Meu Irmão E Eu. Paulo Nunes

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Meu Irmão E Eu - Paulo Nunes

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Ele gosta de comida chinesa. Pensei.

      — Boa noite! Meu amigo e eu queremos zong zi para dois — disse Richard ao garçom, já no restaurante.

      E continuou:

      — O que quer comer, meu amor? — perguntando a Pablo.

      Ah, Meu Deus! Não acredito! Richard está namorando Pablo? Pensei.

      — Quero mapo tofu e dan dan mian, por favor. Obrigado! — respondeu Pablo, olhando para o garçom.

      O restaurante tinha pouca iluminação e estava abarrotado de pessoas. Por sorte, conseguimos uma mesa aos fundos. Onde estávamos, podíamos ver toda a movimentação das pessoas e dos garçons. Richard e Pablo estavam à minha frente, do outro lado da mesa pequena que nos separava. Richard contava-me sobre como pretendia ingressar na Gucci de Florença, quando Pablo chamou o garçom e perguntou o que era huangjiu. O garçom explicou-nos que era um vinho amarelo chinês, preparado com uma massa feita com arroz, pianço ou trigo. Até eu estou com vontade de beber. Pensei.

      — Acho que vamos experimentar. Obrigado! — disse Pablo.

      Nossos pratos chegaram. Richard e eu conversávamos, empolgadamente, quando algo me desconcentrou. Era Pablo, e estava comendo. Nesse momento, percebi-me olhando-o, curioso. Ele começou com o mapo tofu e depois mesclou com o dan dan miam. Para o primeiro, usou um garfo, e para o último, um hashi. Depois, os dois, simultaneamente. Tinha o corpo inclinado para frente, os cotovelos sobre a mesa, a cabeça baixa e as mãos ágeis. Comia depressa, sem muito mastigar. Quase não usava o guardanapo para absorver o excesso do molho da carne suína, que melava seus lábios. Entre um prato e outro, um ou dois goles do vinho amarelo e mais comida. Mastigava com força, com prazer. Ele era rude à mesa. E aquilo o transformou em um homem selvagemente sexy para mim. Oh, meu Deus! Sinto um latejar entre minhas pernas. Estou com tesão! Pensei. Richard continuava falando, quando pedi licença e fui ao banheiro. Olhei-me no espelho, sem saber ao certo o que pensar, e lavei as mãos, demoradamente. Acho que esperava que a sensação da água tocando meus dedos acalmasse meu corpo. Mais controlado, retornei à mesa. Vi-os conversando. E meus olhos percorreram aquele corpo queimado. Ele vestia uma bermuda marfim e uma camiseta branca, que valorizava seus braços. Calçava um tênis marrom e ainda tinha a barba por fazer. Será que ele gosta de ter essa barba malfeita? Que mau gosto! Pensei, sentando-me novamente à mesa. Pablo havia terminado de comer, e bebia seu huangjiu, quando nossos olhos se encontraram. Era visível, para mim, que eu o desejava. Fiquei receoso que Richard percebesse nossos olhares, então me contive e tentei me concentrar na conversa. Comentei que estava pensando em passar um tempo em Manhattan e, talvez, fizesse um curso de fotografia. Richard vibrava com essa possibilidade, afinal, eu era o único amigo mais próximo dele, e depois que tinha ido morar em Monte Carlo, no ano passado, ele acabou ficando sozinho na cidade. Pablo falava que estava pensando em atender pacientes fora do hospital para conseguir ganhar mais dinheiro, quando Richard pediu licença e foi ao banheiro. No mesmo instante, olhei para aqueles olhos pretos. Ele respondeu ao meu olhar, ordenando-me:

      — Venha aqui!

      — O que você quer, olhando-me desse jeito? Ele pode perceber, sabia? — indaguei-o.

      — Venha aqui, garoto! Estou mandando! — respondeu forte, com a cara fechada.

