Romancistas Essenciais - Joaquim Manuel de Macedo. Joaquim Manuel de Macedo

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Romancistas Essenciais - Joaquim Manuel de Macedo - Joaquim Manuel de Macedo Romancistas Essenciais

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style="font-size:15px;">      De todo se acabou,

      Aquele que eu adoro

      Foi quem o apagou:

      Onde houve fogo tanto

      Agora corre o pranto.

      IV

      A face cor de jambo

      Enfim se descorou,

      Aquele que eu adoro

      Ah! Foi quem a desbotou:

      A face tão rosada

      De pranto está lavada!

      V

      O coração tão puro

      Já sabe o que é amor,

      Aquele que eu adoro

      Ah! Só me dá rigor:

      O coração no entanto

      Desfaz o amor em pranto.

      VI

      Diurno aqui se mostra

      Aquele que eu adoro;

      E nunca ele me vê,

      E sempre o vejo e choro;

      Por paga a tal paixão

      Só lágrimas me dão!

      VII

      Aquele que eu adoro

      E qual rio que corre,

      Sem ver a flor pendente

      Que ti margem murcha e morre:

      Eu sou u pobre flor

      Que vou murchar de amor.

      VIII

      São horas de raiar

      O sol dos olhos meus,

      Mau sol! Queima a florzinha

      Que adora os olhos seus:

      Tempo é do sol raiar

      E é tempo de chorar.

      IX

      Lá vem sua piroga

      Cortando leve os mares,

      Lá vem uma esperança

      Que sempre dá pesares:

      Lá vem o meu encanto,

      Que sempre causa pranto.

      X

      Enfim abica a praia,

      Enfim salta apressado.

      Garboso como o cervo

      Que salta alto valado:

      Quando há de ele cá vir

      Só pra me ver sorrir

      ?

      XI

      Lá corre em busca de aves

      A selva que lhe é cara,

      Ligeiro como a seta

      Que do arco seu dispara:

      Quando há de ele correr

      Somente para me ver.

      XII

      Lá vem do feliz bosque

      Cansado de caçar,

      Qual beija-flor que cansa

      De mil flores a beijar:

      Quando há de ele, cansado,

      Descansar a meu lado?

      XIII

      Lá entra para a gruta,

      E cai na rude cama,

      Qual flor de belas cores,

      Que cai do pé na grama:

      Quando há de nesse leito

      Dormir junto a meu peito?

      XIV

      Lá súbito desperta,

      E na piroga embarca,

      Qual sol que, se ocultando,

      O fim do dia marca:

      Quando hei de este sol ver

      Não mais desaparecer?

      XV

      Lá voa na piroga,

      Que o rasto deixa aos mares,

      Qual sonho que se esvai

      E deixa após pesares:

      Quando há de ele cá vir

      Pra nunca mais fugir?...

      XVI

      Oh bárbaro! Tu partes

      E nem sequer me olhaste?

      Amor tão delicado

      Em outra já achaste?

      Oh bárbaro! responde,

      Amor como este, aon

      de?

      XVII

      Somente pra teus beijos

      Te guardo a boca para;

      Em que lábios tu podes

      Achar maior doçura?...

      Meus lábios, murchareis,

      Seus beijos não tereis!

      XVIII

      Meu colo alevantado

      Não vale teus abraços?...

      Que colo há mais formoso,

      Mais digno de teus braços?

      ingrato! Morrerei...

      E não te abraçarei.

      XIX

      Meus seios entonados

      Não

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