criava diversos universos: paisagens, retratos, criaturas míticas, ilustrações para livros fossem quais fossem as imagens. Isto deixava-a hipnotizada.

      A Ōi adorava desenhar. Os pais em nada se opunham ao hobbie da filha, embora Tatsujo tentasse pigarrear frequentemente a sua irmã com isso. Ela disse, debatendo um dos seus temas favoritos, a Ōi não sabe fazer nada, incluindo desenhar, e que nunca se iria casar. Tatsujo percebeu que o que realmente ofendeu Ōi, não foi dizerem-lhe que nunca se se iria casar, mas sim que ela não sabia fazer mais nada. Ficou especialmente melindrada relativamente ao desenho! Ōi achou aquele comentário bastante insensato até porque Tatsujo pintava bem pior.

      ... Depois de uma discussão com a sua irmã, a Ōi decidiu ir dar uma volta. A família Katsushika vivia agora numa zona urbana, calma e bastante decente. Por conseguinte, os seus pais permitiam que as suas filhas andassem sozinhas, desde que não se afastassem muito de casa.

      Assim que a Ōi saiu de casa, ouviu logo uma voz ameninada jubilosa:

      "Ōi! Vem brincar connosco!"

      Quando se virou a menina viu os seus amigos: a filha do mercador, a Satsuki, uma menina bastante bonita que, iria obviamente tornar-se num tipo de beleza rara no futuro. Mas também o filho do artesão Shotaro, um rapaz baixo, forte e com cabelo curto. Os rapazes davam-se muito bem e era comum jogarem juntos, à bola, às escondidas, aos ninjas e muito mais.

      Agora foi a vez da Satsuki dizer:

      "Ōi, anda estamos a jogar às escondidas!"

      "Com todo o gosto! Quem é a contar?" a menina estava contente.

      "Shotaro!" exclamou Satsuki.

      "O quê? Não é justo! Ainda agora fui eu!" o rapaz estava revoltado.

      "Mas as meninas riram-se e respondendo em uníssono, disseram:

      "Conta, conta! Conta até cem, nós vamos nos esconder!"

      E assim fugiram. O Shotaro respirou profundamente aborrecido, mas cumpriu e começou a contar até cem.

      Ouvia-se a voz do menino a contar na rua "Um, dois..."

      Entretanto as meninas foram se esconder. A Satsuki decidiu esconder-se atrás de uma barreira numa das casas. A Ōi hesitu um pouco, mas subitamente achou ter uma ideia genial. A menina correu para uma falha entre as casas, decidindo que aquele sério o esconderijo ideal.

      A Ōi corria e corria, mas a falha não parecia ter qualquer fim à vista. Subitamente, começou a sentir algo de estranho à sua volta. À sua volta havia vários ratos que apareciam do nada. Porém, o mais estranho é que estes ratos estavam vestidos com quimonos, cada um à sua maneira e.… tinham vozes de humanos!

      "Uma pessoa, uma pessoa! Está aqui uma pessoa!" chiava um rato.

      "De onde veio esta rapariga?" chiava outro rato.

      A Ōi não percebeu de imediato de onde vinham as vozes. Ela parou e olhou à sua volta. Mas quando ela percebeu de onde vinham as vozes, ela sentiu um calafrio, calores frios percorriam-lhe o corpo.

      "O que é que se está a passar aqui? Ajuda-me Amaterasu!" a menina começa a rezar ao Deus do Sol.

      De repente, um dos ratos que tinha um ar bastante respeitável, parou e disse à Ōi:

      "É raro virem aqui pessoas, mas já que vieste não tens nada a temer. Não fazemos mal às pessoas. Pensa: vocês são tão grandes e nós tão pequenos! Porque haveríamos de ofender alguém que nos pode esmagar?"

