A noiva substituta. Jane Porter
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Como ia seduzir Damen quando não sabia nada sobre o assunto? É claro, sabia como era o corpo de um homem porque estudara anatomia. Além disso, a Internet estava cheia de fotografias e filmes.
Sabia que os homens gostavam que uma mulher fizesse um striptease e dançasse para eles. Aparentemente, isso excitava-os. E também gostavam de ter as mulheres de joelhos, obedientes e dispostas a agradá-los.
Kass tentou imaginar-se de joelhos à frente de Damen, com as mãos nas suas coxas e a mexer os dedos para o fecho das suas calças…
Essa imagem causou-lhe uma corrente de sensações desconhecidas: Arrepiou-lhe a pele, os seios incharam e sentiu um formigueiro entre as coxas. Estava nervosa e excitada ao mesmo tempo.
O seu mundo estava de pernas para o ar.
Fora para Atenas há cinco dias, esperando ir ao casamento da irmã, mas, no dia da cerimónia, o pai acordara-a muito cedo para lhe dizer que devia substituir Elexis e casar-se com Damen Alexopoulos.
E ela, desesperada por conseguir a aprovação do pai, fizera-o. Agora, em vez de voltar a São Francisco, tinha de ficar na Grécia e ser a esposa de Damen Alexopoulos, um desconhecido.
Kassiani olhou-se ao espelho. Continuava a usar o vestido de noiva de Elexis e as costuras estavam prestes a rebentar. Mesmo usando o espartilho, o vestido era demasiado apertado.
Nunca sonhara com o dia do seu casamento, mas, se o tivesse feito, não teria escolhido um vestido que a fazia parecer mais voluptuosa e gorda.
Não, teria escolhido algo simples, uma túnica de cetim com um ombro a descoberto para disfarçar o seu busto amplo. Sem camadas de tecido, sem esse decote e sem pedraria.
Kassiani passou os dedos pelas suas curvas. Os seus seios eram mais do que voluptuosos. Sempre odiara as ancas largas, as coxas e a barriga arredondada, como se praticasse a dança do ventre com frequência em vez de passar horas a correr na passadeira, a passear ou a fazer exercício para se parecer com a irmã e a mãe.
Porém, nunca seria magra. O seu aspeto era o que era e, mesmo que o marido estivesse dececionado, tinha de lhe demonstrar que tencionava ser uma boa esposa, que era capaz de o ser.
Encontraria uma forma de o satisfazer.
Mas como?
E se não conseguisse excitá-lo?
Kass tirou o telemóvel da mala e, enquanto tentava tirar o vestido, a faixa e o espartilho, procurou: «Como excitar os homens». Encontrou várias páginas que ofereciam conselhos sobre como agradar a um homem na cama. Desde doze zonas erógenas que não deveriam ser ignoradas ao artigo mais prático e útil: «Cinco truques para o melhor sexo oral da tua vida».
Nua, dirigiu-se para a casa de banho e, com cuidado para não molhar o cabelo, ainda apanhado por cima da cabeça num coque elaborado, tentou livrar-se das marcas do espartilho, que não pareciam dispostas a desaparecer, por muito que esfregasse.
Depois de tomar banho, vestiu um robe branco que pendia da porta, sentou-se na beira da banheira e começou a ler tudo o que pôde sobre como agradar a um homem.
Continuava a ler quando ouviu uma pancadinha na porta da casa banho e se levantou com um salto para abrir, fechando o robe com uma mão.
– Vesti o teu robe, espero que não te importes. Não trouxe roupa.
Damen assentiu com a cabeça.
– Kassiani… isto não vai funcionar. Pedirei a um empregado para te trazer alguma roupa e, depois, vou levar-te de volta à vila de Sunião.
Ela engoliu em seco.
– Estás assim tão dececionado?
– Não, não é isso.
– Então, porque me mandas embora sem me dar uma oportunidade?
– Porque estava noivo da Elexis, não de ti.
– Mas a Elexis foi-se embora e eu estou aqui.
– As irmãs Dukas não são intercambiáveis!
– Porque não sou bonita como ela?
– Porque não és dura como ela. – Damen pronunciou essas palavras com tal ferocidade que Kass ficou espantada. – Queria uma esposa que não sentisse nada, uma mulher que não pudesse magoar. Não te conheço bem, Petra Kassiani, mas o instinto diz-me que sentes profundamente.
Kass sentiu que lhe ardia a cara de vergonha porque tinha razão. Sentia profundamente, mas odiava esse aspeto da sua personalidade, pois ela preferia o intelecto às emoções.
– Entendo o tipo de casamento que queres. Não espero romance, flores, poesias…
– Nem ternura, amabilidade e paciência?
– Não acho que sejas capaz disso.
– Sou – garanto-te.
– Ias casar-te com a Elexis para salvar a Naval Dukas.
– Ia casar-me com a Elexis para desmantelar a Naval Dukas.
Kass olhou para ele com os olhos esbugalhados.
– Não acredito.
– Se ficares, se te tornares a minha esposa e o acordo se mantiver, não haverá Naval Dukas dentro de cinco anos. Fará parte da Naval Alexopoulos.
Olhou para ele, cética, mas receosa.
– Essa é a tua forma de dizer que devo voltar para ao pé do meu pai?
– Eu não sou nada para ti, Kassiani. E tu não és nada para mim.
– Casei-me contigo. És o meu marido.
– Mas não me conheces. Não me deves lealdade.
– Prometi cuidar de ti e ser uma boa esposa e tenciono cumprir essa promessa.
– Mesmo que queira destruir o negócio do teu pai?
Demorou uns segundos a responder:
– Desde o começo, isto era uma fusão entre duas famílias e dois negócios. O mais poderoso ganha sempre nas fusões e tu és o sócio mais forte, portanto, a mudança era inevitável.
Suspirando, Damen virou-se para sair para a coberta e Kass viu-o a passar uma mão pela cara várias vezes. Estava a lutar consigo próprio, pensou.
Não sabia contra o que lutava, mas fosse o que fosse, estava do seu lado. Tinha de ser assim porque se tinham casado e queria uma nova vida. Uma vida diferente.
Queria ser uma Alexopoulos, não uma Dukas, mas, se não tivesse cuidado, ele devolvê-la-ia a terra, ao seu pai, e isso era a última coisa que queria fazer.
Decidida, Kass saiu para a coberta. As nuvens escondiam a lua e não conseguia ver o rosto de Damen, mas os seus ombros estavam