A Vida No Norte. Tao Wong
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Читать онлайн книгу A Vida No Norte - Tao Wong страница 8
— Eles não me conseguem ver — responde o Ali.
Franzo as sobrancelhas.
— Mas naquela primeira vez...
— Eu consigo tornar-me visível com algum esforço, mas não o consigo fazer durante muito tempo, pelo menos, ainda não — o Ali faz uma pausa, virando-se para Este antes de falar. — Está na altura de irmos, jeitoso. Vamos ter companhia.
Levanto-me depressa, sacudindo a água das minhas mãos e correndo devagar para Sudoeste, dando o meu melhor para ser o mais silencioso possível.
***
O sol já quase se pôs quando finalmente chego ao parque de estacionamento. O que deveria ter sido uma caminhada de meio dia transformou-se num tormento de dois dias. Não me surpreendo ao ver o que sobra do meu veículo queimado, apesar de o sibilo da palavra “salamandra” me dar uma ideia do que possa ter causado o problema. Ou daria, se eu soubesse o que é uma salamandra.
— Um lagarto gigante com uma afinidade superior a magia de fogo. Respira mesmo fogo. Há quem julgue que são um tipo mais fraco de dragão — explica o Ali. — São boas e más notícias.
— Explica — murmuro, à procura de monstros na clareira.
— Más notícias: vai em direção a Haines Junction — o Ali aponta para o rasto bastante óbvio. Ao ver que não quebro o silêncio, suspira e explica as boas notícias. — É provável que a presença dela afaste a maioria dos monstros do seu caminho. É mais seguro se a seguirmos. Isto, se ela não voltar para trás.
Fantástico. É mesmo fantástico. Vou estar a seguir um lagarto gigante que cospe fogo no seu percurso para a civilização mais próxima que conheço e esperar que não repare em mim. Pelo menos, não se chama Godzilla.
***
Não sou lá grande jogador, mas a minha ex era e apanhei termos suficientes para saber o que é “roubar mortes”. Quase me sentiria culpado ao tirar a vida a estes alces relâmpago e ao ganhar uma quantidade minúscula de experiência com isso, mas, tendo em conta que eles estão esmagados ou a sofrer com queimaduras significantes, vou chamar a isto serviço humanitário. Além desses atos de misericórdia, ignorei com determinação os corpos queimados e meio comidos que constituem a maioria da manada e que foram a refeição mais recente da salamandra.
Passaste de Nível!
Chegaste ao Nível 3 de Guarda de Honra de Erethran. Os Pontos foram distribuídos automaticamente. Tens 3 atributos livres por distribuir. As Habilidades de Classe estão bloqueadas.
As habilidades bloqueadas levam-me a fazer uma careta, mas considerando o aumento ridículo das estatísticas, posso viver com isso. Como tenho um breve momento, invoco o quadro de estatísticas, para o rever.
Quadro de Estatísticas | |||
Nome | John Lee | Classe | Guarda de Honra de Erethran |
Raça | Humano (Masculino) | Nível | 3 |
Títulos | |||
Nenhum | |||
Vida | 190 | Resistência | 190 |
Mana | 220 | ||
Estado | |||
Normal | |||
Atributos | |||
Força | 15 (50) | Agilidade | 18 (70) |
Constituição | 19 (75) | Perceção | 12 |
Inteligência | 22 (60) | Determinação | 24 (60) |
Carisma | 8 (16) | Sorte | 10 |
Habilidades | |||
Furtivo | 6 | Sobrevivência na Natureza | 3 |
Combate Desarmado | 2 | Proficiência com Faca | 5 |
Atletismo | 3 | Observação | 4 |
Cozinhar | 1 | Perceção de Perigo | 2 |
Habilidades de Classe | |||
Nenhuma (2 Bloqueadas) | |||
Feitiços | |||
Nenhum | |||
Regalias | |||
Espírito Companheiro | Nível 3 | Prodígio (Furtivo) | N/A |
Atributos não atribuídos:
Gostaria de atribuir estes atributos?
3 Pontos de estatística
(S/N)
— Uau! De onde vieram todas estas habilidades? — ver o meu quadro de estatísticas pela primeira vez em dias faz-me levantar as sobrancelhas.
— Tens andado a ganhá-las, eu é que tenho escondido as notificações, por agora — o Ali encolhe os ombros, fazendo um pino aéreo enquanto espera por mim.
— O quê? Porquê? — resmungo com o homenzinho pequeno, com os olhos cerrados.
— Seria uma distração. Não mudaria nada do que fizeste, pois não? As habilidades recebidas pelo Sistema são logo adicionadas à memória dos teus músculos e da tua mente, por isso, já tens beneficiado com isso, seja como for. O resto são apenas números — o Ali funga. — Os números não significam porcaria nenhuma se não fizeres nada. O melhor é não ficares obcecado com eles.
O que ele diz relembra-me uma conversa que tive com um orientador da escola. “O QI não significa nada, se não estudares”, ele dizia sempre isto. Ao ouvir o Ali mencionar algo tão parecido, não consigo evitar fulminá-lo com o olhar.
— Da próxima, faz-me um resumo todas as noites, está bem? Pelo menos, gostava de saber o que vai acontecendo.
O Ali suspira, amuado.