Guerreiro Dos Sonhos. Brenda Trim

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Guerreiro Dos Sonhos - Brenda Trim

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e ouviu seu coração disparar como se ela estivesse sendo perseguida por um lobo raivoso. A excitação dela era inconfundível. Era muito desconcertante que ele estivesse com ciúmes de que isso pudesse ser direcionado a um dos outros homens.

      Incapaz de resistir, ele estendeu a mão até a dela. No momento em que suas peles se tocaram, ele foi transportado para outro plano. Formigamentos elétricos percorreram seu corpo, e seu sêmen correu para seu membro. Ele respirou fundo para se acalmar. Era contraproducente. O perfume intoxicante de madressilva tornou-se mais forte com a excitação dela. Ele estava quase perdendo o controle, mas sua preocupação com o corpo frágil dela foi capaz de lidar com as sensações que corriam por todo o seu corpo e que o mantinham sob controle.

      — Elsie — murmurou ele, enquanto inclinava a cabeça e levava a mão dela à boca para um beijo. O beijo foi suave e breve demais para o seu gosto. Ele era um animal voraz que não queria nada além de devorá-la.

      — É um prazer conhecê-la oficialmente. Orlando e Santiago me contaram a respeito do seu caso. Entre nós três, descobriremos quem fez isso e garantiremos que paguem — prometeu Zander.

      Ele ouviu a respiração acentuada dela e capturou seus pensamentos confusos e selvagens. Ela o queria tanto quanto ele a queria, mas havia tanta agitação. Ele forçou os dedos a relaxarem e a soltou.

      Ela o encarou novamente, um belo rubor manchou seu rosto e, por fim, respondeu:

      — É um prazer conhecê-lo também. Nós… bem… minha irmã e eu vimos você e outro cara naquele restaurante, ontem à noite. Não foi?

      — Sim, viu. Lembro-me claramente. — A maneira como os mamilos dela se retesaram sob o top ficaria gravada para sempre em sua mente. A lembrança era o suficiente para que seu membro engrossasse ainda mais. Mais ainda e ele poderia possuí-la ali mesmo. Ainda bem que ele gostava de viver no limite. Ele hesitou por uma fração de segundo antes de fechar a porta. De quanto perigo ele gostava? Era impossível voltar as costas e ir embora agora.

      Elsie corou, tornando-se ainda mais bonita.

      — Por favor, sente-se e sinta-se confortável. Esta é minha irmã Cailyn. — Ela apontou para o divã verde-claro e a mulher em pé no espaço entre a pequena cozinha e a sala de estar.

      Ele notou o apartamento lotado e os móveis escassos. Embora parecesse que Elsie não tinha muito dinheiro e vivia com simplicidade, viu que ela estava orgulhosa do que tinha e mantinha seu espaço limpo e arrumado.

      Ele voltou sua atenção para a irmã dela. Elas tinham algumas características em comum, mas Elsie era, na opinião dele, a irmã mais bonita. Ele estendeu a mão.

      — É um prazer, Cailyn. — Ele apertou a mão dela e fez um gesto para Santiago. — Trouxemos o jantar conosco. Espero que gostem de comida tailandesa.

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      * * *

      Elsie observou silenciosamente enquanto eles preparavam a comida e conversavam com a irmã. Jantar? Aqueles não eram policiais típicos. Ela mal os havia conhecido e então eles apareceram agindo como se fossem amigos que estiveram afastados há muito tempo. Sua coluna enrijeceu, ela havia aprendido o suficiente nos últimos dezoito meses para saber que não podia confiar em nada.

      Uma palma quente pousou em seu ombro. Ela olhou por cima do ombro para Zander e encontrou os olhos azuis-safira dele. Aquele simples toque foi um choque elétrico, seguido por uma sensação abrasadora, e sentiu o desejo chamuscá-la. Ela havia achado que seu corpo estava morto há muito tempo, mas ele o trouxe de volta à vida.