      A menina ficou a olhar incrédula para o rato. Apenas um, não era motivo para ter medo. Mas havia tantos! E se eles a atacassem todos ao mesmo tempo? Entretanto falou outro rato:

      "Sim, sim menina, não nos faças mal! E nós também não te tocamos, tu és enorme! E podes ficar para o casamento!"

      "Para o casamento? De quem?" esfregando os olhos, que estavam repletos de curiosidade.

      "Oh, deixa-me contar-te tudo!" disse o primeiro rato que falou coma Ōi.

      E começou a contar a história:

      "Um casal de ratos magnata vivem aqui perto. Eles têm uma filha linda chamada Ochyu. Ela não só foi abençoada com beleza, mas também com inteligência e outros dotes. Os pais amam-na muito! Tratam-na como um verdadeiro tesouro! Eles sempre fizeram de tudo para que Ochyu não andasse ao sabor do vento, se era para ler ela apenas lia os melhores clássicos da literatura! Ela também estudou artes! A Ochyu também sabe fazer uma cerimónia do chá e ikebana!

      Assim sendo, Ochyu tornou-se uma jovem rato muito bem formada, nenhuma das suas amigas se poderia comparar a ela. Agora ela chegou à idade de casar. E os seus pais começaram a pensar: qual seria o melhor par para a sua preciosa filha? Afinal de contas, ela é linda e tem uma excelente educação. Assim sendo, pensaram por muito tempo, mas no fim os seus pais decidiram casar Ochyu com a criatura mais poderosa que existe no Mundo dos Espíritos! As criaturas mais poderosas deste mundo são o Sol e a Lua. Mas o Sol é demasiado brilhante: tu não te consegues aproximar muito dele! Por outro lado, Lua é meigo e gentil e foi ele quem os seus pais escolheram. Assim sendo, o pai da Ochyu foi ter com Lua. Ele contou-lhe tudo. Lua ouviu ficou impressionado e sem palavras. Mas respondeu-lhe que: 'Sou de facto muito poderoso, mas neste mundo não posso ser genro de ninguém. É claro que estou grato que me ofereças a mão da tua filha em casamento. Desculpa, mas será impossível! Embora te deva dizer: Eu tenho um rival poderoso, Nuvem! Muitas vezes me impede de sair à rua! Vai ter com ele!'

      Depois de saber acerca de Nuvem pela boca de Lua, Chyube foi ter com ele. Mas Nuvem disse-lhe: "Sim muitas vezes não deixo Lua sair... Mas eu apenas tenho um rival, Vento. Muitas vezes, quando estou prestes a sair, o vento sopra-me e tenho de me ir embora!"

      Ao saber disto, Chyube vai ter com Vento. Depois de lhe contar tudo Vento responde-lhe: ' Obrigada pela tua generosa oferta. Mas será impossível. Sempre que sopro com todas as minhas forças, vou embater no meu adversário, Parede!"

      E aí Chyube disse: "Muito bem, vou falar com Parede!"

      Então foi ter com Parede e fez novamente a proposta. E recebeu novamente uma educada recusa? E assim sendo, Chyube pergunta o porquê da recusa.

      É aí que Parede responde: "Embora eu resista ao vento, não tenho qualquer hipótese contra vocês ratos. Vocês conseguem me morder e fazer buracos." Pensativo Chyube regressou a casa depois de uma série tentativas de casamento mal sucedidas.

      À sua espera em casa estava a sua mulher. Ao que ela lhe perguntou: "Encontraste um noivo para nossa Ochyu?"

      Chyube disse-lhe: "Alegra-te mulher! No nosso mundo, nós ratos, somos os mais poderosos!" A sua mulher desconfiou: "É mesmo do nosso mundo inteiro?" Foi aí que ele lhe contou tudo sobre as suas aventuras. Depois de ouvir a explicação de Chyube a sua mulher concordou com ele. Foi assim que decidiram, entre todos os ratos, arranjar um noivo para a sua filha.

      A sua mulher respondeu-lhe: "Se assim é,

Скачать книгу