A noiva substituta. Jane Porter

Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу A noiva substituta - Jane Porter страница 5

Автор:
Серия:
Издательство:
A noiva substituta - Jane Porter Sabrina

Скачать книгу

Fiz promessas e tenciono cumpri-las. Espero que consumemos o casamento esta noite.

      – E se não me apetecesse consumá-lo contigo?

      Kass mordeu o lábio inferior. Sabia como era dececionante como mulher. Não podia comparar-se com Elexis, mas tinha sentimentos. E esperanças e sonhos.

      – Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance e vou esforçar-me para que me desejes.

      Damen atravessou o quarto para se aproximar da janela e olhar para o antigo templo de Poseidon, iluminado pelos últimos raios do sol. Naquela noite, haveria outro ocaso espetacular. Os crepúsculos em Cabo Sunião eram lendários.

      – Talvez devêssemos esquecer esta farsa agora – sugeriu, de costas para ela, com o olhar fixo no mar.

      – Talvez – concedeu Kass. – Não vou chamar-te covarde se o fizeres.

      Virou-se bruscamente e observou-a com um ar impaciente.

      – Eu cumpri a minha parte do acordo. Investi na Naval Dukas, resolvi os problemas legais do teu pai, despedi-me da minha amante e esperei pacientemente pela tua irmã…

      – Evidentemente, foi um erro.

      – Isso não está a ajudar, querida.

      – Talvez devesses ter passado mais tempo com a tua noiva para saber se era a mulher apropriada.

      – O teu pai garantiu-me que a Elexis era a esposa apropriada.

      – E esse é o problema, confiaste no meu pai – disse Kass, brincando com outra pérola do vestido. – Sou realista, sempre fui, e conheço bem a minha família. Admiro as suas virtudes, mas também tenho consciência dos seus defeitos. Pessoalmente, não teria feito negócios com o meu pai, mas tu querias a Costa Oeste dos Estados Unidos, querias os barcos, os portos e os acordos. Bom, agora, já os tens.

      Damen deu um passo em frente e Kassiani tentou não se acovardar quando parou à frente dela, tão alto que tinha de deitar a cabeça para trás para olhar para ele.

      – Não tens boa opinião de mim?

      – Acho que subestimaste a família Dukas.

      – Não respondeste à minha pergunta.

      Ela hesitou por um instante, antes de olhar para ele nos olhos.

      – Não me teria casado com um homem de quem não tivesse boa opinião – declarou, finalmente.

      Damen olhou para ela em silêncio durante uns segundos.

      – Eu também não gosto muito de festas – declarou, depois. – Portanto, vamos ignorar o copo-d’água e vamo-nos embora agora mesmo.

      Capítulo 2

      Damen levou-a até à cozinha por uma escada de serviço e, de lá, saíram para o jardim. Abriram caminho entre as árvores frutíferas, atravessaram a horta e passaram por baixo de um arco de pedra para seguir um caminho que levava ao cais, onde esperava uma lancha.

      O piloto ofereceu-lhe a mão, mas Damen adiantou-se, pegando nela ao colo. Quando a deixou no chão da lancha, Kass balançou sobre os saltos altos e sentou-se o mais depressa que pôde. Damen sentou-se à frente dela e o piloto pôs o barco a trabalhar a toda a velocidade para se afastar da vila. Kassiani agarrou-se à beira do banco com uma mão, tentando controlar o véu pesado com a outra enquanto olhava para a propriedade, e para o copo-d’água, que deixavam para trás.

      A vila era grande, uma das mais antigas da zona na costa ateniense. Fora construída à frente do Egeu e o arquiteto certificara-se de que todas as divisões tinham vista para o mar cor de turquesa e para o templo de Poseidon na colina.

      Dali, conseguia ver as luzes suaves e douradas no jardim, as lâmpadas às cores penduradas nas árvores e os candelabros que iluminavam dúzias de mesas. Dali, o copo-d’água parecia mágico e Kassiani sentiu uma pontada de tristeza. Aquele não era o casamento que os convidados esperavam.

      Tentou imaginar a reação deles quando descobrissem que os noivos tinham desaparecido. Ficariam para jantar quando soubessem que os noivos se tinham ido embora? Talvez ficassem para desfrutar do copo-d’água esplêndido. Alguns, alegrar-se-iam por não haver brinde e, outros, aqueles que gostassem de Damen, sentir-se-iam confusos e preocupados.

      O casamento fora um desastre.

      Como é que Damen lhe chamara? Uma farsa?

      De repente, Kass sentiu-se culpada e angustiada. Aquilo era uma loucura. E, agora iam-se embora, mas não sabia para onde. Quando o cabo começou a desaparecer da sua vista, o piloto diminuiu a velocidade da lancha para se aproximar de um iate enorme. Havia vários membros da tripulação à espera deles numa plataforma, a segurar uma escada.

      – Tira os sapatos – aconselhou Damen. – Será melhor não subires a escada com esses saltos. Quanto medem?

      – Não sei, são muito altos – admitiu ela, tirando os sapatos que lhe tinham magoado os pés durante toda a tarde.

      Damen pegou nela ao colo para a pôr na plataforma.

      – Consegues subir a escada com esse vestido? – perguntou.

      – Que outra coisa posso fazer, tirá-lo?

      – Não – respondeu ele.

      – Então, consigo subir a escada com o vestido.

      Quando chegou ao topo, ajudada pelos membros da tripulação, deixou escapar um suspiro de alívio. Um empregado acompanhou-a ao interior, levando-a por várias escadas e corredores. As paredes eram de teca brilhante e os móveis, elegantes e discretos. Não tinha nada a ver com o iate do pai, que fora construído para a sua esposa. Infelizmente, Kristopher Dukas nunca entendera o gosto da sua mãe, de modo que o iate era exageradamente feminino, com paredes cremes, superfícies douradas, estofos florais e colunas horrendas por todo o lado para que o interior parecesse um templo grego. Kassiani achava-o estridente e feio e odiava que a obrigassem a participar nos cruzeiros que faziam pelo Mediterrâneo, prendendo-os a todos numa cela flutuante.

      Susteve a respiração quando o empregado que a acompanhava parou à frente de uma porta. Não sabia se era o quarto principal ou um camarote para convidados, mas teve a certeza assim que pôs um pé no quarto. Tinha de ser o quarto principal porque era enorme, com uma parede de vidro e uma coberta privada de onde conseguia ver o templo de Poseidon, com as suas colunas majestosas e brilhantes como o ouro. As ruínas antigas eram impressionantes e Kass saiu para a coberta para as admirar, mas as luzes de uma vila do outro lado da baía competiam pela sua atenção.

      A vila de Damen, onde o copo-d’água tinha lugar.

      Talvez o seu sangue grego reconhecesse que voltara a casa porque, de repente, levou uma mão ao peito, embargada pela emoção.

      – Arrependes-te? – perguntou Damen, atrás dela.

      Kassiani virou-se, tentando esboçar um sorriso.

      – E tu? Arrependes-te? Não sou a mulher que tu querias.

      –

Скачать книгу