      De modo algum ela era virgem, pois o único homem com quem já estivera foi Dalton. E, apesar de satisfatória, eles não tiveram uma vida sexual muito ousada. Com Zander, ela queria fazer coisas perversas. E isso a aterrorizava mais do que qualquer outra coisa.

      Seu demônio sexual interior queria lamber cada centímetro do corpo dele e montá-lo até a exaustão. Era tudo tão confuso. Ela se afastou dele, precisando de espaço. O toque dele era muito perturbador.

      — Você não está comendo, moça. Sente-se e vou lhe servir alguma comida. — O sotaque escocês dele era delicioso. Havia algo que lhe chamava a atenção em um cara com sotaque.

      — Não, obrigada. Você sempre é tão autoritário?

      — Aye, sou — respondeu Zander com um sorriso que levantou um canto da boca. Elsie não pôde deixar de sorrir também e encarar os lábios dele, faminta por saboreá-los.

      Estava atraída por aquele homem, apesar do fato de ele parecer capaz de quebrar seu pescoço com dois dedos. Era alto, cerca de um metro e oitenta, e parecia um campeão de pesos pesados.

      Se tivesse que adivinhar, diria que ele fazia parte das operações secretas, ou algo parecido, com sua atitude selvagem. Havia uma intensidade nele que faria com que homens feitos ficassem de joelhos, mas ela estava inevitavelmente atraída por ele. O que havia acontecido com todo o treinamento que Mack e os outros lhe deram desde que ela se juntou aos SOVA?

      Os pensamentos sobre Mack trouxeram à tona a realidade e a culpa. Ela nunca ficaria com esse homem sexy e enigmático, por mais que quisesse. Era uma viúva agora, e seu coração ainda pertencia a outro. Ela não podia… não iria… abrir-se para alguém, nunca mais. Permitir-se ficar vulnerável à dor da perda de novo era impensável. Além disso, seu coração estava em pedaços, e todos eles pertenciam a Dalton.

      Rindo, o detetive Trovatelli rompeu o momento tenso.

      — Sei o que está pensando. Sabemos que isso não é profissional. Mas também sabemos que você passou por tanta coisa no último ano e meio e, bem, estamos tentando compensar a má experiência que teve com nosso departamento. Depois de conhecê-la mais cedo e ler o arquivo de Dalton, sentimos como se a conhecêssemos. Acredite ou não, você é importante para nós. Não se trata apenas da investigação. Então, você herdou novos amigos.

      Trovatelli piscou para ela.

      — Alguns de nós são melhores que outros. Você aprenderá que sou notável. Gosto de filmes de ação, mas não me oponho a comédias românticas, e preparo uma margarita razoável. Não há necessidade de me agradecer por abençoá-la com a minha amizade, seu silêncio atordoado é um agradecimento mais do que suficiente. — Ele terminou com um sorriso.

      Ela soltou uma risada trêmula. O cara poderia ser bonito, mas era extremamente presunçoso. E, no entanto, seu instinto havia lhe dito, quando os viu na varanda, que eram pessoas em quem podia confiar. Ainda assim, era difícil aceitá-los de braços abertos.

      Antes que ela pudesse responder, Santiago retrucou:

      — Não o deixe enganá-la. Ele adora comédias românticas. Mas está certo quando diz que queremos lhe oferecer amizade. É por isso que estamos aqui. — As brincadeiras deles a deixaram mais à vontade. Ela apreciava um engraçadinho.

      — O que eles não disseram é que não deixaremos de procurar quem é o responsável. Isto aqui não é uma maneira de esperar que você se esqueça — acrescentou Zander, com um sorriso sincero. Quando ele falou, ela queria acreditar nele. Cada grama de seu ceticismo parecia querer se afastar de sua mente. E, então, havia o sorriso dele. Ele lhe provocava coisas que ela se recusava a contemplar.

      Nenhum daqueles homens era como os que ela já havia encontrado. Ela endereçou um olhar à irmã

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