      Obedeci-o. Arrastei-me pelo sofá no entorno da mesa e me encostei a ele. Vi seus braços se abrirem e, logo, senti sua mão em minha cintura, pressionando meus quadris contra os dele. Estávamos colados um no outro. Então, ele virou seu rosto para mim e disse:

      — Oi.

      — Oi — respondi, alternando meu olhar entre seus olhos e lábios.

      — Vou perguntar uma coisa. E vai me responder a verdade, certo?

      — Certo.

      — Olhe para mim e responda: Você está me desejando agora?

      Oh, meu Deus! O que digo? Ele já sacou tudo! Pensei.

      — Estou — respondi baixinho.

      Ele tirou a mão do meu quadril e pôs o seu celular diante de mim.

      — Digite seu número aqui.

      Salvei meu número no celular e o entreguei. Então, ele me mandou tirar a carteira e lhe dar cinquenta dólares. O quê? Por que ele quer cinquenta dólares? Pensei.

      — Por que você...

      — Não discuta! Confie em mim. Dê-me cinquenta dólares, agora! — mandou, interrompendo-me com seus dedos em meus lábios, a fim de não me deixar falar.

      Ah, aqueles dedos! Confiei. Tirei a carteira do bolso e pus o dinheiro na mão dele. Pablo levantou-se e ordenou-me que ficasse sentado ali, pois logo voltaria. Minha testa franziu. Acompanhei-o com olhos curiosos e vi quando cochichou algo ao pé do ouvido do garçom e lhe entregou o dinheiro. Ele caminhava faceiramente à mesa, quando abriu um sorriso travesso. Que sorriso lindo! Sentou-se ao meu lado novamente e pôs sua mão em minha cintura e, olhando-me, disse:

      — Estou excitado. Passe a mão.

      — Você está louco? Há pessoas aqui. E Richard já vai voltar...

      — Não vai, não. Ele está preso no banheiro. E o garçom só vai abrir a porta, quando você me fizer gozar.

      Arfei duas vezes em menos de um segundo. Eu não acredito nisso! Pensei.

      — Você só pode estar de brincadeira, Pablo — comentei, tentando rir, mas sem conseguir.

      — Não estou não, garoto — respondeu, tomando minha mão e levando-a ao seu membro.

      — Aperte assim, de cima para baixo.

      Meu coração palpitou. E com sua mão sobre a minha, mostrou-me como queria eu o masturbasse por cima da bermuda. Eu estava muito nervoso com a possibilidade de um flagrante, e meus olhos não paravam de percorrer as mesas do restaurante na tentativa de descobrir se alguém percebia o que fazíamos. A cada vez que um garçom ameaçava ir em nossa direção, meu coração acelerava mais ainda. Richard está trancado no banheiro. Oh, meu Deus! Pensei.

      — Relaxa, garoto. Está escuro aqui, e a mesa cobre tudo. Ninguém está vendo nada. Vai por mim. Quer que eu ponha para fora? — perguntou, baixinho.

      — Não. Deixe assim. Assim está bom — respondi, nervoso.

      Realmente, ele estava certo, e o restaurante estava escuro. Calma, Gaius! Relaxe, Gaius. Pensava e dizia para mim mesmo. Ele me olhava e respirava pela boca, enquanto mordia seus lábios rachados. A cada movimento que fiz no membro dele, senti suas pernas contraírem. Um gemido baixinho e manhoso saía de sua boca.

      — Eu quero enfiar em você. Quero enfiar bem devagar e, depois, meter com força até você gritar — sussurrava ele.

      — Quer? Então, goze para mim — provoquei, na tentativa de fazê-lo gozar logo e dar fim à minha angústia.

      Ele não demorou. Pude sentir em minhas mãos as contrações do jato dele. Estava jorrando e, com certeza, deve ter inundado a cueca. Respirei fundo, tentando me acalmar. Alguns instantes em silêncio

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